quarta-feira, 16 de julho de 2008
Coisa comum do HRC
Sete horas. È o tempo médio que um paciente leva para ser atendido no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Quando comparado a outros hospitais do DF, o HRC é referência em ginecologia, obstetrícia e pediatria. Também saiu na frente, quando construiu a primeira brinquedoteca de hospitais da rede pública de saúde. O espaço oferece tratamento mais humanizado às crianças. Mas a falta de manutenção e a demora no atendimento deixam os pacientes irritados. As filas do pronto-socorro e demais setores são constantes.
Inaugurado em 27 de agosto de 1981, o HRC tem, atualmente, atendimento de emergência, com 12 centros de saúde, um laboratório regional e um posto rural, mas não são suficientes para atender a população da cidade de mais de 500 mil habitantes.
Os pacientes que aguardam atendimento nos corredores do hospital reclamam do abandono do local e da espera. Alguns ainda relatam que conhecem casos de pessoas vítimas de erros médicos. "O atendimento aqui nunca foi bom, fiz uma cirurgia na coluna e me costuraram com gás dentro. Fui transferido para o Hospital de Base e quase morri", desabafa a dona-de-casa Maria Silva, 52 anos, enquanto aguardava para ser atendida na ginecologia.
O HRC ainda oferece programas de acompanhamento especial voltados para o combate e tratamento da hipertensão, diabetes, DST/AIDS, e combate às cáries (Cárie Zero). A casa de saúde também trabalha com a recuperação de dependentes químicos. Um destaque especial fica por conta dos programas voltados para assistência especial: Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher - PAISM, Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança - PAISC, Programa de Atenção Integral ao Adolescente - PRAIA, Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso - PAISI.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde, de janeiro a junho de 2008, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) foi o que mais recebeu pacientes, somando mais de 54 mil pessoas atendidas. Desses, 87,65% são pessoas que moram no DF e 12,35% vêm das cidades do Entorno. A equipe do hospital se recusou a dar entrevista a Tribuna do Brasil e comentar os fatos relatados.
Fonte: Tribuna do Brasil
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