Menos de um mês em vigor, a Lei Seca (nº 11.705/2008) vai enfrentar sua primeira campanha maciça de flexibilização no Distrito Federal. A ação é promovida pelo Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) e deve atuar em várias mídias. O objetivo da entidade é obter uma união da população e de todo o setor, criando um movimento forte contra o radicalismo da lei e abrindo um canal de debate acerca dela.
Segundo um dos diretores do Sindhobar, Marcelo Braconi, foi elaborado um manifesto que será distribuído em toda a cidade, além da campanha que será veiculada em jornais e emissoras de rádio e TV. "Criamos um site também, no qual deve ser criado um abaixo-assinado eletrônico a favor da flexibilização da legislação. Não somos contra a lei, somos contra o radicalismo que afeta todo um setor, sem ter direito a um debate. O irresponsável deve ser punido, mas não podemos tratar uma pessoa de bem como criminosa por ter ingerido três taças de vinho", afirma.
Os números do sindicato revelam que os impactos, já neste primeiro mês, podem ser desastrosos para esse ramo da economia. Nos estabelecimentos mistos, em que há a atividade de bar e restaurante, a queda constatada é de 30%. No entanto, naqueles em que há apenas a atividade de bar, o movimento e o faturamento apresentam redução de 50%. As demissões de profissionais já chegam a 100, sendo que o setor emprega cerca de 100 mil trabalhadores.
Fiscalização – Enquanto o setor se movimenta, a fiscalização vai se intensificando com mais blitzes e operações volantes, que mudam de local em uma mesma noite para driblar as artimanhas dos motoristas. O balanço do Departamento de Trânsito do DF apresenta dados positivos nas primeiras duas semanas da lei. A quantidade de acidentes diminuiu 50% nas vias urbanas do DF. Somente em junho, a ação do departamento autuou cerca de 200 motoristas sob efeito de álcool.
Fonte: Jornal Coletivo
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