domingo, 31 de agosto de 2008

Escolhidos os símbolos de Ceilândia

Chegamos ao final da 1ª enquete promovida pelo blog 100% Ceilândia. Eis como ficou o resultado:



1º lugar - Caixa d'Água


Não se sabe ao certo se a Caixa d'Água é um símbolo da população/cidade de Ceilândia, ou mais um objeto de propaganda política indevida.
Clique no link do 100% Ceilândia e entenda o assunto.


2º lugar - Casa do Cantador


3º lugar - Feira Central

4º lugar - Feira do Setor O / Feira do Rolo


5º lugar - Praça dos Eucaliptos

6º lugar - Centro Cultural de Ceilândia

7º lugar - Ceilambódromo



E como prometido, o blog já está utilizando os monumentos mais votados como imagens principais na página inicial.



Observe na imagem a seguir o resultado final da enquete:

Nova enquete no blog

O blog 100% Ceilândia quer saber do internauta a sua opinião a respeito da localização do novo shopping center que deverá ser construído nas proximidades da cidade de Ceilândia.


É um assunto bastante polêmico e sua participação é fundamental.

Entenda o caso clicando aqui!

Vote você também! Não deixe de dar a sua opinião!

Empate com sabor de derrota

Santa Maria e a Ceilandense empataram por 1 x 1 na tarde deste sábado, no estádio do Cave, pela 5ª rodada da Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense. O resultado manteve as duas equipes entre os quatro classificados para as semifinais, porém, o Santa Maria pode perder sua posição caso o Samambaia derrote o líder Luziânia neste domingo.

A partida teve sete minutos de atraso por falta de policiamento. Com a bola em jogo, a Ceilandense quase marcou aos 16. Abimael viu Bruno livre, o ala passou por seu marcador e chutou cruzado para o arqueiro do Santa Maria mandar para escanteio.

Dois minutos depois, a Ceilandense abriu o placar. Léo passou por André e cruzou para Élson. O atacante girou e chutou no canto direito do gol: 1 x 0.

O Santa Maria ameaçava nas bolas paradas. Aos 31 minutos, Thiego Bastos cruzou para área e David desviou para o goleiro da Ceilandense tirar do ângulo esquerdo. Dois minutos depois, Thiego Bastos, em coobrança de falta, acertou o travessão de Marlon.

No primeiro lance do segundo tempo o Santa Maria conseguiu o empate. Aos 10 minutos, Hudson cruzou para área e André, de costas para o gol, mandou para o fundo das redes e igualou o marcador: 1 x 1.

A Ceilandense voltou a ameaçar somente aos 30, com Léo chutando rente ao travessão do Santa Maria. Doze minutos depois, após confusão na área da Ceilandense, a bola sobrou para Cleuber que chutou de fora da área e o goleiro Marlon quase aceitou, mas conseguiu se redimir.

Perto do fim do jogo, aos 43 , o volante da Ceilandense, Júnior, e o meia do Santa Maria, Jocion, trocaram empurrões no meio-campo. O árbitro Valdeci Silva deu cartão amarelo apenas para o jogador da equipe de Ceilândia, mas o mesmo não aconteceu com o jogador do Santa Maria, que já tinha cartão amarelo e teria de ser expulso.

O lance gerou revolta na comissão técnica da Ceilandense. “Não diria que o árbitro influenciou o resultado, mas é obvio que ele cometeu alguns equívocos, principalmente no segundo tempo, e isso beneficiou o Santa Maria”, esbravejou o técnico Salon Lopes.

O técnico do Santa Maria, Evilásio de Almeida, não gostou do critério usado pela arbitragem. “Aqui teve erros, mas é coisa de jogo. Porém, em todo jogo estão distribuindo cartões aos meus jogadores sem nenhum critério”, reclamou.

Na próxima rodada, o Santa Maria enfrenta o Cruzeiro, no Estádio do Cruzeiro, no domingo (dia 07/09). No mesmo dia, a Ceilandense recebe o Paranoá no Estádio Abadião.


Fonte: Esporte Candango

2,5 milhões de habitantes

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - IBGE divulgou ontem a pesquisa que revela quais são as cidades mais populosas do país. No ranking estão as principais capitais. Brasília lidera a quarta posição, atrás apenas da capital baiana, Salvador. Com 2,5 milhões de pessoas, o Distrito Federal já enfrenta alguns problemas relacionados ao trânsito.

Um dos principais motivos que instaurou o caos foi o crescimento acelerado das vendas no setor automotivo. Só no primeiro semestre de 2008, cerca de 1,7 milhão de automóveis foram emplacados em todo Brasil. Segundo o diretor de vendas do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal -Sincodiv/DF), Ricardo Lima, "os principais motivos de tal aumento foram as taxas de juros baixas para financiamento de automóveis e também a dificuldade que as pessoas encontram em Brasília para se locomover".

Para tentar amenizar a situação, o Governo do Distrito Federal - GDF criou o Programa de Transporte Urbano no DF - Brasília Integrada, que visa promover o melhor fluxo de veículos na cidade. Será implantado uma nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, que integra ônibus e metrô em vários itinerários. Para o professor de Ciências Políticas da Universidade de Brasília - UnB, Davi Fleicher o programa ajudará em partes. "Certamente o Brasília Integrada vai beneficiar muitas pessoas. Mas não acho que essa seja a solução definitiva para o problema", especificou.

A estudante Daniella Almeida, 22 anos, mora no Guará II e trabalha na Asa Sul. "Tenho carro próprio mas desisti de dirigir no congestionamento. Antes eu demorava 45 minutos para chegar ao trabalho. Agora estou indo de metrô e demoro cerca de 20 minutos. A única coisa ruim é que está sempre lotado", contou.


Segundo a pesquisa do IBGE, o Brasil tem atualmente 189,6 milhões de habitantes.

1° - São Paulo - 10.990.249 habitantes
2° - Rio de Janeiro - 6.161.047 habitantes
3° - Salvador - 2.948.733 habitantes
4° - Brasília - 2.557.158 habitantes
5° - Fortaleza - 2.473.614 habitantes



Veja o vídeo: Mundo Record News

Fonte: Tribuna do Brasil e Rede Record de 30/08/08

Mudanças no português

O fotógrafo entrevistado nasceu em Portugal, mas morando há 38 anos no Brasil, estranha quando encontra certas palavras nos jornais portugueses. “Olhando um semanário importante na internet, encontrei logo na página principal a palavra ‘actualidade’, as atualidades. Há um ‘c’ a mais”, indica.

Os oito países que falam português vão passar a escrever da mesma maneira. A partir de janeiro do ano que vem, começa a valer o Acordo Ortográfico, assinado para padronizar o idioma, facilitar o intercâmbio cultural e a difusão da literatura de língua portuguesa.

Haverá mudanças na grafia de algumas palavras: o trema de palavras como “freqüente” e “cinqüenta” vai desaparecer. O alfabeto oficial incluirá as letras “k”, “w”e “y”. Acabarão os acentos circunflexos em palavras com duas letras "e" seguidas, como “crêem” e ”dêem”.

O mesmo acontecerá com palavras que têm duas letras "o" seguidas, como “enjôo” e “vôo”. Palavras com as vogais "ei" e "oi" vão perder o acento, como “idéia” e “jibóia”. E o uso do hífen vai ser simplificado.

Um professor de um cursinho preparatório para concurso já avisou aos alunos: “Será preciso estudar duas vezes agora. A regra de hoje e como ficará depois”, afirma. Mas haverá três anos para adaptação - prazo para que as gramáticas e livros sejam modificados. Até dezembro de 2012, as duas formas de grafia serão aceitas em vestibulares e concursos.

“Hoje a gente se prepara para o concurso com uma regra. A partir do ano que vem, serão novas. Teremos que investir dinheiro e tempo para nos adaptarmos”, diz um aluno. “Não sabemos direito nem as regras atuais. Teremos mais coisa para aprender. Fácil não vai ficar”, opina outra estudante.


Os Ministérios da Educação e das Relações Exteriores abriram uma consulta pública sobre o Acordo Ortográfico. Dúvidas e sugestões podem ser enviadas por e-mail (acordoortografico@mec.gov.br) até segunda-feira, dia primeiro.


Fonte: Rede Globo

Atitude é visitado

Representantes do Ministério da Cultura de Cabo Verde visitaram Ceilândia nesta sexta-feira (29/8) para conhecer o ponto de cultura “Grupo Atitude“, criado por jovens da cidade. O Grupo desenvolve atividades de cunho social nas áreas de saúde, educação e defesa dos direitos de crianças e adolescentes em situação de exclusão social.

A visita aconteceu no âmbito do protocolo assinado entre a Fundação Cultural Palmares e o Ministério da Cultura de Cabo Verde, em fevereiro último. O protocolo visa à formação cultural, capacitação artística e ao intercâmbio que favoreça a formulação de políticas públicas e ações importantes na área da cultura.

A delegação de Cabo Verde, que chegou ao Brasil no dia 27 de agosto para contatos com autoridades governamentais e entidades culturais, é formada pelo presidente do Instituto da Investigação e Patrimônio Culturais, do presidente do Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, do diretor de Salvaguarda do Patrimônio, do diretor de Promoção Cultural e Direitos do Autor e da diretora do Centro Cultural do Mindelo.

De acordo com o presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, a intenção é executar programas, projetos e atividades específicas de cooperação que possam dar efetiva contribuição ao desenvolvimento da cultura de ambos os países.

As informações são da Assessoria de Comunicação da Fundação Palmares.


Fonte: Ceilândia.com

sábado, 30 de agosto de 2008

Cantoria


A cidade mais nordestina do Distrito Federal recebe hoje (30/08/08), às 20h, na Casa do Cantador a dupla de repentistas, José Roque e Terezinha. O show será um marco dos dez anos da parceria concretizado na gravação de um DVD. Programa para toda a família, os trovadores irão encantar os presentes com o bom embolado de coco e muita diversão.

"O repente sai na hora. A platéia é a inspiração", diz Terezinha. Segundo a repentista, a produção foi idealizada com as características do sertão que encantará a todos. "A nossa idéia é agradar o povo. Vai ter de tudo um pouco. O repertório é vasto e há as trovas arranjadas", explica.

A gravação do DVD durará cerca três horas. Um verdadeiro show de improvisação. A dupla ficará desafiando um ao outro com sátiras decoradas geralmente de solteiros e casados. "Todo o show é feito em duplo sentido. Vai ser só alegria. Vamos cantar e lotar todo o espaço", diz José. Os versos são o sorte da dupla.

