Os moradores do Condomínio Sol Nascente têm energia em casa. Mas, para isso, alguns contam com uma ajudinha das gambiarras. Elas estão por toda parte. Essa solução quase sempre é sinônimo de prejuízo.
“Os aparelhos queimam por causa da energia. A corrente é fraca demais. Vai e volta e aí queima tudo: televisão, som. Estou com dois sons queimados na eletrônica”, conta o motorista Luís Claudio Costa.
“As coisas queimaram lá em casa quando eu estava fora. Quando voltei e fui usar, estava queimado. Agora deixo tudo fora da tomada” fala o frentista Raul Araújo. Isso porque o excesso de carga com as instalações elétricas clandestinas provoca a queda de energia. Os eletrodomésticos não resistem e se tornam um risco para os moradores.
Os fios enrolados em madeira passam baixo pelas ruas. “Se um fio desses estourar e cair em cima do meu telhado, pipoca tudo porque minhas telhas são finas”, afirma um morador.
No último domingo (10), um eletricista morreu ao tentar arrumar a rede elétrica sem equipamentos de segurança. Só no ano passado, o Corpo de Bombeiros atendeu 61 chamados para socorrer vítimas de choque elétrico. Este ano já foram 28 casos. A maioria no Condomínio Sol Nascente.
Os moradores sabem que é ilegal. Mesmo assim, insistem nas ligações irregulares. “Todo mundo aqui paga IPTU, como qualquer pessoa que mora no Plano. Por que não tem energia aqui hoje?”, questiona o peixeiro Juraci Pereira.
O superintendente da CEB, Marcus Fontana, diz que já foi pedido estudo ambiental para fazer as obras de distribuição de energia nos condomínios Sol Nascente e Pôr-do-Sol, o que deve acontecer ainda este ano.
“Nós pretendemos, ainda este ano, investir R$ 6 milhões em rede de distribuição para regularizar toda área e levar energia adequada às pessoas que residem no local”, promete Fontana.
Fonte: Rede Globo
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