sábado, 14 de março de 2009

Histórias do futebol

A polêmica parece fazer parte da vida do ex-senador e atual homem forte do Brasiliense Luiz Estêvão de Oliveira Neto. Como se não bastasse os escândalos que perseguem Estêvão como a cassação no Senado e o episódio mal explicado sobre seu envolvimento com as obras do TRT de São Paulo, mais uma denúncia grave paira sobre sua pessoa.

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do DF em exercício Aldo Zago recebeu denúncia do presidente da Comissão de Arbitragem do DF José Renê sobre um suposto esquema de manipulação de resultados envolvendo favorecimento da arbitragem candanga para os jogos do Brasiliense. Entre os envolvidos no suposto esquema estariam Wilton Sampaio, Almir Camargos e José Caldas.

A suspeita teve início após uma conversa informal entre o técnico do Brasília, Marco Aurélio, e o árbitro Raimundo Lôpo. No diálogo, ambos falavam sobre erros de arbitragem e acerca de um suposto depósito, em Goiânia feito por um dirigente do Brasiliense para os árbitros que comandariam os jogos da equipe amarela no Estádio Serejão.

A arbitragem dos jogos do Brasiliense do ponto de vista crítico era apontada como tendenciosa. No jogo contra o Ceilândia no Serejão ainda no primeiro turno a partida se arrastava para um empate sem gols até quando o árbitro Wilton Sampaio marcou um pênalty duvidoso a favor do Jacaré. Adrianinho bateu e fez o gol da vitória.

Mas o "erro" mais escandaloso se daria no jogo contra o Legião que vencia a partida por um a zero, ampliou em uma jogada legal que foi anulada pelo juiz e no final do jogo o árbitro deu uma falta inexistente que deu origem ao gol de empate do Brasiliense. Almir Camargos que apitou a partida pegou alguns jogos de suspensão.

Em uma história recente o Brasiliense foi ajudado no jogo de volta contra o Ceilândia quando foi marcado um pênalty inexistente contra o time da casa. O árbitro Raimundo Lôpo expulsou o goleiro Ricardo e o técnico Jean Cláudio por reclamação. Felizmente Iranildo cobrou na trave, mas o Brasiliense empataria no final da partida.

Várias personalidades do futebol do DF acreditam que as denùncias são infundadas, porém que necessitam ser apuradas para que o campeonato não fique "manchado". Entre elas o presidente do Gama Paulo Goyaz e o vice presidente da FBF Paulinho Araújo.

A grande verdade entre o meio jornalístico é que o Brasiliense é conhecido por conseguir impunidade dentre a arbitragem e a justiça desportiva. Várias vezes em que os jogadores do Brasiliense foram expulsos de campo a maioria cumpriu apenas suspensão automática. E no primeiro jogo do Brasiliense em casa em que houve invasão da arquibancada visitante pela torcida da casa não houve nenhum tipo de punição. Pior, o árbitro apesar de relatar o fato na súmula abriu mão da acusação e acabou passando de acusador para acusado.

Intocável fora das quatro linhas principalmente no âmbito regional, Luiz Estêvão espera que este episódio termine fatalmente em mais uma "pizza".



Fonte: BlogGama, Esporte Candango, Futebol Interior, Jornal de Brasília e Correio Braziliense de 14/03/09

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