O show tem a participação do grupo de forró Trio Siridó e algumas duplas de cantadores repentistas violeiros. A festa promete envolver a todos ao som do pandeiro dos cantadores anfitriões e o que a imaginação proporcionar. Para José Roque, a gravação do DVD nesta fase da carreira é um sonho. "É uma forma de concretizar o nosso trabalho. Com certeza, a emoção será completa", diz.

Para José, a expectativa é conseguir arrancar do público todas as gargalhadas e fazer com que apreciem o DVD em casa. Segundo ele, esquecemos todas as dificuldades em prol desse projeto. "O medo de Terezinha foi superado. Ela tinha receio de produzir um DVD aos 72 anos", diz. Além disso, ele ressalta o quanto é importante valorizar o local onde a dupla decidiu cantar repente. É um grande prazer gravar em Ceilândia. "É sem dúvida a oportunidade das nossas vidas", afirma.

A dupla surgiu no Rio de Janeiro ao acaso. Terezinha foi a passeio a terra carioca encontrar uma irmã, mas as raízes nordestinas ficaram assim como o seu sotaque. Em um dos encontros da vida, Roque José e Terezinha decidiram agradar o público com o dom do repente o que acabou virando profissão.




A Casa do Cantador é conhecida como Palácio da Poesia e Literatura de Cordel - palco dos grandes festivais de repente do Brasil.Lá, acontece a Cantoria de Pé de Parede, com o Desafio do Repente. Inaugurada em 9 de novembro de 1986, o local abrange uma instalação moderna, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Além disso, é uma instituição dedicada à cultura popular.



Hoje (30/08/08), às 20h, gravação de DVD dos repentistas Roque José e Terezinha na Casa do Cantador (QNN 32 Área Especial G - Guariroba). Classificação livre. Informações: 3378-5067/ 4891 e 9248-0800 com Rosa Alves.


Fonte: Tribuna do Brasil e Sou de Ceilândia

Distrital sugere faculdade distrital

Após a inauguração de um Câmpus Avançado da Universidade de Brasília (UnB) no Gama, no início da semana, os deputados distritais se reuniram, ontem, em plenário, para discutir a criação de uma universidade distrital. O deputado Rogério Ulysses (PSB) defendeu que o GDF passe a investir no ensino superior público na cidade. "Aqui nós temos uma lacuna enorme. A única universidade pública do DF é a UnB, uma instituição federal. Deveríamos seguir o exemplo das universidades estaduais das outras unidades da Federação", reivindicou.

O distrital afirmou, ainda, que a expansão da UnB para outras cidades não é suficiente. "Acho um absurdo termos que depender da expansão da UnB para as cidades. Chegou a hora de termos também a nossa universidade", afirmou. A sede provisória da universidade no Gama possui duas salas para 120 alunos cada, dois laboratórios de informática com 60 terminais e um laboratório de físico-química. A construção definitiva será na entrada da cidade, próximo às indústrias, e custará R$ 9 milhões. A versão final da obra terá 700 mil m², dois prédios com cinco mil m².

Na terça-feira (26), foi inaugurado em Ceilândia outro câmpus da UnB. As aulas serão ministradas, provisoriamente, no Centro de Ensino Médio 4. A escola foi reformada para receber os calouros. Foram gastos cerca de R$ 700 mil na renovação de dez salas de aula, além de salas de professores e dois blocos. Serão oferecidos cursos de Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia, Gestão de Saúde e Terapia Ocupacional.

Eurides Brito (PMDB), ex-secretária de Educação no governo Roriz, entretanto, manifestou cautela em relação à proposta do colega parlamentar. "Considero muito importante termos uma universidade distrital, mas não podemos entrar com toda força no ensino superior em detrimento do ensino básico, já que o orçamento para educação é um só", alertou.


Fonte: Jornal Coletivo

Será um alívio?

A partir de segunda-feira (01/09/08), as linhas de Ceilândia serão reforçadas com mais 20 microônibus e as cidades de Taguatinga, Samambaia, Gama, Recanto das Emas e Planaltina terão sete novas linhas. Esse é o segundo ajuste realizado pela Secretaria de Transportes desde que os microônibus e ônibus passaram a substituir as vans. No último dia 16 foram realizadas 32 alterações. As modificações foram feitas a partir de solicitações de usuários e de monitoramentos realizados por técnicos da DFTrans.

Segundo o secretário de Transportes, Alberto Fraga, as alterações vão continuar até que o novo serviço atenda a demanda da melhor forma possível. “Nosso objetivo é oferecer um transporte de qualidade para a população, por isso estamos atendendo várias solicitações de usuários e fazendo monitoramentos constantes”, esclarece Fraga, relembrando que, em breve, vão entrar no sistema mais 100 microônibus.



Em Ceilândia - a linha 0.928 terá acréscimo de oito microônibus. Com isso, o número de viagens que era de 89 por dia passa para 171. Outros 12 microônibus remanejados de várias cidades para a Ceilândia vão reforçar as seguintes linhas: 0.929, 0.927, 0.926, 0.924, 0.923 e 0.922.


Fonte: ClicaBrasília, GDF, Correio Braziliense, Tribuna do Brasil e Rede Record de 29/08/08

Opinião: agora você também pode!

O campus da UnB em Ceilândia recebe seus primeiros alunos. Ao ver nos jornais as fotos e depoimentos dos jovens cheios de energia e de esperança que iniciam essa jornada rumo ao futuro, não posso deixar de fazer uma viagem no tempo para contar uma historinha que começa em janeiro de 1984.

Em dezembro do ano anterior eu concluíra o segundo grau, no antigo Centro Educacional 03, hoje CEM 03, em Ceilândia Sul. Naqueles tempos, para a maioria dos jovens de Ceilândia a vida de estudante terminava ali mesmo. Daquele ponto em diante, os que não enveredavam por caminhos sem volta tratavam de arrumar um emprego em alguma loja ou escritório (caso já não estivessem trabalhando e estudando ao mesmo tempo). Ou no máximo arriscavam algum concurso público para cargos de nível médio. Enfim, era o momento de começar a tocar a vida. Curso superior era algo que ficava apenas no plano dos sonhos. A UnB, única universidade gratuita, além de ficar longe, só oferecia cursos diurnos. Ali a maioria dos alunos era formada por filhos de famílias abastadas, que podiam mantê-los estudando durante todo o dia. As faculdades privadas, nas quais era possível estudar à noite, custavam os olhos da cara (aliás, acho que custam até hoje).

Mas eu não conseguia me acostumar à idéia de não poder fazer um curso superior. Como janeiro era a temporada de vestibulares, naquele começo de 1984 fiquei inquieto. Queria tentar, mas havia dois problemas. O primeiro: não tinha dinheiro para pagar a taxa de inscrição. No ano anterior eu ganhara um concurso de redação e, com o dinheiro do prêmio, comprei uma máquina de escrever. Com ela eu levantava uns trocados datilografando petições para os estudantes de Direito que estagiavam no fórum de Taguatinga (onde hoje é a Academia de Polícia Civil). Mas era uma merreca. O segundo: toda a minha vida eu havia estudado em escolas públicas. Era muito atrevimento pensar que tinha alguma chance de aprovação sem antes passar por um cursinho pré-vestibular, que naquele tempo também custava os olhos da cara (e, de novo, acho que custa até hoje).

Pesei os contras, já que prós eu não tinha nenhum que pesar mesmo. Me decidi. Consegui dinheiro emprestado com os irmãos e me inscrevi no vestibular para o curso de jornalismo do CEUB. Ao fazer as provas, não achei nada de excepcionalmente assustador. Cobravam de modo um pouco mais aprofundado os conteúdos que eu havia estudado, sozinho ou na escola pública, da maneira que me fora possível estudar.

Alguns dias depois um vizinho me pára na rua. Acabara de ouvir no rádio meu nome na lista de aprovados. De novo com dinheiro emprestado pelos irmãos, corri à banca e comprei o jornal do dia. Estava lá meu nome no meio daquela lista que eu mal conseguia ler, de tão ansioso. Fiquei feliz, a família comemorou, até que um dos irmãos que me emprestara dinheiro para a inscrição nos chamou à realidade. Como naquela música do grupo Blitz, que fazia sucesso na época, ele falou sem rodeios: “Tá tudo muito bem, tá tudo muito bom, mas realmente… quem vai pagar a matrícula? E as mensalidades?”

Tentando me recuperar do balde de água fria, respondi na bucha: “Vou vender bananas na feira da Ceilândia, se for preciso. Mas não vou desperdiçar esta chance”. Eu seria o primeiro da família a pisar em uma universidade, por isso uma irmã pegou emprestado com alguém o dinheiro para a matrícula. E assim, evitando pensar no valor das mensalidades, logo lá estava eu em uma sala de aula do CEUB.

No primeiro dia, o professor pede a cada um que se apresente. Entre os alunos, alguns com certo “pedigree”: um era Augusto Xavier, então apresentador da Rede Globo, outra era a filha do presidente da OAB/DF, Mauricio Corrêa, que viria a ser senador e ministro do STF. Quando chegou a vez deste pobre retirante nordestino, me apresentei e fiz questão de declarar em alto e bom som que era de Ceilândia. Para quem não sabe ou já esqueceu, havia na época um repórter policial chamado Mário Eugênio, que esculachava com a cidade (como podem ver, não é de agora que a imprensa do DF faz isso). Então, quando eu disse onde morava, foi um “iiiiihhhh” geral.

A partir dali alguns colegas se aproximaram, outros se mantiveram distantes. Entre os que se aproximaram, estava o hoje assessor de imprensa do governador José Roberto Arruda, Omézio Pontes, que nem deve se lembrar de mim. E vai querer lembrar menos ainda depois que eu contar aqui que zoavam com o nome dele. Tinha um colega, hoje radialista conhecido, que parodiava a música “Kid Cavaquinho”, de João Bosco, e cantava: “Omézio, a mulher do vizinho / sustenta, aquele vagabundo…”

Foram tempos interessantes. O CEUB fica na Asa Norte e na época não havia ônibus direto para lá. Como na letra daquela música do Zé Geraldo, para ir à faculdade eram quatro “condução”: duas pra ir, duas pra voltar. Que na verdade viraram seis, pois antes de vencer a primeira mensalidade do curso e o desespero me levar a vender bananas (que eu nem tinha) lá na feira da Ceí, consegui um emprego. Só que eu morava no setor P Sul e o local de trabalho ficava no final de Ceilândia Norte. Claro que também não existia linha de ônibus direta ligando os dois setores. Então a coisa ficava assim: de manhã eu pegava um ônibus até Ceilândia Centro, depois outro até Ceilândia Norte. No fim do dia, saía do trabalho, pegava um “baú” até a rodoviária do Plano Piloto ou o começo da W3 Sul, dali mais um até a Asa Norte. Terminadas as aulas, assistidas naturalmente com o estômago vazio, mais duas conduções de volta para casa, onde eu chegava por volta de uma e meia da manhã. No dia seguinte, às seis, começava tudo de novo.

