O Governo do Distrito Federal anunciou mais um projeto que irá beneficiar as pessoas com necessidades especiais: é o Programa Mão na Roda que terá início em janeiro do próximo ano e pretende dar mais acessibilidade por meio de vans adaptadas para as pessoas que tenham restrições de mobilidade e que não possam se locomover nos transportes convencionais.
Para isso, uma licitação será feita para a escolha de empresa que fará os transportes, sendo que as empresas convencionais de transporte público do DF não poderão participar. De acordo com o assessor da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do DF (Sejus) responsável pelo projeto, César Pessoa de Melo, o programa não será para atender somente as pessoas com deficiência, mais todos os que tiverem realmente dificuldade de locomoção, como pessoas com idade avançada, ou qualquer doença que impeça a locomoção. "As pessoas farão o cadastro e passarão por perícias médicas para se comprovar quem realmente necessita do transporte. Isso evitará fraudes", ressaltou.
O representante do Fórum Permanente de Apoio e Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência do DF e Entorno (Faped), Michel Platini, comemora o projeto elaborado pelo governo local. "A iniciativa é uma perspectiva de avanço, vai tornar a locomoção acessível a muitas pessoas. É realmente uma mão na roda. Porém, acredito que se o transporte público convencional fosse de fato acessível às pessoas com deficiência, esse serviço não seria necessário. Mas mesmo assim comemoramos essa iniciativa."
O novo programa deve ser lançado, de acordo com previsão do GDF, durante a realização da II Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, agendada para ocorrer de 1º a 4 de dezembro deste ano.
Para ser beneficiado com o Programa Mão na Roda, o portador de necessidades especiais terá que fazer o cadastro na estação do Metrô da 114 Sul. Além disso, um ônibus itinerante passará pelas cidades do DF realizando o cadastramento, que poderá ser feito até por familiares.
O sistema funcionará na forma de um pré-agendamento, feito na Diretoria para Assuntos da Pessoa com Deficiência (DAPD). Quando necessário o transporte levará as pessoas ao seu destino inicial e o retorno à sua casa.
"Por exemplo, aquelas pessoas que precisam fazer um tratamento médico, mas não têm disponibilidade para ir, chamarão o transporte e esse as acompanhará", explica César Pessoa. A empresa que ganhar a licitação (que será realizada por meio de pregão) terá que adaptar os seus veículos para acomodar da melhor maneira possível os beneficiários, com elevadores e cintos de segurança, tendo que contar, ainda, com motoristas treinados. A expectativa é de que a primeira cidade beneficiada com esse novo transporte seja Ceilândia, por possuir a maior quantidade de deficientes físicos do DF e começará com cerca de 30 veículos.
Fonte: ComuniWeb aqui e aqui
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