A área abrange as adjacências de Ceilândia Norte e Sul e setores M Norte e Nova QNL (Chaparral) em Taguatinga.
De um lado, Taguatinga, e do outro, Ceilândia. Pela proximidade com as duas cidades, a área já é chamada pela vizinhança de "Tailândia". A área especial da QNM 28 pertence a Ceilândia e fica atrás do Batalhão do Corpo de Bombeiros, entre a QNM 34/36 do Setor M Norte de Taguatinga, e a QNM 18 da Ceilândia Norte. Quem fica por ali, reclama da falta de segurança, da sujeira e do descaso das administrações das duas cidades.
Segundo os moradores, nessa área, "a terra é de ninguém". As pessoas são constantemente assaltadas e os marginais fazem uso de drogas em plena luz do dia, sem fazer cerimônia com as crianças que brincam por perto. Outra reclamação constante da vizinhança é o lixo jogado em um terreno vazio. Diariamente, dezenas de carroceiros usam o local para jogar entulho. A área passou por uma limpeza recentemente, graças ao projeto "Cidade Limpa". No entanto, já é possível encontrar dezenas de computadores e muitos. Nem os animais escapam. "Um dia foi jogado um cavalo morto aí, e nós, moradores, tivemos que retirar o animal", relatou um morador da área. Ele ainda acrescentou que em determinadas épocas, o lixo é tanto que chega a invadir a rua e atrapalhar o trânsito na região.
A chamada "Tailândia" é um local que serve para as pessoas atravessarem de uma cidade para outra, e é caminho certo de estudantes e trabalhadores que vão e vem para as duas cidades. Segundo os moradores, o asfalto para ligar as regiões foi feito porque a própria comunidade solicitou. Junto com o asfalto, foi feito também o pedido de uma calçada para pedestre, que ainda não foi realizada.
A esposa e o pai do pedreiro Uberaci Batista Pereira, que mora na área há 20 anos, já foram assaltados em plena luz do dia. Ele conta que os moradores já prepararam cinco abaixo-assinados para as administrações das cidades tentarem solucionar os problemas. No entanto, até o momento, nada foi feito. Segundo ele, o caso não foi resolvido porque existe um jogo de empurra-empurra entre as duas administrações. "Em época de eleição, todo mundo promete que vai resolver o problema, mas depois que passa a eleição, eles somem e não fazem nada", reclamou o morador.
O portão da casa de Marília Oliveira é trancado 24 horas por dia. Perto dali, marginais usam drogas sem serem incomodados pela polícia. Não é difícil encontrar um morador que ainda não foi assaltado. A irmã de Marília, que passa pelo local à noite quando volta da Escola Técnica, disse que durante o período, a situação fica mais perigosa. "Sair a noite aqui, só de carro", completou.
Segundo o administrador da Ceilândia, Adauri da Gomes da Silva, a área em questão pertence a Ceilândia. Mas o terreno onde o lixo é jogado pertence a Novacap e a área está à venda. Quanto à calçada, que começou a ser construída, o administrador confirmou que a obra será finalizada em breve.
Assista ao vídeo: CorreioWeb/TV Brasília
Fonte: Tribuna do Brasil e Jornal Local de 03/07/08
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