Como a vida oferece diversão, mas cobra ingresso, na metade do curso vi-me diante da necessidade urgente de ganhar um salário melhor. Fiz outro vestibular, desta vez para o curso de Letras, e já sem precisar desfalcar o bolso dos familiares. Fui novamente aprovado. O curso não tinha o mesmo glamour do outro, mas com o aproveitamento das matérias já cursadas eu terminaria a faculdade mais cedo e tinha garantia de emprego como professor, quase que imediatamente após a formatura. E como professor eu iria ganhar um salário equivalente a três vezes o que eu ganhava no outro emprego. As obrigações falaram mais alto. Concluído o curso de Letras, passei a lecionar em escolas de Ceilândia, atividade na qual trabalhei por quase dez anos.

Tudo isso só para dizer a essa rapaziada boa que forma as primeiras turma da UnB em Ceilândia, que tem a sorte de estudar pertinho de casa, e “de grátis”: aproveitem, porque vale a pena.

E daqui de Buenos Aires, após deixar temporariamente a Ceí e rodar por mais de 15 países, ajudando brasileiros em apuros, quero repetir para cada um de vocês o slogan daquele outro senhor marronzinho como eu que foi indicado ontem para concorrer à presidência dos Estados Unidos: YES, WE CAN!

Mandem-me convite para a festa de formatura.

PS.: Já devolvi a grana que a família me emprestou no começo dessa história toda.


Fonte: Ceilândia.com

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A Ceilandense vai ao CAVE

O Santa Maria resolveu abandonar a idéia de enfrentar a Ceilandense no Abadião e vai disputar a 5ª rodada do Campeonato Brasiliense de Futebol da 2ª Divisão no estádio do CAVE amanhã.

Santa Maria x Ceilandense 30/08/08 sábado 15h30 - CAVE no Guará

Pontos preciosos para a equipe da Ceilandense!

Sorte!

Fonte: Esporte Candango e Federação Brasiliense de Futebol

Resposta da ACIC

A Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ceilândia - ACIC-DF - esclarece que não irá entrar na discussão da localização do empreendimento Ceilândia Shopping, fato que não lhe diz respeito. Ademais estamos diante de um investimento privado e que cabe a seus investidores a busca de resultados.

A luta da ACIC é viabilizar a vinda de um espaço que propicie a população de Ceilândia o acesso ao lazer e ao entretenimento de qualidade seja ele aonde for.

A placa que anuncia a construção do Ceilândia Shopping na divisa entre Ceilândia e Taguatinga já se encontra instalada e, segundo informações das organizações PaulOOctavio, em seis meses, a contar de julho de 2008, às obras terão início.


Fonte: ACIC-DF

Cena Contemporânea

Ceilândia está no circuito da edição 2008 do Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília.

O Festival reunirá de 26/8 a 7/9, em diversos locais do Distrito Federal, várias atrações internacionais e alguns dos mais importantes espetáculos e grupos do Brasil e do DF.

Contará ainda com uma mostra para as crianças, mostra de cinema, dezenas de atividades de formação e especialização, com ênfase na dramaturgia, além de um seminário que discutirá as relações entre Política e Cultura.

Aqui na cidade as atividades do Festival acontecerão no Teatro Newton Rossi do SESC (QNN 27, Lote B).

divulgaçãoConfira a programação:

Dia 29/8, às 16h00 - “Fragmentos de sonhos do menino da lua”
Dia 30/8, às 16h00 - “Os meninos verdes”
Dia 31/8, às 20h00 - “Crónica de José Agarrotado”
Dia 4/9, às 20h00 - “Édipo”
Dia 5/9, às 20h00 - “O menino Teresa”
Dia 6/9, às 20H00 - “Cidade em Plano”

A entrada será 1kg de alimento não-perecível.


Informações: http://www.cenacontemporanea.com.br/.

Fonte: Ceilândia.com, Correio Braziliense e Sou de Ceilândia

Cadê a faixa?

Quem pretende atravessar a movimentada avenida Ulisses Guimarães (Elmo Serejo) na altura da Guariroba, acaba tendo mais uma dificuldade. As duas faixas de pedestre que existem na região estão totalmente apagadas.

Para poder passar as vias, algumas pessoas tem que insistir com o braço para que os carros venham a parar (isto quando páram). Muitos acidentes já foram registrados na região, que fica próxima ao viaduto do metrô.

Segundo o Detran-DF, em uma semana as faixas estarão pintadas. Mas a reclamação não acaba por aí. Quem passa a noite pela localidade também não conta com a iluminação pública que seja eficiente.

Fonte: Band Cidade de 28/08/08

Postos policiais

Foram inaugurados nesta quinta-feira (28/08) dois Postos Comunitários de Segurança em Ceilândia. O maior deles contará com um efetivo de 18 policiais e foi instalado na QNP 28, do Setor P Sul, por ser conhecido como um local de alto índice de roubos e furtos. O segundo ficará na EQNN 3/5, em Ceilândia Norte, área comercial da região. A cidade ainda ganhará 42 postos até o fim do ano. Atualmente, Ceilândia tem mais de 600 mil habitantes.

A escolha dos pontos foi baseada em uma pesquisa que apontou os locais onde ocorrem o maior número de tráfico de drogas, furtos e prostituição. O comandante do Posto Policial de Ceilândia Norte, Nilton Nascimento, visitará as redondezas nos primeiros dias de atuação para explicar à comunidade como proceder em caso de urgência.

Os moradores comemoraram a chegada dos policiais. “Aqui tem muita boca-de-fumo e vivemos com medo, sem segurança. Agora as coisas vão mudar”, disse a moradora Janete Pereira, 31 anos. Ela tem um salão de beleza na cidade há mais de 20 anos. “O posto vai melhorar o meu trabalho. Vou poder atender minhas clientes aos sábados e domingos até mais tarde”, conta.

O aposentado Heres de Oliveira, 58 anos, concorda com Janete. “A idéia é boa. Os policiais fardados vão inibir os delinqüentes”, afirma.

Os novos postos seguem o padrão dos outros 21 que já funcionam em todo o DF: dispõem de telefone, computador, banheiro, copa e uma torre de oito metros de altura para patrulhamento visual.

Durante a inauguração do posto da Ceilândia Norte, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, prometeu para as crianças da Escola Classe 26 uma quadra de esportes. "Estarei de volta aqui em 90 dias para inaugurar esse espaço".


Veja o vídeo: CorreioWeb/Tv Brasília

Fonte: Correio Braziliense, GDF, Sou de Ceilândia, Tribuna do Brasil e Jornal Local de 28/08/08

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Curiosidade: Paula Pequeno é daqui!


Mais uma ceilandense de brilho: Paula Pequeno




Enquanto o futebol do Ceilândia Esporte Clube e o da seleção brasileira masculina não conseguem nos trazer alegrias, é sempre necessário reverenciar e agradecer aqueles que são capazes de fazê-lo.

Nas Olimpíadas de Pequim 2008, não deu para o maratonista Marilson dos Santos, mais um dos orgulhos de Ceilândia. De qualquer forma, todos os ceilandenses estão muitíssimos orgulhosos com a judoca Ketleyn Quadros e agora...
...com Paula Pequeno, medalha de ouro no volei feminino.


Paula Pequeno nasceu e morou em Ceilândia até os oito anos de idade quando sua família resolveu mudar para o Guará (assim como a família de Marilson mudou-se para Águas Claras). Ao ingressar no mundo do volei passou a ser um dos orgulhos de nossa cidade.

Ketleyn, Marilson e Paula enchem de orgulho a nossa cidade - Ceilândia, o Brasil!


Fonte: Ceilândia Esporte Clube de 24/08/08, Blog do Riella de 23/08/08 e Federação Internacional de Vôlei - FIVB

Imagem: sem estacionamentos

Áreas críticas no DF:




Toda a avenida Juscelino Kubitschek em Ceilândia Centro e a via em frente a Feira Permanente do Setor O (Feira do Rolo/Feira do Periquito) são os pontos mais críticos em Ceilândia.

Fonte: Jornal de Brasília de 27/08/08

Desordenado

Brasília foi idealizada para coincidir com o Plano Piloto e pensada para abrigar 500 mil habitantes. Ao seu redor, nasceriam cidades para receber os demais moradores. Quase 50 anos depois, o mapa da capital federal mudou muito. A última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que em novembro de 2007 o Distrito Federal comportava cerca de 2,5 milhões de habitantes. Com isso, nos últimos 25 anos, o avião desenhado para representar o Plano Piloto foi cercado por um tapete urbano unindo-o às cidades que surgiram e se emendaram umas nas outras. Em artigo exclusivo para o Correio (veja ao lado) o arquiteto Oscar Niemeyer comenta esse processo e as ameaças que ele representa para a capital.

O DF hoje é um largo cinturão de gente vivendo ao redor da capital planejada. Mas, apesar de o projeto original de Brasília não ter previsto a criação de cidades fora do centro do Plano Piloto, o surgimento delas se impôs, naturalmente. Antes mesmo do fim da construção da nova capital, em 1959, o governo criou Taguatinga, a 21km do Plano Piloto. Quatro anos depois, surgiu Ceilândia.

As duas novas cidades cresceram tanto que perderam seus limites geográficos. Mas a aglomeração de cidades seguiu rapidamente do Plano a Ceilândia. Os espaços verdes, que antes existiam entre uma e outra, desapareceram e deram lugar a casas, comércios e condomínios irregulares.

Ao longo dos 11,2km da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), por exemplo, formou-se um rastro de construções onde não há mais limites territoriais. Seguindo uma linha contínua, a partir do Plano Piloto, surge o Guará, em seguida Águas Claras, Vicente Pires e Taguatinga. O fenômeno da ocupação desordenada, no entanto, é uma tendência do crescimento das metrópoles brasileiras e não uma característica exclusiva da capital federal.

Fenômeno
O Rio de Janeiro, por exemplo, também está unido à Baixada Fluminense, formada por Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, entre outras cidades. Na área metropolitana de São Paulo o fenômeno é reconhecido em vários municípios. Santo André, São Bernardo e São Caetano estão interligados física e funcionalmente.

Mas a ocupação desordenada na região da capital do país chegou a tal ponto que até o Entorno do DF tem suas fronteiras mal definidas. Santa Maria e Valparaíso (GO), por exemplo, cresceram e se uniram dificultando a distinção entre o território goiano e o brasiliense.

Esse fenômeno — da junção entre duas ou mais cidades formando uma região sem fronteiras administrativas — é conhecido como conurbação. Os principais fatores causadores são o aumento demográfico, as ocupações ilegais e a valorização da terra. E, como conseqüência, surgem problemas para a população e para o meio ambiente. É o que ocorre em alguns pontos do DF: perda de áreas verdes; falta de infra-estrutura e de serviços básicos, como rede hospitalar, transporte público; engarrafamentos; insegurança nas ruas.

E, sem ordenamento, a tendência é que o crescimento da população estenda ainda mais os limites do DF. Um estudo feito em 2006 pela Universidade de Brasília (UnB) apontou à época que nos 24 anos seguintes 50% da população da região metropolitana, estimada em 3,2 milhões de habitantes, estarão concentrados no eixo oeste do DF, que segue uma linha reta do Guará a Águas Lindas, município goiano.


Fonte: Correio Braziliense

Menos uma quadrilha

A Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos da Polícia Civil do DF (DRFV) desarticulou, na madrugada de hoje, uma quadrilha envolvida na prática de roubos, furtos, receptação, adulteração de sinais identificadores de veículos e uso e falsificação de documento público e dinheiro falso. A quadrilha, que vinha sendo investigada há três meses, tinha sede na Cidade Ocidental (GO), distante 48 km de Brasília, e agia nas regiões do Plano Piloto, Cruzeiro, Guará, Taguatinga, Samambaia e Ceilândia.


A Operação Fronteira terminou às 5h de hoje, com a prisão da quadrilha comandada por Natalino Ferreira Bastos, 45 anos. Sua companheira Claudete Mendes, 35 anos, Marcelo Jesus Pinto, 34 anos, Moisés Antônio Dourado, 35 anos, Shirleon Barbosa Guimarães e Ronilson Tomás de Moura, 27 anos, também foram presos. Os policiais contam que cada um deles tinha uma função específica no crime.


Segundo o delegado-chefe da DRFV, Moisés Martins, os pedidos de veículos a serem furtados eram feitos por encomenda a Natalino. Com a ajuda de Claudete e outros componentes, os carros eram roubados no DF e levados para a chácara onde o casal morava na Cidade Ocidental. Lá, era realizada a adulteração dos sinais identificadores e providenciada a documentação falsificada. Depois, os veículos eram revendidos nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, São Paulo, Goiás e Bahia. “Em três meses de monitoramento, apreendemos 15 carros e 12 componentes da quadrilha. Seis foram presos, hoje, e os demais em outros estados”, diz o delegado.


Além de falsificação de carro e documentos, o bando falsificava documentos, comprovantes de residência e cédulas de dinheiro. A polícia acredita que mais de 50 veículos passaram pelas mãos da quadrilha. A prisão de Alexandre Francisco Dourado, na Cidade Ocidental, em maio, iniciou a operação. O bando será enquadrado por furto, roubo, formação de quadrilha, receptação, adulteração de veículos e falsificação de dinheiro e documento público.



Veja o vídeo: CorreioWeb/Tv Brasília

Fonte: Jornal Coletivo, Rede Globo, Correio Braziliense, ClicaBrasília e Jornal Local de 27/08/08

Imagem: campeãs





A equipe Fluminense Educação Esportiva é a campeã invicta da categoria SUB 15 na III Copa das Satélites de Futebol de Salão Feminino, ao vencer o CRESSPOM, por 3 a 1, no domingo (24/08/08), pela manhã, no ginásio do Núcleo Bandeirante.

Fonte: Copa das Satélites e Portal do Futebol Feminino aqui

Convênios

O GDF firmou diversos convênios no ano passado com prefeituras municipais do entorno. Por esses convêncios foram repassados cerca de R$ 16,8 milhões a 14 cidades goianas. Luziânia e Santo Antônio do Descoberto foram as duas que mais receberam recursos do DF - R$ 4,7 milhões a primeira e R$ 2,2 milhões a segunda.

Os deputados petistas do DF querem saber em que exatamente foi investido todo esse recurso e qual foi a contrapartida das prefeituras. Além disso, questionam o repasse de um valor tão alto às cidades vizinhas quando para as 28 regiões administrativas do DF (excluindo a de Brasília - a que recebe absurdamente muito mais) foram investidos somente R$ 13 milhões.

Ceilândia, maior cidade do DF, por exemplo, recebeu em 2007 apenas R$ 938 mil em investimentos. A cidade da capital com maior aporte de recursos foi Taguatinga, que recebeu R$ 1,9 milhão. Menos da metade do dinheiro dado a Luziânia por meio de um só convênio.


Fonte: Jornal de Brasília de 27/08/08

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Imagem: construção da Vila Olímpica




Opinião: sugestão para espaços vazios

Se você é do tipo que concorda com a preconceituosa e ultrapassada idéia de que em Ceilândia qualquer espaço público (seja beco, praça ou entrequadra) corre o risco de virar ponto de encontro de maconheiros e criminosos, e por isso deve ser deixado como está, nem leia este artigo: ele vai tratar de qualidade de vida em seu sentido mais amplo, um tema por demais complexo para ser entendido por mentes excessivamente simplórias.

É que vou falar de um equipamento urbano presente na maioria das cidades onde o assunto é valorizado muito além daquele “arroz, feijão, saúde e habitação” que virou palavra de ordem nas manifestações de quem acha que pobre deve se limitar a exigir apenas isso.

Me refiro à figura do passeio público. Desde as pequenas cidades do interior até as grandes metrópoles como Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Paris ou Barcelona, lá está ele, praça e passarela, recanto ideal para quem está cansado e deseja apenas um banco para sentar e ver a vida passar sem pressa. Ou praia de quem vive longe do mar mas gosta de agitação, de ver e ser visto, de sair para a peleja diária a que se dedicam os que querem distância da solidão.

O assunto me veio à mente ao pensar no quanto Ceilândia é privilegiada em termos de espaços ainda livres e no quanto eles têm sido mal aproveitados. Veja a imagem abaixo. Ela mostra a área que vai do fórum até a entrada do Centro de Ensino Médio 03, em Ceilândia Sul. Parte dela já foi ocupada pelo Shopping Popular. Parte estaria destinada a um muito bem-vindo Centro Cultural, com respectiva praça. O restante abriga o prédio da Administração Regional, a Biblioteca Pública e a Praça do Trabalhador. Mas restam as laterais entre as pistas das avenidas M1 e M2 e o muro do CEM 03. Trata-se de uma faixa de uns 15 metros de largura por 600 de comprimento que circunda o colégio e que atualmente está sem nenhum uso ou qualquer sinal de urbanização. Como não se tem conhecimento de projetos para aquela área, e o shopping center prometido por Paulo Octavio foi parar no Setor M Norte de Taguatinga, eis aí um bom gancho para voltar ao tema das soluções alternativas que possam ajudar a suprir a falta de áreas de lazer para os ceilandenses.

Pois me acompanhe nessa viagem, que sonhar não custa nada. Imagine junto comigo aquela faixa transformada em um passeio público (veja na imagem exemplos reais, para facilitar as coisas). Pense em uma larga passarela integrada à Praça do Trabalhador (devidamente reformada), ao Shopping Popular, à praça do futuro Centro Cultural (que bem poderia ser construída antes dele) e ao próprio centro da cidade. Com piso de boa qualidade. Isolada das pistas e dos carros por canteiros bem cuidados, salvo nos locais de acesso às faixas de pedestres. Sombreada por árvores plantadas na área interna do CEM 03, ao longo de todo o muro. Na parte externa, junto ao muro, suavizando a presença dele, plantas ornamentais intercaladas por fileiras de bancos. Para arrematar, boa iluminação à noite. E, se o espaço permitir, até faixa exclusiva para ciclistas, patinadores, praticantes de skate. Para incentivar o uso intensivo da nova área pela população, poderiam ser promovidos ali eventos artístico-culturais.

Até quem gosta de subordinar qualquer coisa a dividendos econômicos também ficaria satisfeito. Basta pensar no quanto o comércio naquelas avenidas seria beneficiado pelo aumento do fluxo de pessoas. Ao longo do calçadão, seria permitida a instalação de um ou outro pequeno quiosque, devidamente padronizado, para venda de sorvetes, revistas ou peças de artesanato. Por fim, para deixar mais tranqüilo também quem anda com medo de sair de casa, haveria policiamento em pontos fixos e também em rondas feitas a pé.

O passeio público, que teria inicialmente cerca de 1,5km de extensão (incluídas as praças), poderia pouco a pouco ser ampliado, até chegar ao extremo sul da cidade. As calçadas em frente às lojas das duas avenidas também poderiam futuramente ser reformadas e adaptadas ao mesmo padrão. E um dia toda aquela área teria outro aspecto, muito melhor que o atual. Sem esquecer que esta mesma solução poderia ser adotada nas outras partes da cidade com igual configuração, tanto em Ceilândia Norte quanto em Ceilândia Sul.

A experiência nos obriga a não esperar este tipo de atenção de quem tem que se preocupar com a situação calamitosa de setores como a Expansão do Setor O ou os dois “condomínios” com que o descalabro e a irresponsabilidade infelicitaram a cidade. Mas o GDF está reconhecidamente fazendo importantes investimentos aqui. Um bom exemplo é a construção da Vila Olímpica. Neste sentido, é importante dizer que o passeio público aqui sugerido não sairia tão caro. E com uma vantagem: beneficiaria não apenas os estudantes e esportistas, mas também outros segmentos da comunidade tradicionalmente negligenciados, como os idosos, por exemplo.

O passeio público tornar-se-ia o democrático ponto de encontro de ceilandenses de todas as idades e de todos os setores da cidade. Principalmente das pessoas que hoje, por falta de opção local, vão passear em Taguatinga ou no Plano Piloto.

E, se bem feito e bem cuidado, seria uma vitrine e tanto para o GDF nas próximas eleições.


