sábado, 5 de julho de 2008

Crime desvendado

De um ato monstruoso nasceu um anjo. A adolescente de 17 anos, portadora de necessidades especiais, estrupada em agosto do ano passado, deu à luz uma menina na última segunda-feira.

A mãe da jovem, Virgínia (nome fictício) denunciou o caso somente quando a filha estava com cinco meses de gestação, em fevereiro de 2008, ao notar mudanças no corpo da garota. Na época, a suspeita era que a menor teria sido abusada dentro do Centro de Ensino Médio 09, no Setor O, onde estudava. No entando, a apuração de agentes da 24ª Delegacia de Polícia descarta a hipótese.

O inquérito, concluído 50 dias após o início das investigações, revela que a adoslecente foi violentada não dentro, mas nas proximidades do colégio. O acusado, um adolescente de 15 anos, também era aluno do CEM 09 e confessou o crime. Para preservar os menores, a delegada-adjunta da 24ª DP, Tânia Maria Dias, optou por não divulgar o endereço de onde ocorreu a violência sexual.

Como o autor da infração também jé menor, o caso foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA II), que abriu um Procedimento de Ato Infracional e enviou o processo para o Juizado da Criança e do Adolescente, que determinará se o menor infrator irá ou não cumprir medida socioeducativa em algum centro de internação. " O menor infrator confessou a participação no ato. O que podemos afirmar é que o abuso não ocorreu nas dependências da escola", enfatizou a delegada.

O bebê nasceu saudável, com três quilos e está sendo cuidado por Virgínia. Após saber da gravidez, a adolescente - que tem idade mental de uma criança de cinco anos - contou à mãe como tudo aconteceu. "Eles me levaram para o banheiro da escola, tiraram minha roupa. Foram três". Apesar do relato, a polícia só confirmou a participação no crime do jovem de 15 anos.


Fonte: Jornal de Brasília de 03/07/08

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