sábado, 12 de julho de 2008

Tecnologia e crimes

As tentativas de golpe são as mais variadas. E-mails confirmando, por exemplo, compras feitas pela internet; serviços de empresas e órgãos do governo. Com o segundo lote de restituição do Imposto de Renda, a Receita Federal precisou fazer até um alerta em seu site.

O órgão deixa claro que não manda e-mails sem autorização do contribuinte e nem autoriza parceiros ou conveniados a enviarem. A orientação é não abrir arquivos em anexo, nem acessar os links e excluir imediatamente a mensagem.

No total, 10% das ocorrências de estelionato registradas na Delegacia de Defraudações são de golpes por telefone. O professor Giovani Casilo já foi vítima duas vezes. Recebeu ligações que simulavam o seqüestro da mulher e outro da filha.

Apesar do susto, ele conseguiu identificar o golpe. “Tive sorte de raciocinar rapidamente e pegar o outro telefone e consegui localizar minha esposa na mesma hora. Os bandidos estavam dizendo que ela estava seqüestrada, mas ela estava no trabalho”, conta.

Além do falso seqüestro, outro golpe também tem assustado a população. A pessoa recebe mensagens pelo celular informando que foi sorteada, geralmente em promoções vinculadas a emissoras de televisão. Para receber o prêmio, que podem ser casas, carros e eletrodomésticos, é preciso fazer um pagamento ou passar um número de cartão telefônico.

Com isso, o bandido consegue créditos para praticar outros golpes, como o do telefone fixo, em que o estelionatário se passa por técnico da operadora e pede para a vítima discar um número. O dado é suficiente para desbloquear o aparelho e clonar a linha.

A polícia pede que as pessoas fiquem atentas e registrem ocorrência. “É preciso ficar atento a esses telefonemas de pessoas desconhecidas. Não se deve fornecer dados nem efetuar discagens por telefone. Se a pessoa cair no golpe ou for vítima de tentativa de estelionato, a indicação é procurar a delegacia para registrar ocorrência. Com as informações, a polícia poderá chegar aos golpistas”, explica a delegada Vera Lúcia da Silva, da Delegacia de Defraudações.


Fonte: Rede Globo

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