quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Curiosidade: nada de empecilho


Feliz da vida com a realização da filha, a cabeleireira Rosemary Oliveira Lima mostrou ter a mesma garra de Ketleyn, quando decidiu, com a cara e com a coragem, encarar dois dias de viagem para ver a jovem em Pequim. “Eu não tinha dinheiro para vir. Por isso, resolvi sair pedindo. Ver minha filha nas Olimpíadas não era só o meu desejo, mas o dela também. Nove pessoas ajudaram, entre elas, o diretor da Faculdade da Terra, que doou R$ 2.500”, explicou.

Rosemary tem a companhia da comadre Antônia Samia Ribeiro da Cocadas da Vovó: “Nós fomos de porta em porta, para pedir a ajuda. Mas houve muita gente que ajudou, os amigos, parentes, enfim, conseguimos juntar R$ 6.300 para as passagens e mais US$ 1.500”.

O curioso era que, mesmo com o dinheiro em mãos para a viagem, e a passagem comprada, havia um empecilho: elas não tinham ingresso. Mas esse era um problema para resolver na chegada a Pequim, o que aconteceu na última sexta-feira, dia da cerimônia de abertura.

Rosemary não entende uma palavra de mandarim. Mas ainda assim conseguiu encontrar alguém que fala português e a língua local para escrever um cartaz. “Sou mãe de uma atleta brasileira de judô e estou sem ingresso. Preciso de ajuda.”

A amiga estava descrente. Não acreditava que fosse dar certo a tática maluca de Rosemary. “O mais engraçado é que as pessoas passavam, liam e pediam desculpa por não ter ingresso para ceder.” Mas depois de dois dias em frente ao portão do ginásio de judô, apareceram os ingressos. E, por isso, Ketleyn ficou surpresa com a presença da mãe. “Esse cartaz, vou guardar. Vou por num quadro, pois ele deu sorte”, diz a cabelereira.


Fonte: Blog do Favre

Nenhum comentário: