Neste sábado (12/07), o Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras Varejistas de Gás Liqüefeito de Petróleo do Distrito Federal (Sindvargas-DF) e a Polícia Civil realizaram uma blitz no comércio do P Norte e condomínio Sol Nascente. Durante a operação, duas pessoas foram indiciadas por crime contra a ordem econômica e foram apreendidos 44 botijões. A pena para o crime varia de 1 a 5 anos de cadeia.
A maior parte das apreensões foram feitas em pequenas mercearias. Na 19ª Delegacia de Polícia (P-Norte), os comerciantes indiciados - Ronaldo Marinho de Araújo e Valdeci Rodrigues Portela - admitiram não ter autorização para vender o produto. Mas comercializavam a mercadoria para garantir uma renda extra no final do mês. Além de não contar com a permissão da ANP (Agência Nacional do Petróleo) para comercializar, os botijões apreendidos, eles não tinham o selo de qualidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Ele terão de responder pelo delito na Justiça e ainda perderam o dinheiro investido na aquisição dos botijões.
Segundo o presidente do sindicato, José Carlos Lelis dos Santos, denúncias anônimas teriam motivado a fiscalização. “A principal avenida do setor de Chacarás do P-Norte já estava sendo apelidada do shopping pirata do gás”, afirmou o Lelis dos Santos. Na semana passada, cerca de 70 botijões foram apreendidos em Samambaia. Neste ano, sete operações já foram realizadas. A idéia é fazer blitz semanalmente.
Lelis dos Santos ainda destacou que o problema de venda clandestina de botijão de gás no DF está cada vez mais sério. No dia 23 de julho, o sindicato pretende promover uma paralisação, que contará com a participação de empresas do setor, para protestar contra à venda clandestina do produto. A carreata vai sair do Estádio Mané Garricha rumo ao Palácio do Planalto. O objetivo é chamar a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto. De acordo com o presidente do sindicato, existe uma distribuidora autorizada para cada 12 clandestinas.
O presidente do Sindvargas-DF afirmou que o consumidor precisa estar atento na hora de comprar o gás de cozinha, principalmente, quando o pedido for feito por telefone. Uma das sugestões para escapar do comércio ilegal é sempre pedir a nota fiscal. As companhias clandestinas não terão como atender essa solicitação. “O consumidor precisa estar atento. Os botijões clandestinos têm maior risco de explosão e incêndio por causa de vazamentos”, ressaltou Lelis dos Santos.
Cuidados na compra do botijão de gás
* Só compre em distribuidoras, revendedores autorizados e caminhões das próprias empresas. Além disso, exija botijões com lacre e com rótulos de instruções.
* Peça sempre nota fiscal. Os clandestinos não oferecem.
* Não adquira botijões amassados. Falhas na pintura causam ferrugens, criam pequenos buracos, provocam vazamentos e explosões.
* Atenção na data de validade. Segundo regras do Inmetro, o botijão deve passar por testes de requalificação num período que varia de 12 a 20 anos.
* Denúncias de irregularidades podem ser feitas no Sindvargas-DF pelo telefone 3361-5648 ou na ANP pelo pelo telefone 0800 970-0267.
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CorreioWeb/Tv Brasília
Fonte: Correio Braziliense, Rede Record e Tv Brasília
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