sábado, 19 de abril de 2008

Falso advogado

Tráfico de influência - Este é o crime que o estudante do 8º semestre de Direito das Faculdades Integradas do Planalto Central (Fiplac) em Valparaíso (GO), Rivelino Silva Sena, 33 anos, foi responder na justiça. Ele foi preso por volta das 16h da última quinta-feira (17), quando tentava, mais uma vez, extorquir dinheiro do comerciante Paulo Ribeiro da Costa, proprietário de um pequeno Parque de Diversões na EQNM 2/4 de Ceilândia. O flagrante, que inclusive foi filmado, foi armado pelos agentes da 15ª Delegacia de Polícia e o comerciante.

O golpe do falso advogado foi iniciado quando, depois que uma denúncia feita em fevereiro deste ano, via carta, para o governador José Roberto Arruda, revelou a prática de um bingo no parque. Visitando o local, a polícia descobriu que a denúncia era verdadeira. Lá existia mesmo um bingo, mas de pequeno porte. Segundo o delegado titular da 15ª DP, Adval Cardoso de Matos, o local era igual ao que é feito entre amigos, feiras agropecuárias e igrejas.

"Devido a existência de apostas, fomos obrigados a recolher o material (globo e cartelas) e notificar o proprietário pela prática de jogo de azar. Ele assinou um termo circunstanciado (TCO)", contou o delegado. Rivelino ficou sabendo do ocorrido. Foi até o dono do parque, Paulo Ribeiro e, se passando por advogado e amigo dos policiais da 15ª, garantiu a liberação e funcionamento ilegal do bingo caso fosse remunerado. Na ocasião, Paulo pagou a Rivelino a quantia de R$ 500.
Audacioso, o estudante de Direito chegou a ir até à 15ª DP acompanhado do comerciante para demonstrar que conhecia os policiais. A partir daí, Rivelino passou a exigir mais dinheiro de Paulo.

O extorquido então resolveu denunciar o fato à delegacia e o flagrante foi armado. A prisão do falso advogado foi efetuada e filmada quando Paulo entregava a quantia R$ 200 a ele. Com o acusado, que vai responder em liberdade por tráfico de influências, artigo 332 do Código Penal, cuja pena varia entre dois e sete anos de reclusão, foram apreendidas as carteiras de juiz arbitral e a de estagiário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), inclusive vencida.


Fonte: Tribuna do Brasil

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