sexta-feira, 25 de abril de 2008

Ciade

O Distrito Federal foi transformado em um imenso Big Brother. É a idéia do governo para combater a criminalidade. Por enquanto são 35 câmeras. Nove, no centro de Brasília. Bombeiros e policiais militares acompanham as imagens em um telão, que fica no novo Ciade, a Central Integrada de Atendimento e Despacho - antigo Ciosp: Centro Integrado de Operações de Segurança Pública.

É possível, por exemplo, visualizar o que há dentro da caixa de isopor do ambulante e até o canudo de um suco. Na Ceilândia, já são 13 câmeras. Ano passado, um acidente foi registrado. O socorro foi bem mais rápido para as dez vítimas dos seis veículos envolvidos.

Em Sobradinho, desde dezembro de 2005 estão instaladas 13 câmeras. O comandante de policiamento, tenente-coronel Cordeiro, garante que os crimes diminuíram.

“Na área de comércio reduz em até 50% em alguns meses os furtos no comércio. E em sequestros relâmpagos, as câmeras instaladas nas entradas e saídas da cidade, conseguimos manter em níveis satisfatórios”, diz Cordeiro.

A intenção é ter câmera em locais com grande aglomeração onde há mais registros de ocorrências policiais. Até 2010 serão 900 em todo o DF. O que significa uma câmera para cada 4.500 habitantes.

O secretário de Segurança, Cândido Vargas, diz que o investimento de quase R$ 21 milhões para a instalação é necessário.

“Se sabe que hoje o mundo inteiro trabalha com câmeras. Na mesma hora se prende o malfeitor. É um benefício tecnológico; inibe a ilicitude, o crime e vem trazer uma sensação maior de segurança”.

“Isso é muito bom, acho que todo lugar tinha de ser monitorado”, opina uma senhora.

“O crime vai ser apenas visto, mas não vai parar”, fala o instrutor de auto-escola Sidelcino Cavalcante.

“Quem anda com bom procedimento, quem anda no caminho do bem, não deve temer essa vigilância que é para o próprio bem da população”, comenta uma senhora.

O projeto foi lançado nesta quinta-feira (24), na instalação da Central Integrada de Atendimento da Secretaria de Segurança (Ciade).


Fonte: Rede Globo e Tribuna do Brasil

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