sexta-feira, 6 de março de 2009

Posto de saúde sem remédios

Os pacientes reclamam de falta de vacinas e de remédios. Josebias, de 75 anos, está há dois meses sem um deles. “Sem esse remédio eu posso morrer de repente”, diz o aposentado.

A auxiliar de serviços gerais Mércia Araújo precisa marcar uma cirurgia para retirar o útero. Só que os exames, feitos há sete meses, já venceram. “O que pode acontecer é me dar um câncer, já que vai afetando tudo. Na minha barriga tem um caroço enorme”, revela.

Caso parecido com o do pedreiro Divino Oliveira. Ele quebrou os pés há quatro meses e depende de uma consulta para dar entrada no INSS. “Pra quem está desempregado, machucado e sem nenhum retorno é muito complicado”, reclama.

Consulta no posto do P Norte, dizem os pacientes, só pra quem chega de madrugada e olhe lá. “Se você chegar às 5h30, já não consegue mais. Vai esperar, porque o posto só abre às 7h. Mesmo assim, nesse horário você não consegue senha”, acrescenta a manicure Antônia Silva.

A gerência do centro de saúde explicou que há vacinas no estoque e que o remédio que faltava chegou ontem. Os curativos passaram de 40 para 20 por dia porque o aparelho de esterilização está queimado há um mês. O número de atendimento não é maior porque o posto está sobrecarregado.

“Esta unidade de saúde é projetada para atender uma população de mais ou menos 30 mil habitante. Hoje, o posto atente a população do P Porte, estimada em 38,5 mil habitantes, mais a população do Condomínio Sol Nascente. Somando tudo dá mais de 70 mil pessoas”, diz o gerente Aderaídes Teixeira.



Fonte: Rede Globo

Nenhum comentário: