quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Fiscalização contra a violência

A violência nas escolas não é fato novo, assim como a venda de bebidas alcoólicas e lojas de acesso a internet (lan house) próximas às instituições de ensino. Fatores que aumentam ainda mais o índice de faltas nas listas de chamada. Desde 2001, o Ministério Público (MP), em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) tenta minimizar ou erradicar os danos causados por estes tipos de evento.

A união entre MP e SSP sempre foi voltada para a preocupação da condição de segurança nos estabelecimentos de ensino no Distrito Federal, na tentativa de conscientizar a população sobre o tema 'violência' e formar soluções para as demandas apresentadas. "Estamos agora em outra fase da parceria, onde a Secretaria de Educação passou a trabalhar em conjunto", relatou o Promotor do Ministério Público Rubin Lemos.

A equipe de fiscalização será formada pela diretoria das escolas, professores, alunos, servidores e, eventualmente, policiais (civis e militares), como afirmou Lemos. A escolha foi feita pela Secretaria de Educação por meio de uma portaria, que instituía um grupo que fosse incumbido de dar amparo à realização dos projetos em questão.

Foram 33 escolas contempladas com a vigília anti-violência, entre elas, encontram-se o Centro de Ensino número 20, em Ceilândia, e o Centro de Ensino Médio Setor Leste, na Asa Sul. A lista foi feita de acordo com a quantidade de ocorrências em detrimento das outras instituições de ensino público.

Para quem é dono de lan house, a nova regra não deve causar muitos ônus, visto que, alunos já não podiam freqüentar os estabelecimentos em horário de aula. Na maioria dos casos, quando é perto do colégio, não adianta nem tirar o uniforme, pois as fisionomias estão bem marcadas pelos proprietários ou atendentes do local. "Por ser um cyber café em shopping, a distinção entre alunos ficava um pouco mais difícil, mesmo assim, tentava controlar para não ter problemas com a fiscalização", explicou o ex-atendente de lan house Renato Carvalho.

As operações, que terão um perímetro de100 metros quadrados além da escola, já estão em vigor e pretendem combater a violência logo no início do período letivo, pondo fim aos pontos que possam expor crianças e jovens à violência. Porém, para quem é adepto dos locais, a nova medida é um tanto quanto radical. "Sempre vou em lan houses, às vezes, sim, no período das aulas, mas não significa que seja uma pessoa violenta e que precise de vigilância", declarou um aluno do Setor Leste, que preferiu não se identificar.


Fonte: Tribuna do Brasil

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