Às vésperas de completar um mês de circulação dos microônibus no Distrito Federal, o governo local anunciou alterações nos itinerários em sete das 12 cidades onde trafegam os veículos. A medida foi tomada a partir das reclamações dos usuários. As mudanças começaram a valer ontem. Em algumas localidades o itinerário foi remanejado. Em outras, ampliou-se o tempo de percurso dos veículos. Linhas foram criadas e outras desativadas. No Riacho Fundo I e II também houve alteração em percursos de ônibus.
Ao todo, ocorreram 32 mudanças que, segundo a Secretaria de Transportes do DF, foram motivadas pela insatisfação da comunidade. (veja quadro) “Ouvimos a população para identificar quais eram as demandas pertinentes que poderiam melhorar a vida de todos”, justificou o secretário de Transportes, Alberto Fraga.
Seis novas linhas foram criadas. Em Brazlândia, por exemplo, dois trajetos foram desativados e surgiram dois novos. Os quatro veículos das linhas que foram desarticuladas reforçaram a frota da 0.929 — que percorre Expansão (P2 Norte)/Ceilândia Centro. Anteriormente eram realizadas 108 viagens por dia, com seis carros. Com a ampliação, 10 microônibus vão fazer 120 viagens.
O casal Lucivânia Guilhermia da Silva, 18, e Raimundo Nonato Rocha, 26, pegam, diariamente, a linha 0.929. Eles moram no P Norte e trabalham em uma lanchonete no Centro de Ceilândia. “Os microônibus vieram para melhor nossa vida. Antes, esperávamos por horas até que aparecesse algum ônibus”, disse Raimundo.
Para Lucivânia, mesmo com a chegada dos microônibus, o tempo de espera não havia diminuído significativamente. “Principalmente nos fins de semana. Mas soubemos por um amigo que trabalha no setor que iriam aumentar a frota dessta linha. E hoje (ontem) mesmo já percebemos a mudança”, disse ela.
Mas nem todos se adaptaram ao novo sistema de transporte. A comerciante Marciana Sousa de Lima, 20, não se acostuma com os coletivos lotados. “Mal consegui entrar no microônibus hoje. Menos ainda consegui me sentar”, lamenta ela, com a filha, Alice Sousa de Oliveira, 2, no colo.
“O fato é que os estudantes têm passe-livre. Por isso, os microônibus ficam cheios. E ainda restam 100 veículos, cujos processos de licitação estão sendo analisados pela Justiça. Sem eles fica difícil, porque tiramos 650 vans das ruas e colocamos 350 veículos”, explicou o secretário de Transportes.
Fraga acrescentou que dependendo das reclamações dos usuários é possível que hajam novas alterações. Os microônibus que substituem as vans começaram a circular em 26 de julho. “Sabemos que é um sistema novo e por isso não é definitivo em sua forma. Nossa prioridade é oferecer um transporte de qualidade aos passageiros e vamos adequando de acordo com as necessidades”, acrescentou Fraga.
A Central de Atendimento 156 da Secretaria de Transportes do DF possui 25 atendentes, de segunda a sexta-feira, das 7h às 21h, e aos sábados, domingos e feriados, das 7h às 19h. A central recebe reclamações e sugestões sobre o transporte público, além de informar sobre a programação de horários das linhas que circulam no DF.
Fonte: Correio Braziliense
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