Problema com salários, jogadores dispensados, troca de treinador. Com todos esses problemas, o Ceilândia foi até Unaí, venceu o time da casa por 1 x 0, gol do atacante Rodrigo Félix, agora vice-artilheiro do Candangão com sete gols, um atrás de Dimba (8) e saiu classificado pelo terceiro ano seguido para a Série C do Campeonato Brasileiro. A vitória suada foi consequência de uma mala branca enviada ao time mineiro pelo Legião, que dependia de tropeço do rival para seguir sonhando com a Terceirona.
Com o resultado o Gato passou o Dom Pedro II e é o novo vice-líder do Candangão, um a ponto a frente do rival, esquentando a disputa pela vaga na Copa do Brasil de 2009.
O confronto foi truncado e cheio de faltas. Nas poucas chances, o Unaí teve um gol anulado, em lance duvidoso. Na chance que teve, o Ceilândia aproveitou. Na metade do segundo tempo, após passe de Macedo, Rodrigo Paraná cruzou, e o xará Félix fez de, cabeça, o único gol do jogo.
A partida foi disputada e, segundo os alvinegros, o "estímulo monetário" fez o Unaí correr em campo. O auxiliar técnico Gomes destacou a reação do adversário. "Eles (Unaí) tinha essa motivação do dinheiro, correram e marcaram como nunca. Mas nosso grupo perdeu o treinador, mas não perdeu o poder de fogo", comentou o interino.
Do lado mineiro, o gerente de futebol, Diony Alexandro, garante que a "mala" do Legião não influenciou no comportamento do Unaí em campo.
"Tinha mala, mas não funcionou. No jogo contra o Dom Pedro (empate por 0 x 0, no interior mineiro), o Brasiliense já tinha dado. Mas nosso desempenho foi normal. Já havia três jogos que não perdíamos", lembrou.
A vitória pesou muito também para o Ceilândia. Após a partida, todos comemoraram muito o resultado que coloca o time em vantagem na briga pela Copa do Brasil. Tudo isso após problemas como dispensa de jogadores (Andrei e Mineiro), culminando com a consequente saída do técnico Ricardo Oliveira na sexta-feira, quando o grupo se recusou a treinar no coletivo antes do jogo contra o Unaí.
"As coisas que aconteceram durante a semana, deram uma abalada. Nós nos arrependemos pela saída do Ricardo, mas decidimos deixar isso para trás e seguir pensando na vaga para a Copa do Brasil, que se tornou nosso principal objetivo. Vamos jogar em casa e temos que vencer", antecipou o meia Macedo, de olho no confronto contra o Brazlândia no próximo domingo.
"Antes do jogo, nos juntamos e fizemos um pacto. Sabíamos que não podíamos jogar fora tudo o que fizemos até o momento no campeonato", completou Gomes, que adiantou não querer permanecer a frente do time.
Enquanto o Ceilândia comemora, o Unaí lamenta. Com apenas 19 jogadores treinando no elenco - contra o Ceilândia o time tinha um atleta a menos no banco de reservas - e segue sofrendo com o precoce rebaixamento para a Segunda Divisão do DF. Mesmo assim, prometem não amolecer.
"Independente de que se vale ou não, vamos tentar ganhar do Gama no Mané Garrincha", promete o Diony.
Fonte: Esporte Candango, Ceilândia Esporte Clube e Jornal de Brasília
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