sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Medidas de segurança no metrô

Mais de 150 mil pessoas passam diariamente pelas 21 estações do metrô. Para garantir a segurança dos passageiros, o Ministério Público fez recomendações à companhia que administra o sistema.

Entre elas estão: implantação do chamado botão de soco nas plataformas, que serve para parar os trens em caso de emergência; mudanças no dispositivo que abre e fecha as portas dos vagões, para evitar que sejam abertas do lado oposto ao desembarque; e instalação de câmeras de segurança.

“Tudo que for feito para a segurança do passageiro é bem-vindo”, afirma o aposentado Filemon Moreira. “É um instrumento que pode vir a contribuir, mas não vai resolver o problema”, acredita a pedagoga Maria de Lourdes.

A licitação para escolha da empresa que vai instalar as câmeras chegou a ser feita no início deste ano, mas foi cancelada depois de uma disputa judicial. Um novo pregão eletrônico está marcado para os próximos dias.

Sobre as demais exigências, o diretor de operações do metrô discorda da necessidade de adaptações. No caso do botão de emergência, de acordo com ele, o sistema já existe dentro dos vagões e nas plataformas há telefones.

“Temos dois telefones nas extremidades das plataformas que, se retirados do gancho, entram automaticamente em contato com o controle central de operações e procede-se o desligamento da via. Temos também o sistema de rádio dos nossos funcionários, um botão de soco dentro do trem. Assim, se o usuário perceber algum problema na plataforma, ele pode acionar de dentro do trem. Isso mexe em toda a lógica do metrô. Esse botão tem que se comunicar com o meu controle central de operações em Águas Claras... É algo tecnicamente difícil, caro e desnecessário”, explica o diretor de operações do metrô, José Dimas.

A direção do metrô tem até a próxima semana para apresentar justificativas ao Ministério Público. “Esses itens estão baseados nos sistemas de segurança utilizados por outros metrôs, tanto do Brasil, Rio e São Paulo, como de outros paises”, justifica o promotor de Justiça Leonardo Bessa. E ele completa: “Esperamos que o usuário do metrô de Brasília esteja assegurado em sua integridade física”.


Fonte: Rede Globo

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