terça-feira, 1 de julho de 2008

Último acidente grave

O carro ficou totalmente destruído. Foi atingido por um caminhão que vinha na contramão. No automóvel estavam cinco pessoas da mesma família. Elas iam de Santo Antônio do Descoberto para Ceilândia, onde moravam. As marcas da derrapagem do caminhão ficaram na pista.

Willian Gomes da Silva, que dirigia o carro, teve o pulmão perfurado e foi internado. Os outros três passageiros morreram na hora. Ana Paula Soares Quintino, 21 anos, mulher de William, e duas crianças. Uma delas, Levi Lucas Silva, de 4 anos, era filho do casal.

Familiares e amigos das vítimas passaram o domingo no Hospital Regional da Ceilândia, onde Willian está internado. A mãe, Dulce Fonseca, disse que ele ainda não sabe que o filho não sobreviveu. Os parentes estão desesperados. “Uma família que nós construímos com muito amor e dedicação. Nós sempre lutamos para ter uma família unida e agora vem um cachaceiro e acaba com tudo”, lamenta Dulce.

O outro menino que morreu, Luís Henrique, era sobrinho de Ana Paula. A mãe dela e avó do garoto, que também estava no carro, foi levada para o Hospital de Base. Ela teve fraturas no pulso e no rosto e precisou ser operada.

O motorista do caminhão, Márcio Carlos Batista Fontineli, 38 anos, foi preso em flagrante. Na delegacia ele confessou que bebeu e perdeu o controle da direção. “Eu tomei duas doses de pinga. Uma antes do almoço e outra bem mais tarde. Estou com remorso, pelo acontecido, né? Eles se foram por culpa do álcool e minha também. Fui eu que provoquei o acidente”.

“Eu vou lutar por justiça. Se existe justiça, quero justiça. Vou trabalhar pra isso. Vou deixar tudo pra que a justiça seja feita. Ele tem que pagar por esses óbitos. Não vou deixar impune, como tantos outros fazem”, promete Dulce Fonseca.

A mãe de um dos meninos que morreram também não sabe do acidente. Ela está internada, há alguns dias, por conta de uma gravidez de alto risco.

O delegado Bruno Santos, de Ceilândia, disse que o motorista do caminhão vai responder por homicídio doloso e pode pegar até 20 anos de cadeia. Ele foi transferido para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde vai ficar preso. Todas as testemunhas já foram ouvidas.


Fonte: Rede Globo

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