domingo, 13 de abril de 2008

Problemas no Ceilândia

Chance de conquistar o título, ainda na briga pela Copa do Brasil 2009 e bem próximo de se garantir na Série C do Brasileiro. Nada disso foi capaz de segurar o técnico Ricardo Oliveira no comando do Ceilândia. O Gato perdeu o treinador na véspera da partida contra o Unaí, domingo, às 15h30, no Estádio Urbano Adjuto, no interior mineiro. A crise, criada pelos jogadores, ocorre antes do confronto que pode classificar o Alvinegro para a Terceira Divisão do Brasileiro pelo quarto ano seguido.

Na primeira fase, Ceilândia e Unaí protagonizaram um dos duelos mais eletrizantes do Candangão 2008. Numa partida com nove gols, maior número do campeonato, o Gato venceu os mineiros por 5 x 4, jogando no Estádio Abadião.

Até então, o Gato era um dos clubes com melhor ambiente do campeonato. O clube não perde há quatro rodadas. Neste período, venceu três e empatou apenas uma (1 x 1 contra o Brasiliense). Mas o clima bom, aparentemente, estava apenas dentro das quatro linhas.

O coletivo apronto da equipe estava marcado para esta sexta-feira. O técnico Ricardo Oliveira tentou dar início ao trabalho, mas uma "greve" feita pelos jogadores do Ceilândia em decorrência de atraso de salários - a promessa da diretoria é de que pagamento saia na próxima terça-feira - acabou tirando o treinador do sério. Não concordando com o protesto do grupo, Ricardo Oliveira preferiu pedir demissão do Ceilândia.

"Os jogadores fizeram isso sem o meu apoio. Para mim, eles me atropelaram. Sempre digo que eles são as estrelas, mas quem manda neles sou eu. Depois, até vieram me pedir desculpas e pediram para eu continuar. Só que depois de decidir uma coisa, não volto atrás. Eles me conheciam e sabiam que eu tomaria esta atitude", revelou o ex-comandante alvinegro, em entrevista ao Esporte Candango.

Mesmo abandonando o time, Ricardo Oliveira segue na torcida pelo clube. "Saio feliz porque deixei o Ceilândia quase classificado para a Série C. Não me arrependo da minha decisão e vou torcer por eles", garantiu.

Quem vai comandar o time nas duas últimas rodadas do Candangão é o auxiliar-técnico Gomes, ex-jogador do próprio Ceilândia.

Sem ter muito o que mudar, Gomes deve manter a mesma equipe que vinha sendo escalada por Ricardo Oliveira. A única dúvida é no gol. Na última partida, na vitória de 1 x 0 sobre o CE Guará, o goleiro titular Sérgio sentiu uma lesão momentos antes da partida. Rodolfo assumiu a camisa um. Caso o arqueiro se recupere, ele retoma o posto.



Lembre-se: Ceilândia x Unaí as 15h30, no Estádio Urbano Adjunto em Unaí-MG.

Fonte: Esporte Candango, Ceilândia Esporte Clube e Jornal de Brasília (aqui e aqui)

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