sexta-feira, 4 de julho de 2008

Áreas de risco



O trabalho ainda não completou um ano. Os técnicos já encontraram quase 200 rachaduras de proporções impressionantes, espalhadas em oitos pontos do Distrito Federal. Ceilândia é a região mais atingida, com cinco grandes erosões.

Na Chácara Pantanal a erosão se alastrou comprometendo o solo e tudo ao redor. A água da chuva formou um rio. Só que a ação da natureza foi agravada pelo homem e o buraco virou um depósito de lixo e esgoto. Há dois meses, 22 famílias foram retiradas da região e as casas tiveram que ser demolidas.

No Condomínio Pôr-do-Sol, também em Ceilândia, há 30 dias, a Defesa Civil removeu sete famílias que moravam ao lado da invasão. E teve que fazer um aterro para evitar que o buraco aumentasse.

“Se a Defesa Civil bater na porta de uma casa e avisar que existe a necessidade de sair, é porque realmente a Defesa Civil já monitorou e tem essa necessidade de sair”, explica o major Toni Monteiro, da Defesa Civil.

Também em Ceilândia foi precisou uma outra ação no Condomínio Sonho Verde. A invasão na região provocou graves problemas no solo e foi preciso fazer um desvio no rio.

No sábado passado, o DFTV mostrou uma grande erosão no Condomínio Privê. O enorme buraco preocupa os moradores que temem perder as casas. Nesta quinta-feira, a equipe do DFTV visitou a maior erosão do DF. A cratera que também fica em Ceilândia, na Vila Madureira. Um buraco de quase 700 metros de extensão, 30 metros de profundidade e, no mínimo, 50 metros de largura.

A erosão na Vila Madureira já se aproxima de 20 casas e o buraco não párar de crescer: um metro a cada seis meses. Já atingiu o lençol freático. Na água da chuva encontra lixo e animais mortos, sem contar a ocupação irregular.

“Nós estamos totalmente desprotegidas. Ninguém sabe o que vai acontecer”, diz a dona-de-casa Sebastiana Martins.


Fonte: Rede Globo

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