quinta-feira, 31 de julho de 2008

Crise financeira nos conselhos

Um exemplo da falta de investimentos é o próprio conselho tutelar, responsável por encaminhar crianças em situação de risco para programas sociais e tratamentos e fiscalizar a aplicação das medidas de proteção. De acordo com o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente, no ano passado os dez conselhos do Distrito Federal receberam R$ 11,2 mil. Este ano foram R$ 5 mil até agora, ou seja, menos de 2% do previsto no orçamento.

O Conselho Tutelar de Ceilândia funciona numa sala emprestada de um centro cultural. Não há divisórias para dar privacidade aos atendimentos, nem fax. Para enviar informações sigilosas ou pedir uma investigação à Delegacia da Criança e do Adolescente é preciso ir até o Plano Piloto. A falta de carros impede o acompanhamento da criança junto à família e no programa em que ela foi incluída.

“Nós trabalhamos nos casos de emergência, casos de maus-tratos, de violência, e da proteção integral. Nos casos que envolvem educação, segurança e acompanhamento nós não conseguimos trabalhar”, confessa a presidente do Conselho Tutelar de Ceilândia, Selam Aparecida da Costa.

A Secretaria de Justiça e Cidadania informou que houve atraso na liberação da verba dos conselhos tutelares no primeiro semestre. Mesmo assim, disse que a situação será regularizada a partir de agosto.


Fonte: Rede Globo

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