quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Bullying

O caso é de uma escola particular de Ceilândia, que foi condenada a pagar indenização de R$ 3 mil à mãe de um aluno. O garoto, de 7 anos, era agredido pelos colegas. A decisão do Tribunal de Justiça é inédita e chama a atenção para o fenômeno conhecido como bullying.

O defensor público Ruy Cruvinel Filho conta que a mãe comunicou o problema à direção da escola inúmeras vezes, mas as agressões continuaram. Depois de ter apanhado dos colegas por um ano, o menino, que estava na segunda série, ficou com medo de voltar à escola e teve dificuldades de aprendizado. O caso foi parar na Justiça.

“Cabia ao colégio cuidar, zelar, evitar e não se omitir nessas agressões reiteradas, já que elas foram comprovadas. A partir do momento que o colégio se omite, ele se torna responsável pelas conseqüências”, afirma o defensor.

O aluno que é ameaçado, ironizado ou agredido pelos colegas constantemente está sendo vítima de bullying. De acordo com especialistas, na maioria das vezes os pais, e até mesmo os professores, não conseguem perceber o problema. Por medo ou vergonha, as crianças e adolescentes não têm coragem de contar que estão sendo perseguidos na escola.

Os pais devem ficar atentos aos sinais que os filhos dão para tentar descobrir se estão sendo mal tratados. De acordo com Lucy Aissami, diretora pedagógica de uma outra escola, é muito importante saber diferenciar o bullying de uma briga normal entre colegas.

“A família precisa manter contato com a escola e a gente sempre prega isso: uma parceria muito grande. O que a família percebe em casa, nem sempre a gente percebe na escola”, diz Lucy.

A Secretaria de Educação está elaborando um manual para orientar as escolas sobre como agir em caso de violência e outros problemas de relacionamento entre alunos. O material vai ficar pronto em setembro, quando deve ser distribuído em todos os colégios da rede pública.




O termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro ou outros, causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder.


Fonte: Rede Globo

Um comentário:

Janay Pi disse...

Obrigada pela reportagem. Meu filho de 4 anos trocou de escola, e no novo colégio passa por isto. As professoras tratam como "bobagem"e fecham os olhos para isto. E ainda tentam jogar a culpa nos pais... Faz apenas duas semanas, mas eu acredito NO MEU FILHO. E ainda chegamos a presenciar um ato. Foi o ponto final. Hoje teremos a conversa final com a psicopedagoga...