sábado, 19 de abril de 2008

Social

Foi lançado ontem, na Administração da Cidade, o projeto "Mãos Estendidas". Criado pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, em parceria com a Subsecretaria de Direitos Humanos (Sejus), e com a 19a Delegacia de Policia. O projeto prevê atendimento às vitimas diretas ou indiretas de violência. O objetivo é ajudar parentes das pessoas que sofreram algum tipo de violência a receberem apoio psicológico e jurídico.

O lançamento do projeto contou com a participação de 50 famílias que já sofreram algum tipo de violência. A subsecretária de Direitos Humanos, professora Maria da Guia, realizadora e idealizadora do programa também estava presente. Outra parceria importante é com o Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), que comprou um terreno na cidade e vai construir um prédio para o atendimento dessas famílias, bem como desenvolver outros projetos sociais na cidade. Os atendimentos jurídicos e psicológicos serão oferecidos pela faculdade. "Acredito que em um ano já será possível ver os resultados deste programa", afirma a diretora da faculdade, Eda Coutinho.

"Direitos humanos era muito relacionado aos presos, me mobilizei para acelerar o programa quando ouvi uma pessoa dizendo que os direitos sociais ou humanos são para o preso, para ajudar ele a voltar à sociedade", afirma o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Raimundo Ribeiro. "Não era para ser assim, o estado deveria fornecer um suporte às famílias que perdem um parente, um pai, um irmão. Eles precisam ter um acompanhamento psicológico, senão podem se perder", afirma o secretário.

"Sem a população, não vamos conseguir atingir nosso objetivo, precisamos que a população contribua com o projeto. Precisamos saber o que vocês precisam e o que estão achando para podermos melhorar", concluiu Raimundo.

Estão previstos no projeto, cinco objetivos, entre eles: contribuir para a formação e implantação de políticas públicas de atendimento às vitimas indiretas de violência, intermediar o atendimento psicológico e a inclusão social dos mais necessitados, encaminhar essas pessoas para orientação social e jurídica, minimizar as seqüelas da violência e favorecer o encaminhamento para capacitação profissional, visando trabalho e a promoção humana.

As primeiras 50 famílias estão terminando de ser cadastradas, e a partir daí os atendimentos vão começar. "Vamos primeiro trabalhar com essas 50 famílias, depois pensaremos em ampliar o número de pessoas atendidas pelo programa. Queremos ver primeiro onde estamos acertando e onde estamos errando, para que o projeto seja o melhor possível", afirma Maria da Guia.

A subsecretária ainda conclui: "precisamos atender essas pessoas e ajudar com o psicológico, para que elas entendam o que aconteceu, e que não guardem raiva. Senão vira um ciclo, a pessoas cresce e sem apoio fica violenta, vai para as drogas, e daí para a violência. O projeto quer evitar que isso aconteça".


Fonte: Tribuna do Brasil

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