segunda-feira, 28 de julho de 2008

Opinião: sem becos e sem casas

Relembro aqui trecho de artigo publicado neste site (Ceilândia.com) em 21/11/2007, a respeito da ocupação dos becos da cidade por residências: “Com o pretexto de que estariam sendo usados como depósitos de entulho, optou-se por entregá-los demagogicamente para a construção de casas, supostamente para policiais militares. O correto seria urbanizá-los e transformá-los em espaços de convivência para os moradores, como faria qualquer administrador público com um mínimo de discernimento. É quase certo que a maioria das casas construídas naqueles becos esteja hoje nas mãos de especuladores imobiliários”.

Pois não deu outra: os supostos beneficiários (policiais militares) passaram adiante os lotes e uma certa Comissão de Moradores de Becos da Cidade convocou os atuais ocupantes para uma reunião que aconteceu neste domingo, (27) na EQNO 09/11 (ao lado do ECON). Na reunião, foi discutida a reação à possibilidade de que os becos sejam licitados pelo GDF, como manda a lei.

Esta história da ocupação dos becos por residências foi um erro desde o início. E é importante destacar a participação de um ex-administrador da cidade, que gostava de se apresentar como suplente de senador mas que, na ocasião, atuou mais como suplente de corretor de imóveis e contribuiu para que a cidade perdesse definitivamente espaços públicos que hoje poderiam estar sendo usados em benefício de toda a população.

Em tempo: qual será a punição para os policiais militares que receberam os lotes de mão beijada e os venderam a terceiros?


Fonte: Ceilândia.com

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