sábado, 5 de julho de 2008
Vagões ainda em manutenção
A opinião de quem hoje precisa do metrô é: “É bom, mas com certeza poderia melhorar. Principalmente a questão dos horários de pico. O metrô é muito cheio, é quase impossível de a gente entrar. Quando conseguimos é porque o pessoal empurra”, relata a farmacêutica Giselle Nascimento.
No dia 30 de junho, o metrô deveria ter tido um reforço de 12 vagões no sistema. Esse prazo, dado pelo governo, não foi cumprido.
Atualmente três trens, com quatro vagões cada, estão na oficina da empresa. Isso faz com que a capacidade de transporte de passageiros seja reduzida, principalmente nos horários de pico. O que também agrava a situação é o tempo de permanência das máquinas na manutenção. Um dos trens, por exemplo, está no conserto há um ano.
As culpadas por tanta demora são duas pecinhas fabricadas na Inglaterra e vendidas por uma empresa americana. Os mecanismos já estão em São Paulo. Agora, o novo prazo para o reparo passou a ser 30 de julho.
De acordo com o superintendente geral do metrô, José Gaspar, o número de trens vai dobrar em dois anos. “Nós estamos fechando todos os procedimentos técnicos, as especificações. Devemos divulgar uma licitação até o final deste mês para a compra de 10 trens, com opção de comprar outras 10 máquinas. Com isso, nos deveremos chegar a 2010 com 40 trens, no lugar dos 20 atuais”, garantiu.
Só no ano passado, o metrô transportou 18 milhões de pessoas. Mas a demanda aumentou bastante depois que o serviço passou a funcionar aos sábados, domingos e feriados. Além disso, foram inauguradas as quatro estações da Ceilândia. Ou seja, a média diária de passageiros passou de 49 mil para 150 mil.
Enquanto isso, o metrô continua dando prejuízo ao governo: um rombo de R$ 160 milhões no ano passado. E os passageiros esperam os trens e as promessas... “Vamos aguardar os próximos trens para ver como é que fica, para não andar tão lotado”, diz o vigia José Francisco dos Santos.
Fonte: Rede Globo
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