Fonte: Ceilândia.com

Crime contra animais

Ontem foi ao ar matéria que revelou a crueldade praticada contra animais no setor P Sul de Ceilândia. Cachorros de estimação de uma família foram mortos a pauladas por algum bandido da localidade.

O mais incrível?!
Nenhum vizinho percebeu nada...

Um dos principais motivos para isto não ter acontecido, pode ter sido o fato de que os cães estivessem dopados com algum tipo de remédio no momento da agressão - foi sugerido na reportagem.

A polícia investiga o caso e os animais mortos foram recolhidos para perícia.


É uma pena que "animais" como esses convivam com todos na sociedade de hoje em dia.

Fonte: Rede Record de 26/08/08

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ketleyn retorna a Ceilândia


Familiares emocionados, amigos de infância, colegas de treinos e toda a imprensa do DF estavam no Aeroporto Internacional de Brasília para receber a judoca Ketleyn Quadros, bronze na categoria peso leve, nas Olimpíadas de Pequim, e a primeira mulher a trazer uma medalha nessa modalidade para o Brasil.

Aos 20 anos, nascida em Ceilândia, a atleta já havia sido recebida em Belo Horizonte (MG), onde treina, estuda Educação Física e tem um patrocínio assegurado. Porém, ao ver a mãe Rosimeire Oliveira – que estava na China no dia da conquista do bronze – e o pai Kléber Quadros, a atleta desabou em lágrimas. “Aqui a emoção é muito maior. Estou em casa e o coração bate muito mais forte. Assim como ganhar, subir ao pódio, voltar aqui é inexplicável”, admite a judoca.

Logo após a recepção de pouco mais de 100 pessoas, a atleta partiu para uma entrevista coletiva, na qual, entre outros assuntos, tratou do início difícil, da preparação até Londres 2012, da falta de estrutura para o esporte no DF e, obviamente, da emoção da conquista. “Em nenhum momento eu pensei que pudesse voltar de mãos vazias. Eu estava trabalhando forte e não poderia ser diferente”, afirma Ketleyn.

A agenda de Ketleyn não terminou após a entrevista. Logo após, ela partiu em um carro aberto do Corpo de Bombeiros até as proximidades do Estádio Mané Garrincha. Na seqüência, seguiu rumo à Administração Regional de Ceilândia. No DF, a judoca fica em férias até o dia 22 de setembro, quando volta para Minas Gerais, onde começa a se preparar para o Grand Prix de Judô, no final do ano.




Vale ressaltar que outro ceilandense, Marilson dos Santos, também participou das Olímpiadas de Pequim mas não conquistou um bom resultado. "Por ir a Pequim já é uma grande vitória", diz a mãe do maratonista.

Fonte: Jornal Coletivo e Correio Braziliense

Voto facultativo?!

Nesta terça-feira (26), às 14h, o deputado federal Geraldo Magela iniciou, na plataforma superior da Rodoviária, uma campanha de rua a favor do voto facultativo. Nessa ação, o deputado pretende conversar com a população a respeito do tema e colher assinaturas apoiando a liberdade de escolha na hora de votar, ou não.

De acordo com Magela, o voto deve ser encarado como um direito e não como uma obrigação ou um dever passível de punição. "Nas principais democracias representativas o voto é sempre facultativo. É evidente a correlação entre o voto obrigatório e o autoritarismo político. O voto facultativo é, sem dúvida, mais democrático e reflete melhor a vontade do eleitor", avalia o parlamentar.
Durante sua campanha, Magela vai visitar escolas, faculdades, participar de fóruns a respeito do tema e pretende buscar apoio de outros parlamentares em favor do voto facultativo. Pesquisas recentes comprovam que a maioria da população brasileira não só apóia o voto facultativo, como repudia o obrigatório.

“O direito de escolher seus representantes diretamente é uma prerrogativa inerente à cidadania. Assim sendo, o voto é um direito do cidadão, é onde se exerce a democracia. O voto obrigatório deixa de ser um direito e passa a ser uma imposição. Deixa de ser a livre manifestação para transformar-se em manifestação forçada, o que caracteriza a ausência de liberdade”, destaca o deputado confiante em mais uma vitória.

Segundo ele, não faz sentido afirmar que o voto facultativo poderia favorecer a instabilidade democrática ou promover o distanciamento entre o governante e a vontade da sociedade. Se o voto obrigatório fosse garantia de estabilidade democrática, não teria havido golpe no Brasil, nem na América Latina. Segundo pesquisa realizada, o voto é obrigatório em apenas 30 países do mundo, sendo que metade deles fica na América Latina.

No entendimento de Magela, o voto obrigatório empobrece a política e mantém os velhos grotões da política dos coronéis que trocavam votos por qualquer coisa. O deputado defende que o voto seja dado ao candidato por suas idéias e ações em prol da melhoria de vida de toda a sociedade.


Fonte: Jornal Coletivo

Morte em incêndio

O serralheiro Elias de Oliveira, 33 anos, morreu, na madrugada de hoje, em conseqüência de um incêndio, quando dormia em um imóvel da QNP 13, Conjunto E, casa 50, no P Norte, onde funcionava uma oficina de conserto de sofás e uma serralheria, instaladas na casa do cunhado da vítima. Segundo seus familiares, Oliveira morava em Santa Maria e trabalhava todos os dias na oficina e, às vezes, dormia no local de trabalho para adiantar o serviço e gastar menos dinheiro com condução. Ele foi encontrado ainda com vida, trancado dentro do banheiro do estabelecimento.

O bombeiro Marcos Rocha foi o primeiro a chegar ao local. Ele conta que o serralheiro estava inconsciente na hora do resgate, mas que estava respirando. “Havia um carro na garagem que estava em chamas impedindo-o de sair dali. Quando o encontrei, estava desacordado por causa da quantidade de fumaça que tinha respirado, embora não tivesse nenhuma queimadura no corpo”, diz.

No caminho para o hospital, o serralheiro teve uma parada cardiorrespiratória, e foi reanimado pelos bombeiros. Oliveira chegou ao Hospital Regional de Ceilândia com vida, mas morreu logo depois por asfixia. O corpo dele foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), onde passará por exame técnico para determinar a causa da morte. O laudo deve estar pronto em uma semana no IML.

Os familiares do serralheiro estão muito abalados e decidiram doar as córneas de Oliveira. “Já que infelizmente aconteceu esse incidente, agora queremos ajudar a alguém”, diz o cunhado da vítima, Fernando Ricardo Frasão. A perícia foi realizada na casa e a causa do incêndio deve ser esclarecida em 15 dias. O major Edson Pimentel, que acompanhou o trabalho dos peritos, descarta a hipótese de o incêndio ter sido provocado por problemas na parte elétrica. O militar acredita que a origem do sinistro seja acidental ou criminosa. “No local, tinha muito material inflamável, o que facilitou a propagação do fogo. A origem do incêndio só saberemos após o resultado da perícia”.
Assista ao vídeo:


Assista ao vídeo: CorreioWeb/Tv Brasília

Fonte: Jornal Coletivo, Correio Braziliense, Rede Globo e Jornal Local de 26/08/08

Medo de atentado

Francisco de Souza, o ex-vereador de Águas Lindas (GO) conhecido em toda a cidade como Ceará, está com medo, mas não se esconde. Apontado como testemunha crucial na investigação do assassinato do candidato José Venceslau da Costa (PP), ele não gosta da tese de que era o alvo dos criminosos que acabaram matando o político por engano.

A semelhança é inegável. Ceará, cauteloso e com voz trêmula, disse que se a tese policial se confirmar pretende tirar uma nova identidade para marcar a data do “renascimento”. “É uma comemoração por estar ainda vivo”, afirmou ao Correio.

Ceará não nega a fisionomia parecida, mas relata pontos que o diferenciavam de Venceslau na noite do crime. Ele contou que na hora do comício estava com uma camiseta florida, enquanto o candidato a vereador usava uma camisa creme. “A gente estava com roupas diferentes, mas sabe que no escuro todo gato é pardo”, afirmou Ceará.

Diante da tese predominante da Polícia Civil de Águas Lindas e com o suposto assassino ainda solto, ele teme sofrer represálias e demonstra até um certo grau de paranóia. Relatou que o carro emprestado a um amigo voltou com a seguinte inscrição no vidro sujo: “É você”, segundo ele uma referência aos seus depoimentos. “Toda essa história dá medo, mas eu estou junto dos policiais e eles já estão atrás desse cidadão que nem merece ser chamado de cidadão”, afirmou Ceará.

Ex-vereador, Ceará está em franca campanha para eleger correligionários do PP. E, por isso, os temores de atentado eleitoral contaminaram os aliados. O candidato a vereador Sebastião Antônio da Silveira disse que, além de ameaças de morte, foi espancado por motivos políticos. Segundo ele, os criminosos disseram que o ato era um aviso para ele desistir da candidatura.

Ontem, ele disse ter recebido um bilhete escrito “você é o próximo”. Apesar das ameaças, Silveira não fez nenhum boletim de ocorrência, nem comunicou o fato à Justiça. “Não quero usar isso para virar vítima”, disse. Silveira relatou que depois da morte de Venceslau dorme na casa de amigos para não ficar sozinho.

A mesma precaução teve a família do candidato a vereador assassinado. A mulher, Domingas Ricaldini, e os filhos preferiram deixar a casa onde moravam no bairro Cidade do Entorno, um dos mais violento de Águas Lindas, e estão alojados na casa de um familiar não identificado.

O assassinato de Venceslau despertou precauções e desconfianças em campanhas de outras cidades do Entorno do Distrito Federal. Surgiram boatos de mais atentados e com medo da violência, alguns concorrentes às eleições da região decidiram tomar precauções para evitar mais confusão. Entre os cuidados, os políticos evitam fazer campanha à noite, não andam desacompanhados e querem distância de foguetório.


Fonte: Correio Braziliense

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Imagem: Isto é Ceilândia?!



A Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ceilândia - a ACIC-DF - tem feito campanha fortíssima, alardeando a população que Ceilândia finalmente iria receber o seu shopping center. Este próprio blog tem publicado as notícias.

O blog 100% Ceilândia resolveu verificar a área de localização da placa de construção do dito (Organizações Paulo Octávio), depois de denúncia feita no próprio blog (aqui), e constatou que realmente A REGIÃO ONDE A PLACA SE ENCONTRA NÃO É CEILÂNDIA.

