quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Medo no metrô

No mês passado, o técnico em manutenção Wallace de Souza teve a bicicleta roubada na estação do metrô que fica em Ceilândia Norte. “Deixei de manhã e quando voltei, à noite, ela não estava mais”.

Depois que ficou sabendo dos furtos no bicicletário, o motorista Jorge Gomes resolveu se prevenir. Comprou uma boa corrente e um cadeado forte para dificultar a ação dos ladrões. “Eu providenciei um cadeado mais reforçado e sempre recomendo ao pessoal que fica na estação, aos ambulantes que trabalham aqui por perto. Eu conto com a olhada deles”.

Outros passageiros confirmam que falta segurança no local. “Do lado de fora, realmente você não vê polícia. Dentro da estação pode até ser mais seguro, porque tem que comprar o bilhete para entrar. Mas na área externa não tem segurança”, afirma o analista de contas Reinaldo Corrêa.

Diariamente, oito mil pessoas passam pela estação de Ceilândia. De acordo com a Polícia Militar, de janeiro a julho deste ano foram registrados 12 assaltos nas imediações. Não há estatística dos crimes ocorridos nos estacionamentos. O motivo? Muitas vítimas não registram ocorrência.

Quem deixa o carro no estacionamento e vai trabalhar de metrô também tem medo de ser roubado. “Não tem nenhuma viatura da polícia parada. Na semana passada, por duas vezes, quando vim buscar minha esposa, vi uma viatura estacionada. Hoje, já não tem mais”, reclama o vendedor Eliseu Farias.

“Não posso dizer que me sinto segura. Na verdade, não me sinto. Não existe policiamento. Antigamente ainda tinha os guardadores. Hoje, nem isso tem mais. O jeito é correr o risco”, diz a bancária Márcia Regina.

A direção do Metrô DF informou que a segurança nos estacionamentos e em toda a área externa é de inteira responsabilidade da Polícia Militar.


Fonte: Rede Globo

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