domingo, 3 de agosto de 2008

Mais uma polêmica

Ontem (31/07/08) no final da tarde, uma notícia abalou as estruturas do governo federal. Uma reportagem da revista colombiana Cambio revelou envolvimento de políticos brasileiros, do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

A notícia se baseia em e-mails encontrados no computador do ex-porta-voz internacional das Farc Raúl Reyes, morto em março durante uma operação colombiana no território do Equador, próximo à fronteira.

As mensagens fazem referência a várias figuras que estão e já estiveram no governo Lula e em nível local aos deputados distritais Paulo Tadeu (PT) e Erika Kokay (PT). Além deles são citados os nomes de José Dirceu, que foi ministro da Casa Civil; Roberto Amaral, ex-ministro de Ciência e Tecnologia; Gilberto Carvalho, chefe de Gabinete; Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores; Marco Aurélio Garcia, assessor de Assuntos Internacionais; Perly Cipriano, representante da Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Paulo Vanucci, ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos e Selvino Heck, assessor presidencial.

Procurada pelo Comuniweb (portal do Grupo Comunidade), Erika Kokay negou categoricamente qualquer ligação com as Farc. “Não tenho nenhuma relação de financiamento ou de negociação com as Farc”. Segundo a deputada, a única relação que tem com o grupo diz respeito ao apoio dado ao refugiado colombiano Padre Olivério, que foi preso no Brasil. “Nos envolvemos por uma questão de direitos humanos, já que se fosse deportado seria morto em seu país”, disse a deputada. “Sou contrária aos métodos das Farc”, esclarece. Padre Olivério é Francisco Antônio Cadenas Colazzos, tido como representante das Farc no Brasil.

Também foi apontado como um dos benfeitores das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, no primeiro semestre de 2005, o deputado distrital Paulo Tadeu, também do PT local. À frente do nome do parlamentar foi posto o valor de US$ 833,33. Nos e-mails também aparece o nome do Sindicato da Empresa de Energia Elétrica de Brasília a quem é atribuída a colaboração de US$ 666,66.

Bastante aborrecido, o deputado Paulo Tadeu afirma que não tem qualquer envolvimento com o grupo colombiano e que diante das denúncias pretende processar a revista Cambio. “O veículo foi irresponsável em publicar essas mentiras. É uma tática do governo colombiano para denegrir a imagem do governo Lula”, disse o parlamentar.


Fonte: Jornal Coletivo de 01/08/08

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