Se realmente for construído um empreendimento naquele local, ele será localizado plenamente na região conhecida como M Norte, em Taguatinga. Isto porque é rodeado por quadras do setor M Norte.

É de se estranhar a participação da ACIC-DF nesta empreitada, já que não se trata mais de Ceilândia e sim de Taguatinga - os impostos recolhidos ali também irão para a cidade de Taguatinga.

Se for nesta localidade, é no mínimo incompreensível entender a posição da ACIC e todo o alarde feito pela associação. O presidente da associação, Ronaldo Vinhal, conhece Ceilândia, estudou na cidade e deveria, como verdadeiro ceilandense, defendê-la e não se bandear para o lado politiqueiro da coisa.

O blog 100% Ceilândia reiteira que busca a realidade dos fatos e que a maioria das notícias aqui publicadas possuem suas respectivas fontes. Infelizmente neste caso foi a ACIC-DF.


Então fica no ar a seguinte pergunta:

SERÁ QUE ESTÃO NOS CHAMANDO DE BURROS NOVAMENTE?




E usando de exemplo dizeres encontrados no próprio portal da ACIC, cobramos:
"Com a palavra a ACIC"...

Vitória da Ceilandense



Pelo complemento da quarta rodada da Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense, a Ceilandense venceu o Guará por 3 x 2, na manhã deste domingo (24/08/08), no Estádio do CAVE, e subiu para a terceira colocação na tabela, com 7 pontos, um a mais que o Santa Maria (4°). Enquanto isso, o Guará segue na lanterna, com quatro derrotas em quatro jogos, e está em queda livre para a terceirona local.

Os visitantes não deram folga para o Guará. A Ceilandense começou o jogo com mais posse de bola e partindo para cima do time da casa. Logo aos nove minutos, o atacante Abimael invadiu a área e chutou cruzado. Élson, livre de marcação, empurrou para as redes: 1 x 0.

Após sair atrás no placar, o Guará buscou o empate, mas pecava nas finalizações. Aos 33 minutos, Anderson teve uma boa chance e chutou de longe, obrigando o goleiro Marlon a fazer uma bela defesa. Aos 39 minutos, a Ceilandense respondeu com Bobby, que estufou as redes pelo lado de fora do gol. Ainda deu tempo de Juninho perder um gol feito dentro da área, aos 45 minutos, causando revolta na torcida do Guará.

O segundo tempo começou bastante movimentado, com o Guará pressionando. Aos nove minutos, depois de uma confusão na área da Ceilandense, o Guará quase empatou. O time da casa continuou errando até os 31 minutos, quando Luciano recebeu na entrada da área e bateu na saída do goleiro Marlon para fazer 1 x 1.

Em seguida, o jogo esquentou. Foram três gols marcados nos minutos finais. O primeiro saiu aos 40. Júnior recebeu na esquerda, invadiu a área e chutou cruzado no canto esquerdo do goleiro Márcio, colocando a Ceilandense novamente em vantagem. Dois minutos depois, Daniel, de cabeça, empatou de novo. E nos acréscimos, aos 48 minutos, Abimael aproveitou o rebote do goleiro e deu números finais a partida: 3 x 2 para a Ceilandense.

Na próxima rodada, o Guará recebe o líder Brasília no Estádio CAVE, ainda em busca da primeira vitória. Já a Ceilandense mede forças com o Santa Maria no Estádio Abadião.


Fonte: Esporte Candango

Golpe do carro barato

Nas duas últimas semanas, o Fantástico investigou mercados clandestinos de automóveis - conhecidos como marretas ou bocas. A reportagem passou por Brasília, por cidades do Tocantins, Minas Gerais e Goiás e descobriu como funciona o esquema conhecido como ágio ou finan - uma abreviatura de financiamento.



Tudo começa com um financiamento bancário. E com parcelas que nunca vão ser pagas. Um carro, por exemplo, foi comprado em 60 vezes, numa concessionária, no Distrito Federal, por Raimundo Nonato Valério. O veiculo está à venda, no interior de Goiás, por um terço do valor de mercado.

No endereço onde chegam os avisos de cobrança, ninguém sabe quem é esse Raimundo. “Essa pessoa nunca morou aqui. Nem de aluguel”, revela a dona-de-casa Rita de Jesus Gonzaga.

Ligamos para Raimundo Nonato. Ele não quis conversa: “Não tenho nada para passar contigo não”. Por dinheiro, as pessoas emprestam o nome para fazer os financiamentos.

Como ninguém vai tirar dinheiro do bolso para pagar as prestações, o carro pode ser revendido por qualquer preço, que ainda dá lucro. Na internet, há vários anúncios de veículos assim.

Num telefonema, o vendedor diz por quanto vende um carro avaliado, no mercado, em R$ 22 mil. “O valor dele é cinco mil reais. Eu mostro o carro aqui em Belo Horizonte, para qualquer pessoa”, disse o vendedor.

Fomos até a capital mineira. E vimos o carro. Mas ao saber que se tratava de uma reportagem, o vendedor saiu correndo. O parceiro dele também. Depois, por telefone, ele admitiu que vende carro barato porque o financiamento não foi pago. "Correto não é. Mas é o que eu faço", disse.

No principal ponto de comércio de carros de Goiânia, um vendedor explica que o veículo não pode ser transferido. Tem que ficar no nome de quem pegou o financiamento. “Não tem jeito de transferir não. Como vai transferir? Você não vai pagar a dívida”.

Em outro ponto, mais afastado do centro, descobrimos que os carros ilegais, de preços baixos, vão para longe. “Vende pra Goiânia, Mato Grosso, vai para o Pará. Xingu. Tudo quanto é lugar”, explica um vendedor.

É do Distrito Federal, de concessionárias de Brasília, que saem muitos carros zero quilômetro, financiados em longas prestações. Parcelas que nunca vão ser pagas. E até as financeiras cumprirem todos os procedimentos legais de cobrança, entrarem na justiça. Até sair o mandado de busca e apreensão e o veículo ser localizado, leva tempo. Muito tempo.

Em Ceilândia, os vendedores contam que demora, em média, dois anos até a justiça determinar a busca e apreensão do carro. Para não correr o risco de perder dinheiro, “mais uma fraude”, diz o homem.

“Depois de dois anos, você vem aqui, pega um mais novo, e a gente pega ele de volta”, explica o homem.



Em Anápolis, interior de Goiás, a mesma estratégia ilegal para não ter o carro tomado pela justiça. “Você vai trocando pelo mais novo, é o que todo mundo faz”, conta um vendedor.

Uma casa - com um toldo para proteger os veículos do sol - é outro ponto de Anápolis onde funciona o golpe. “É de luxo. É 1.6 esse carro. Não é mil não, é 1.6”, diz o vendedor.

Ele diz ao produtor do Fantástico, que não se identificou como jornalista, que faz entrega até em São Paulo, a quase mil quilômetros de distância. “É só me dar o dinheiro que você pode acelerar. Se você quiser combinar, eu levo para você também”. Depois, ao ser informado da gravação, ele negou tudo.



Ele tinha oferecido carros por, aproximadamente, R$ 10 mil cada. Veículos que valeriam R$ 30 mil, se fossem legalizados. Com os números das placas, fomos em busca de informações. Um dos carros está em nome de Edílson Bezerra.

No endereço que forneceu à financeira - Candangolândia, Distrito Federal - a família diz que ele foi para o Nordeste e deixou a dívida para trás. “Tem uns quatro, cinco meses. Nunca vi um carro parar aí”, revela a mãe de Edílson Bezerra.

O comprador de um outro carro também não mora mais no endereço declarado no financiamento. Mas ainda vive na mesma cidade - Planaltina, Distrito Federal. Nós encontramos Pedro Almeida. Ele diz que não conseguiu pagar as prestações, repassou o veículo e achava que fossem pagar a dívida.


Fonte: G1/Rede Globo

Reformas ainda não acabaram

Os alunos aprovados no 1º vestibular dos campi de Ceilândia, da Universidade de Brasília (UnB), começam as atividades nesta semana. Na terça-feira (26/08/08) começam as atividades em Ceilândia. Os estudantes vão participar de uma cerimônia presidida pelo reitor pro tempore da universidade, Roberto Aguiar, e pela decana de Ensino e Graduação, Márcia Abrahão.

Em Ceilândia as duas primeiras semanas de aula serão no prédio do Núcleo de Práticas Jurídicas da UnB, em Ceilândia Centro. Isso porque as obras no Centro de Ensino Médio nº 4 da Guariroba, local previsto para abrigar os estudantes, não ficaram prontas a tempo.

O campus de Ceilândia oferece cursos de Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia, Gestão de Saúde e Terapia Ocupacional.

Regras de publicidade

Assista ao vídeo que mostra algumas das mudanças na publicidade do Distrito Federal. As regiões Administrativas terão suas próprias leis. As que são comuns a todas são:

CorreioWeb/Tv Brasília

Fonte: Jornal Local de 23/08/08

domingo, 24 de agosto de 2008

Pra que polícia!?

Realmente não entendo a existência da polícia. Sempre que o cidadão necessita de sua ação, acaba passando raiva, e muita... Não é de estranhar que algumas pessoas praticam muitos trotes contra a corporação (depois de horas sem serem atendidas). Cansadas de esperar e ouvir sugestões e desculpas esfarrapadas, terminam por não terem o pedido realmente solucionado.


Uma das frases mais ditas pela polícia é:
"Vc tem que fazer uma queixa na delagacia".
ou
"Todos os carros estão em atendimento/serviço".


Realmente é de dar raiva. Como que uma pessoa vai sair de sua casa, de madrugada, para prestar uma queixa na delegacia de um crime que já está acontecendo. Será que os policiais não sabem que pertubação da paz e tráfico de drogas também são crimes e não precisam de registro de queixa?

Basta dar uma passada pelo centro da cidade para se notar a péssima atuação dos policiais que são mantidos pelo dinheiro de impostos altíssimos cobrados pelo governo. Enquanto alguns policiais estão de um lado da avenida, juntamente com poucos fiscais, do outro lado o comércio ilegal rola solto.

Sabe-se, também, que muitos bandidos existentes, hoje em dia, estão trabalhando numa corporação que deveria ser um exemplo para cada cidadão. Bandidos fardados fazem algazarras, compram dvds/cds piratas, praticam receptação (quando não roubam) e participam do narcotráfico.

Já entendi. A polícia gosta de atuar somente quando um crime realmente aconteceu. Uma morte, uma lesão, uma briga, o que mais?!
Quem, em sã consciência, iria confiar em "funcionários" como estes?


