terça-feira, 3 de março de 2009

Sequestro termina bem

Chega a nove o número de vítimas de sequestro relâmpago, nos últimos quatro dias, no Distrito Federal. O caso mais recente foi registrado na noite desta segunda-feira (2/3), em Ceilândia. O acusado, Alexandre Vieira do Santos, 24 anos, foi perseguido e preso por homens do 8º Batalhão da Polícia Militar.

Alexandre é acusado de roubar um VW Cross Fox no P Norte e manter a família que estava no carro refém. Segundo as vítimas, “o tempo todo ele dizia que só estava querendo fugir e que se ninguém reagisse, nada aconteceria”. Depois de vários pedidos para que fossem liberadas, o acusado deixou as vítimas próximo ao local do roubo, levando somente o carro.

De acordo com o cabo Aldimar, comandante do Grupamento Tático Operacional (GTOP28), os policiais avistaram o Cross Fox roubado perto do Setor O, e começou a perseguição. A equipe alcançou Alexandre na altura da EQNO 11/13 e efetuaram a prisão.

Levado à 24ª DP, o acusado foi reconhecido pelas vítimas. Na delegacia, os agentes verificaram que ele já já tinha outras seis passagens pela polícia, e responde por tentativa de homicídio, roubo, furto, receptação, porte ilegal de arma e lesão corporal.



Mais sobre sequestros

Entre janeiro e junho do ano passado, Taguatinga apareceu como a cidade com o maior número de registros: 52. Brasília (50) e Ceilândia (35) vieram logo em seguida.

O professor George Felipe Dantas, coordenador para assuntos de segurança pública do Centro Universitário do DF (Unidf), acredita que o aumento também pode ser explicado pela facilidade com que hoje se pratica o crime. Para o especialista, a população ainda não assimilou o sequestro relâmpago. “As pessoas não têm a mínima noção e muitas vezes deixam de se cuidar na rua. Individualmente, é um crime traumático e muito fácil de ser praticado”, explicou.

Ainda assim, o especialista acredita que a capital do país permanece com números baixos em relação a outros países. “Em Joanesburgo, na África do Sul, a contagem se dá aos milhares. Algumas marcas de carros, como a BMW, saem das fábricas com equipamentos de segurança específicos para sequestros”, disse Dantas. (GG)



Fonte: Correio Braziliense e Rede Record de 03/03/09

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