sábado, 19 de abril de 2008

O fim para a praça?



Um galho de eucalipto cedeu e caiu no passeio, próximo à Praça dos Eucaliptos, na manhã de ontem, por volta das onze horas. A árvore está plantada ao lado da Diretoria Regional de Ensino de Ceilândia. Três vãos de cabos elétricos, equivalentes a 150 metros de extensão, foram cortados pela queda do galho e tiveram de ser trocados por funcionários da Companhia Elétrica de Brasília (CEB). Aparentemente inofensivos à população, os eucaliptos parecem muito antigos e velhos e causam receio por parte de moradores que simplesmente caminham pelo local ou pela própria Diretoria. O medo de sofrerem alguma fatalidade com a queda de alguma dessas árvores é grande.

O agente de portaria da Diretoria Regional de Ensino, Eurico Gomes, diz nunca ter presenciado um estrago como este, que chegou a entortar o poste mais próximo. "Até quebrou a instalação. Quando aconteceu, não tinha ninguém. Essas árvores têm mais de vinte anos e podem ceder o muro da Diretoria e atingir os carros", acredita. O encarregado da CEB, Nelson Enede, também concorda. "A árvore poderia ter causado um acidente", afirma.

A diretora da Regional de Ensino de Ceilândia, Ana de Fátima, conta que os eucaliptos preocupam os servidores que vão para o local a pé, que têm que passar junto às árvores. Segundo ela, será encaminhado um documento para a administração providenciar a retirada da planta perigosa. "Ainda bem que não caiu dentro da escola", comemora ela, que diz ser obrigada a providenciar que toda escola da rede pública de Ceilândia tenha suas árvores podadas, a partir de autorização do IBAMA. Recentemente, as árvores que faziam parte da área interna das escolas públicas da cidade estavam provocando problemas como danificação dos encanamentos de esgoto. "O eucalipto é difícil de lidar, pois ele enfraquece a raiz, apodrecendo de baixo para cima", afirma.

Moradores que passavam pela "Praça do eucalipto" mostraram-se receosos com a possibilidade de conseqüências desastrosas que podem a vir a ser cometidas pela queda de algum galho. "Esse eucalipto poderia cair do lado da rua ou ter ultrapassado as avenidas. Deu para perceber que pode causar uma fatalidade tanto para pedestres como para quem está de carro", enfatiza a promotora de vendas, Sílvia Souza, que acha que o corte das árvoers seria uma medida coerente.

Já Amarildo Alves, representante comercial, também aprova, além de sugerir uma medida mais ecologicamente correta. "É perigoso e, de agora pra frente, esses eucaliptos só tendem a cair. É melhor substituir por árvores frutíferas. Uma empresa de celulose pode muito bem comprar isso aí", sugere. Amarildo é natural do estado do Espírito Santo e comenta que lá todos os eucaliptos que margeavam as rodovias receberam determinação de serem cortados.

A administração não foi comunicada do acontecido, mas se posicionou com relação às árvores. "Se a raiz estiver danificada, é preciso cortar a árvore. Naturalmente precise do Corpo de Bombeiros para retirar algum galho muito alto", respondeu o administrador, Adauri da Silva Gomes.


Fonte: Tribuna do Brasil

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