Eles imaginam que estão fazendo um grande bem para a sociedade matanto bandidos e, inclusive, cidadãos.
Mero engano...

Túnel em Taguatinga

Técnicos da Secretaria de Obras apresentaram ontem (22/08/08) ao secretário de Transporte e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiz Carlos Bueno Silva, o projeto de construção do túnel de ligação da EPTG com a Avenida Elmo Serejo, para acabar com o trânsito pesado e os congestionamentos no centro de Taguatinga.

A proposta havia sido apresentada ao ministro das Cidades, Márcio Fortes, pelo governador José Roberto Arruda e o secretário de Obras, Márcio Machado, em um almoço promovido pelo GDF há duas semanas.

O projeto prevê a construção de um túnel de 820 metros de extensão com três pistas em cada sentido, orçado em R$ 179 milhões. Parte do dinheiro viria do ministério e o restante da contrapartida do GDF.

Luiz Carlos Bueno Silva gostou da idéia e pediu a inclusão, no projeto, de uma solução do transporte coletivo, integrando ônibus, metrô e os microônibus que circulam na região. A expectativa do governo é de que o projeto seja aprovado logo e o dinheiro repassado ainda este ano.


Fonte: Jornal de Brasília de 23/08/08

Manifestação


Ceilândia tem medo. A violência anda solta pela cidade, a qualquer hora. O assalto a uma farmácia, na quarta-feira, 20, às primeiras horas da manhã, que acabou com a morte do bandido, depois de manter sete pessoas como reféns por sete horas, deixou a fisionomia das pessoas mais contraída.

O assunto mais falado nas rodas de amigos, vizinhos e familiares é o mesmo: Ceilândia precisa de mais proteção. Para ajudar a comunidade a romper com o medo que permite a impunidade, um ato público foi realizado no centro da cidade, seguido da distribuição de panfletos e revistas.

O projeto "Quebrando o Silêncio" levou à avenida Juscelino Kubitschek(Hélio Prates) mais de 200 pessoas, que ouviram Joaquim José da Silva e Fernando Lopes e assistiram ao show da Turma do Nosso Amiguinho, formada por seis bonecos que cantaram músicas incentivando as crianças a não se deixar agredir pelos adultos, e a população a denunciar a violência contra o menor, a mulher e o idoso.

Maria Aparecida, 40 anos, veio do Condomínio Sol Nascente, com o marido e os filhos, João Gabriel, 3 anos e Débora Joana, 4 anos. Atenta, ouviu os palestrantes e mostrou aos filhos os bonecos. "Acho ótima a iniciativa, porque está combatendo a violência que é muito ruim para a cidade."

Lourival Soares de Lacerda, 62 anos, marido de Aparecida, concorda com a mulher. "Ceilândia é uma cidade conhecida como violenta. O tema desse evento serve para quebrar o silêncio da impunidade, da maldade das pessoas", afirmou o morador do Condomínio Sol Nascente.

Joaquim José da Silva disse que precisamos fazer nossa parte, mas que "é preciso mais segurança para a cidade". Ao seu lado, Fernando Lopes completou: "as comunidades precisam reivindicar mais segurança. As pessoas estão caladas, cada um tem que fazer sua parte".


Fonte: Correio Braziliense e Rede Globo

sábado, 23 de agosto de 2008

Mais um clássico

A Ceilandense vai visitar o anfitrião Guará neste domingo no Cave pela 4ª rodada do Campeonato Brasiliense de Futebol da 2ª Divisão:


Guará x Ceilandense - 24/08/08 - domingo - 10h30 - CAVE (Guará).


O Guará está temporariamente na última posição, mas todo clássico continua sendo clássico.

Fonte: Esporte Candango e Federação Brasiliense de Futebol

O pai e sua revolta

Em meio ao alívio dos funcionários da drogaria, o choro de um pai que acabou de perder o filho parace ter passado despercebido. "muitos aplaudiram a morte de meu filho, mas ele é um ser humano também e merecia uma oportunidade", desabafou o pedreiro Roberto Jesus Pinto, 44 anos, em entrevista ao Jornal de Brasília. Ele é pai de Roger do Arte.
"Eu sei que meu filho não teria coragem de atirar em ninguém. Era um crianção e estava alterado por causa do remédio (Rophynol) que tomou, mas ainda assim não atiraria", afirma Roberto, que foi localizado em Ceilândia pelo JBr.
Roberto garante que irá cobrar explicações da PM pelo fato de nenhum parente ter tido a oportunidade de negociar com Roger. "Meu filho e minha sobrinha estavam lá, mas não deixaram nem eles chegar perto para convencer o Roger a largar a arma", disse, em tom de revolta. "Um policial do Bope debochou dizendo que não sabia se tinha que chamar o rabecão ou o SLU, para levar o corpo de meu filho. Não é porque somos pobres e miseráveis que merecemos ser tratados desta forma", reclamou.
Ainda assim, Roberto diz que entende o desespero dos reféns. "Para muitos, ele é bandido. Se fosse um parente meu, ficaria desesperado da mesma forma". Ao ver pela televisão a notícia sobre o assalto, o pai admitiu não ter reconhecido Roger. "Como filho, ele era exemplar. Todos os dias, trabalhava comigo em uma obra e ganhava R$ 240 por semana. Não tinha motivo para assaltar", disse.
Na manhã do sequestro, Roger teria, entretanto, pedido à mãe, Sirley do Arte, 42 anos, uma vez que era dia do seu pagamento. "Não sei o que aconteceu, mas ele saiu de casa e disse: 'Adeus e até 2020, até nunca mais'", conta o pais, como se o filho tivesse feito uma despedida.
Roger estudou até a 5ª série do Ensino Fundamental e morava em Águas Lindas (GO). Tinha três irmãos, sendo uma mulher de 21 anos e dois rapazes de 16 e 25 anos. Até o fechamento desta edição, nenhum representante da PM foi localizado para comentar as declarações de Roberto.


Fonte: Jornal de Brasília de 22/08/08

Opinião: festa de granfinos

O GDF orgulhosamente anuncia e a comunidade do Lago Sul comemora: o comércio local da QI 23 vai ganhar neste sábado (23/8) mais uma opção de lazer e integração. A praça da quadra foi inteiramente revitalizada. O espaço, antes abandonado e perigoso, ganhou uma nova quadra de tênis, urbanização, ajardinagem, construção de calçadas e de rampas para cadeirantes, irrigação, iluminação pública, além de um moderno circuito de vitalidade para a prática de atividades físicas dirigido a faixa etária de 13 a 90 anos.

As crianças portadoras de necessidades especiais também terão divertimento garantido. Para facilitar a integração nas brincadeiras foram instalados brinquedos adaptados e inteligentes. “Esses equipamentos são o que há de mais moderno no mercado hoje. A partir de agora, nenhum menino ficará fora da diversão. A intenção é integrar a criança cadeirante com as demais crianças”, explica o arquiteto Oscar Monteiro de Castro Melo, autor do projeto da Praça da QI 13.

Outra novidade é o Circuito de Vitalidade. A destinação destes equipamentos permite ao idoso exercitar-se de maneira correta, sem impacto físico, como os ocasionados por corridas, caminhadas, etc.

Quem também tem o que comemorar é a comunidade do Setor de Mansões de Taguatinga. O GDF investirá 450 mil para transformar um terreno baldio em praça com uma academia ao ar livre, um parque infantil, rampas de acessibilidade, lixeiras e 27 bancos.

Congratulações ao pessoal do Lago Sul e do Setor de Mansões de Taguatinga. Tiveram a sorte de não aparecer nenhum demagogo propondo que os terrenos virassem lotes e fossem doados a alguma corporação (se bem que os demagogos sabem muito bem onde podem fazer isso sem que a comunidade se oponha, não é mesmo?).

Enquanto isso, nossa Ceí velha de guerra segue perdendo os becos previstos no projeto original, as entrequadras comerciais continuam abandonadas, e até a Praça do Trabalhador, a poucos metros do gabinete do administrador regional, está em estado lastimável.

E o pior: algumas pessoas, certamente menos inteligentes que as praças do Lago Sul, ainda têm coragem de se manifestar contra a criação de espaços decentes para a convivência e o lazer da população. É gente que acha natural pobre ser tratado como cidadão de terceira classe. Que se contenta com uma demão de tinta política na caixa d´água e ainda recebe o gesto como grande benefício à cidade.

Complexo de vira-lata é doença grave, mas talvez tenha cura. Continuo torcendo.


Fonte: Ceilândia.com

Obra ainda não começou

A placa indica uma obra que nunca foi feita no Centro de Ensino Médio Nº 2 de Ceilândia. A área de esportes precisa de melhorias. A grama toma conta das quadras e a cobertura não existe mais. É nesse local que treina o vice-campeão de 2006 da Maratona de São Silvestre. Há 16 anos, Clodoaldo Gomes da Silva usa a pista de brita para se preparar para as corridas.

“As pessoas não acreditam que saindo daqui, a gente consegue ter um bom resultado. Então, se tivesse uma condição melhor, os atletas poderiam buscar mais resultados”, afirma o atleta.

A pista onde Clodoaldo treina é o retrato da falta de investimentos no esporte no DF. Dinheiro existe. No ano passado foram destinados quase R$ 25 milhões para o setor. Mas o governo só gastou R$ 12 milhões e usou apenas R$ 4 mil com compra de equipamentos e obras.

E este ano, do orçamento de R$ 42,5 milhões da Secretaria de Esporte, até agora foram usados pouco mais de R$ 8 milhões. Um gasto que deve aumentar com a autonomia da Secretaria de Esporte.

“O governador já entendeu essa necessidade. E, agora, irá me liberar – através de um decreto – para que eu possa executar algumas obras, fazer licitações, reformar as quadras poliesportivas e ginásios das cidades. Ou seja, fazer as obras que antes tinha que repassar o recurso para a Secretaria de Obras e a Novacap executar”, explica o secretário de Esportes, Agnaldo de Jesus.

O conselheiro da ONG Contas Abertas, Gilmar José Rocha, que acompanha a execução do orçamento, diz que o governo segurou os gastos para fazer caixa. “Isso é ruim porque programas esportivos, como o Bolsa Atleta, e as escolinhas de esportes não conseguem se desenvolver”, enfatiza.

Mas nem a burocracia atrapalha quem vive de superar limites. “Quem sabe nas próximas Olimpíadas, Ceilândia não tenha um, mas sim vários atletas despontando. A nossa primeira medalha em Pequim veio de Ceilândia”, destaca Clodoaldo Silva.


