quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pipas - Todo cuidado é pouco!

Ainda é cedo quando os meninos da Estrutural se encontram para soltar pipa - uma diversão comum no campinho do lugar. Mas a brincadeira pode causar acidentes. No ano passado, o Corpo de Bombeiros registrou 15 ocorrências com cerol, o pó de vidro que pode matar.

“Com relação ao cerol, 25% das pessoas que são atingidas vêm a óbito. E 50% têm lesões graves. São ocorrências muito graves”, afirma a tenente Ester, do Corpo de Bombeiros.

Mas não é só o cerol que oferece risco. Muitas crianças caem de lajes, telhados ou mesmo dentro de buracos. Elas soltam as pipas e não olham se a área ao redor é segura.

“Eu cai num buraco quando estava correndo com a pipa. Estava de costas e não vi. Acabei me machucando”, conta Jonatan Matheus, de 10 anos. “Conheço um menino que caiu num buraco ainda mais fundo. Ele estava correndo atrás de pipa, tomou um empurrão do amigo e caiu de cabeça dentro de um buracão. Foi o maior sacrifício para o pai dele conseguir tirar ele lá de dentro”, relata.

“Minha mãe fala que não pode correr atrás de pipa porque é muito perigoso”, diz João Vitor Barros, de 7 anos.

Em Luziânia, no último fim de semana, Júlio, de 8 anos, ficou quatro dias dentro de uma cisterna com oito metros de profundidade. Ele caiu enquanto soltava uma pipa. Ao ser resgatado, o menino estava desidratado.

A recomendação da Defesa Civil é que as crianças soltem as pipas em áreas abertas, como parques ou campos de futebol. Elas devem ficar longe de postes, fios de alta tensão e antenas. Também não devem subir em telhados e muito menos em muros. E olhar bem onde pisam, especialmente quando caminharem para trás, para não cair.

“Nesse período de férias, é importante que o motorista fique atento ao transitar pelas cidades satélites. Atrás de uma bola e de uma pipa sempre há uma criança correndo desatenta”, adverte o subsecretário de Defesa Civil, Coronel Ribeiro.

Serviço:

Em caso de acidente com pipas, ligue para o 190.


Fonte: Rede Globo

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