sexta-feira, 4 de abril de 2008

Ensino Superior da UNB está chegando...

São necessários cursos em outras áreas...


Na manhã de quarta-feira, aconteceu a audiência para discutir o destino das novas instalações da UnB em Ceilândia. A reunião contou com a participação do reitor Timothy Mulholland, do decano de ensino e graduação, Murilo Camargo, de estudantes, professores e líderes comunitários. A pauta de discussão foi a nova obra. Ao todo, participaram cerca de 150 pessoas, no Centro de Ensino nº 3. Segundo o reitor, o novo campus irá funcionar a partir do segundo semestre deste ano. Enquanto o novo edifício não é construído, a universidade vai funcionar em uma área controlada pela Regional de Ensino, dentro do Centro de Ensino Médio nº 4 - o Centrão.

Porém, quem é do Centro nº 4 ainda não sabe a respeito da novidade. "Apesar da Regional de Ensino controlar o prédio, ninguém aqui foi informado oficialmente de que ele vai ser a sede do novo campus. Nos corredores da Regional, comentam o assunto, mas a escola não recebeu notificação. O lugar servia de almoxarifado até pouco tempo atrás, e se a universidade funcionar aqui mesmo, vai ser uma ótima melhora", comenta o vice-diretor da escola, Josélio Lopes.

Quanto aos cursos oferecidos e confirmados estão Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Farmácia, Enfermagem e Gestão de Sistemas de Saúde Pública, que serão lecionados a partir da metade do ano. A cada período de seis meses, 240 vagas vão ser abertas. Além dos cursos programados para este ano, a graduação de Biologia a distância já funciona com sede em Ceilândia Centro, juntamente com o prédio onde também fica o Núcleo de Práticas Jurídicas, o NPJ/UnB Os professores do curso comparecem ao lugar para tutelar os alunos durante a semana, mas a maior parte é feita por meio da internet.

No entanto, as solicitações feitas na audiência tentam ampliar ainda mais o alcance do ensino superior na cidade. "Muitos dos jovens de Ceilândia trabalham durante o dia. A universidade, oferecendo cursos noturnos, auxiliaria muito mais a comunidade", declara Sandra Cordeiro, representante da Associação Movimento Pró-universidade Pública de Ceilândia (Amopuc). Também para a população, o oferecido pela entidade federal ainda não é o suficiente. "Com essa quantidade de cursos, a cidade não vai crescer tanto quanto poderia. Ainda mais se tudo está focado na área da saúde. Precisamos de formação em todas as áreas, o tamanho da cidade demonstra isso", opina o morador do P. Sul, Gilmar Andrade, que cursa Engenharia Elétrica no campus do Plano Piloto.

O problema do número reduzido de cursos também foi discutido na audiência. O decano Camargo falou a respeito: "os primeiros cursos da unidade foram escolhidos conforme a demanda da região, mas a idéia é aumentar e diversificar a oferta. O campus será tão grande quanto a comunidade da cidade queira", concluiu.

Apesar dos detalhes, a notícia da abertura da universidade no segundo semestre agrada, e muito. "Os estudantes da rede pública da cidade estão com uma grande oportunidade nas mãos. A concessão de 20% a mais na nota do vestibular vai dar um novo impulso. É um passo para novos horizontes aqui em Ceilândia", afirma Hélio Carneiro, que cursa o 2º ano do ensino médio.


Fonte: Tribuna do Brasil

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