Fonte: Rede Globo

Ceilândia a Olho Nu

O Projeto Casa Brasil e os alunos do Curso de Fotografia ministrado por aquela entidade convidam para a abertura da exposição “Ceilândia a Olho Nu”, que reúne os trabalhos desenvolvidos ao longo do curso.

O evento acontecerá no dia 23 de agosto, às 17h, no foyer do Teatro SESC Newton Rossi (QNN 27, lote B, Ceilândia Norte).

A exposição será composta de 51 fotografias em papel fotográfico no tamanho 15×21 e ficará no SESC por 15 dias. Seguirá então para a Casa do Cantador, na Guariroba, e depois será levada para a UnB.

O curso de fotografia da Casa Brasil é gratuito e quem se interessar em fazê-lo pode ligar para 61 3372-1979 para obter maiores informações.


Fonte: Ceilândia.com

Jovem não poderia ter sido solto

O homem que promoveu cinco horas de terror em uma drogaria da QNM 18 de Ceilândia, na manhã de quarta-feira (20/08) não deveria ter saído de trás das grades no feriado do Dia dos Pais de 2007. Segundo informações da Vara de Execuções Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (VEC/TJDF), Roger do Arte Pinto, 23 anos, não tinha autorização para ser solto por agentes da Secretaria de Segurança Pública do DF durante o saidão de agosto do ano passado. O benefício é exclusivo para detentos em regime semi-aberto e com bom comportamento (veja O que diz a lei). Mesmo assim, ele ganhou as ruas apenas dois meses depois de ser preso em flagrante por roubo, corrupção de menores e falsa identidade, crimes pelos quais foi condenado a 11 anos de cadeia em regime fechado. Roger não voltou ao cárcere e acabou protagonizando a trágica história que acabou com a sua morte.

O morador de Águas Lindas (GO), que manteve sete reféns sob a mira de um revólver .38 durante a manhã de quarta-feira, havia sido preso em 2003 por assalto à mão armada e em 2005 por porte ilegal de arma. Respondia pelos crimes em prisão domiciliar — quando o acusado fica em casa, mas com uma série de limitações, como estar trabalhando, não ingerir bebidas alcoólicas e voltar para a residência antes das 20h. No entanto, em junho de 2007, o homem foi flagrado em um roubo com formação de quadrilha. Acabou condenado a 11 anos, um mês e seis dias de reclusão na Papuda. Mas Roger passou apenas dois meses e dois dias na cadeia. No saidão do Dia dos Pais, foi libertado.

A Vara de Execuções Criminais do TJDF, explicou, por meio da assessoria de imprensa, que, a partir do momento em que Roger foi flagrado em delito e condenado, ele perdeu o direito de ser beneficiado pelas saídas temporárias. Segundo a assessoria, o criminoso não tinha a autorização do TJDF para ser posto em liberdade. A Vara de Execuções Criminais é responsável por acompanhar o histórico de todos os detentos do DF e repassar as informações à Secretaria do Sistema Penitenciário (Sefite), órgão subordinado à Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). O Correio procurou ontem o juiz Nelson Ferreira, responsável pela vara, mas não obteve resposta. Mas, pelos assessores de imprensa, o magistrado declarou que não sabia o motivo pelo qual Roger foi solto em agosto passado.

O secretário de Segurança Pública, Valmir Lemos, também preferiu não comentar o assunto, mas abriu sindicância para apurar quem foi o responsável pela soltura do assaltante. Por meio da assessoria de comunicação, explicou que cabe à SSP-DF o cumprimento da portaria assinada pela VEC para a liberação dos detentos beneficiados pelo saidão. A secretaria recebe uma espécie de relatório da vara com a condição legal para a liberação dos detentos que cumprem os requisitos necessários à saída temporária. Depois, faz o levantamento dos nomes a serem liberados e fiscaliza se os presos estão obedecendo as regras de comportamento durante o período.




Segundo o professor do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em segurança pública, Lúcio Brito Castelo Branco, a história que por pouco não acabou com a morte de reféns inocentes no centro de Ceilândia é um reflexo da decadência do sistema penitenciário brasiliense (leia Ponto crítico). Para ele, além da falta de rigor na seleção e no monitoramento dos detentos beneficiados pelo saidão, o caráter pedagógico para recuperar os criminosos é inexistente nas cadeias do DF. “São verdadeiros campos de concentração. Quem entra sai pior e faltam critérios para avaliar quem será liberado”, afirmou.

O professor Brito comparou o incidente de Ceilândia com o trágico caso do ônibus 174, no ano 2000, no Rio de Janeiro, em que Geísa Gonçalves, 20 anos, foi morta quando estava em posse de um assaltante. “Por sorte, não aconteceu uma tragédia como aquela. A grande maioria dos presos não tem condições de sair do sistema penitenciário para a sociedade”, declarou.
O que diz a lei

Os artigos de 122 a 125 da Lei Federal nº 7.210, de 11 de julho de 1984, determinam as regras para a saída temporária dos presos do sistema penitenciário brasileiro. No texto, consta que a autorização só será concedida aos detentos em regime semi-aberto — que trabalham fora e dormem na cadeia — cumpridores dos seguintes requisitos: “comportamento adequado, cumprimento mínimo de um sexto da pena e compatibilidade do benefício com os objetos da pena”. Segundo a lei, a regalia do saidão será automaticamente revogada se o condenado cometer “crime doloso, for punido por falta grave ou desobedecer as normas impostas na autorização.”


Fonte: Correio Braziliense, Rede Globo e Rede Record de 22/08/08

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Escola técnica?

GDF doa terrenos para construção das Escolas Técnicas da União

Segundo o governador, José Roberto Arruda, o problema da cidade não está mais no desemprego, mas sim na falta de qualificação profissional. "Precisamos transformar essa realidade e oferecer acesso a oportunidade de formação profissional", avaliou. Arruda informou que todas as medidas possíveis estão sendo tomadas para o crescimento do setor produtivo, e lembrou que mesmo com atitudes de diminuição do serviço público, o índice de desemprego ainda é o menor. O governador também sugeriu a criação de uma unidade em Ceilândia. "A escola nesta área seria mais novidade do que no Plano Piloto. A maior parte da mão-de-obra sem acesso a qualificação está no entorno. Estamos dispostos a doar mais um terreno para a construção de uma instituição na cidade", concluiu o governador".


Fonte: Tribuna do Brasil e Correio Braziliense

Novas regras para publicidade

Desde o início do ano, pelo menos 80 outdoors migraram do Plano Piloto para as rodovias que cruzam o Distrito Federal. Ao todo são quase 1,5 mil. Nas cidades, pedestres e motoristas competem espaço com os painéis publicitários. Mas a poluição visual que tomou conta do DF está próxima de ter um fim. O decreto nº 29.413, que regulamenta o Plano Diretor de Publicidade das regiões administrativas fora da área tombada — Lei nº 3.036 de 2002 — foi publicado ontem no Diário Oficial do DF e define as regas de colocação de outdoors em área pública e servirá de ferramenta para que a fiscalização possa atuar para limpar o DF.


A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma) então trabalhou durante oito meses para determinar as restrições aos locais e aos formatos dos painéis que culminou na publicação do decreto. “Foram definidos tamanho, altura, endereçamento e uma organização nas fachadas das edificações. Nosso trabalho foi realizado com as 22 administrações regionais e fizemos restrições parecidas com as que ocorreram no Plano Piloto, só que mais amenas”, explicou a subsecretária de Controle Urbano da Seduma, Eliana Bermudez.

No Plano Piloto, com a regulamentação, em julho de 2007 da Lei nº 3.035 de 2002 sobre o Plano Diretor de Publicidade da região, foi determinada a remoção de 400 outdoors da área tombada — que abrange as Asas Sul e Norte, o Eixo Monumental, Cruzeiro, Octogonal, Sudoeste e Candangolândia. Os que estavam em situação regular e com a licença em dia foram remanejados para as rodovias. Nas estradas, os painéis terão que obedecer a distância, entre um e outro, de 250 metros. Hoje, em alguns pontos da Estrada Parque, Indústria e Abastecimento (Epia), por exemplo, o espaço entre os letreiros não atinge 50 metros.


A subsecretária lembrou que as administrações regionais ainda precisarão criar, cada uma, seus próprios Planos de Ocupação. “Os locais onde serão permitidas a veiculação de propagandas serão regularizados por meio desses planos. Os documentos serão aprovados pela Seduma até o início de 2009”, explicou. As normas que as administrações terão que seguir para produzir o documento estão especificadas no decreto.

A Avenida Juscelino Kubitschek (Hélio Prates), em Ceilândia, por exemplo, não poderá comportar painéis em áreas públicas. Eles poderão ser instalados nos prédios comerciais e, ainda assim, colados nas fachadas e padronizados. “Para que a população identifique que tipo de loja ou estabelecimento existe ali”, pontuou a subsecretária.Para que a regulamentação tenha eficácia, a Agência de Fiscalização do DF via mapear, a partir de segunda-feira, os painéis das rodovias.



OPINIÃO


Sem dúvidas Ceilândia é a cidade que apresenta mais problemas com relação à publicidade irregular, exercida por pessoas e empresas não qualificadas e não autorizadas para tal atividade. Todas as quadras, ruas e avenidas da cidade apresentam uma quantidade assustadora de engenhos publicitários como placas, faixas, painéis, etc. Além de tudo isso, temos ainda o grave problema da poluição sonora.

Todos os moradores sofrem com esta situação. É sabido que tanta poluição visual e sonora causa estesse e outros problemas de saúde além de tirar a atenção de motoristas e prejudicar a sinalização de trânsito.

No centro de Ceilândia as calçadas são bastante irregulares, o que dificulta o trânsito dos pedestres e, principalmente daqueles que sofrem com algum tipo de deficiência física. Para piorar esta situação, os comerciantes abarrotam as calçadas com pequenos outdoors, que se tornam verdadeiros obstáculos para um cadeirante, por exemplo.

Esperamos que com a regulamentação do plano de publicidade para a as cidades não tombadas o GDF olhe para Ceilândia, constate os problemas e comece a agir. Senão não há como sonhar com uma cidade boa para viver.

Que tal uma campanha dos moradores de Ceilândia pela retirada de todas as placas de publicidade que ocupam as nossas calçadas?


Fonte: Sou de Ceilândia, Correio Braziliense e Tribuna do Brasil