quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Melhorias para o Hospital Regional de Ceilândia

Na véspera do ano novo, onde todos esperam mudanças, cercadas de esperanças e apostas no futuro, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) tem motivos para comemorar a chegada de 2009. Logo na entrada é visível a quantidade de obras e novidades ainda dentro de caixas fechadas. Isso porque várias medidas vêm sendo adotadas para melhorar o atendimento à população. As iniciativas envolvem além de obras, limpeza permanente e novos equipamentos.

Mas, a maior novidade do HRC para o ano que se aproxima é a instalação do tomógrafo. Após anos de espera, finalmente será aberta a caixa onde está o maquinário. "Estamos aguardando para a próxima segunda-feira o profissional que realizará a instalação do tomógrafo. Ainda não dá para afirmar quando ele entrará em uso, porém já consideramos uma grande conquista", comemorou Elidimar Bento, coordenador da Pediatria do HRC. "A sala onde ele ficará está em fase final de acabamento. Praticamente pronta para receber o novo filho do hospital", disse.

De acordo com Baelon Alves, diretor do HRC, Ceilândia vive uma fase próspera e tem tudo para retomar a importância de ser a maior cidade do Distrito Federal. "Toda a cidade parece estar em um bom momento. Aqui no hospital estamos, desde 2006, conseguindo obter melhorias para atender a população", frisou.




A clínica cirúrgica de internação, o laboratório e o pronto-socorro estão sendo reformados para dar maior conforto aos pacientes e aos servidores. Também já foram iniciadas as obras para instalação no centro obstétrico do cardiotacógrafo, um aparelho de alto custo que contribui para diminuir a taxa de mortalidade neonatal. O HRC conta ainda com uma unidade de neonatologia considerada excelente, se comparada ao padrão encontrado em outros hospitais públicos no país. Na emergência, são atendidas cerca de 25 mil pacientes por mês. A maternidade é uma das mais movimentadas do Distrito Federal, com mais de 20 nascimentos por dia.

Mas, as melhorias não acontecem do dia para noite. "Antes de 2006 o hospital perdia R$ 120 mil em medicamentos por mês. Isso tudo em decorrência de um vazamento oriundo da época da construção do imóvel que comprometia a parte onde ficavam estocados os remédios. Hoje, isso não ocorre mais", relatou Elidimar.

A estrutura do HRC, além de antiga e ultrapassada, é limitada. Contudo, o principal foco da diretoria é conseguir extrair o máximo do que já existe. "É claro que a ampliação do hospital seria ótimo. Mas, temos que trabalhar com o que existe, pelo o menos por enquanto. Trabalhamos em uma condição abaixo do necessário para atender a todos que nos procuram em busca de qualidade. Porém, nossa idéia é fazer funcionar o que temos para só depois pensar em construir novos blocos de atendimento", ressaltou.

Outro fator que contribuiu com a modernização recente do HRC foi uma parceria feita com a Universidade Católica de Brasília. "Enquanto nós oferecemos a estrutura do hospital para estágios e outras atividades relacionadas ao curso de medicina, a instituição nos ajuda através de obras e manutenções. A biblioteca, o auditório e os novos alojamentos são frutos dessa parceria", disse Elidimar, ressaltando ainda que a construção de um novo banco de leite, a reforma da área de anatomia patológica e a nova instalação para o lixo hospitalar serão os próximos benefícios.

Outra preocupação do diretor é referente à limpeza. Ano passado, no pátio externo nos fundos do hospital, foram retirados 20 caminhões de entulho, jogados pelos moradores vizinhos a área. Além disso, a construção do muro do hospital é outra vitória recente para os servidores, pacientes e visitantes. "Hospital é um local onde a higiene é fundamental. Tem que estar sempre muito limpo", afirmou.




Inaugurado em 27 de agosto de 1981, o HRC atende cerca de um quarto de toda a população do Distrito Federal. Atualmente conta com apenas 350 leitos, aquém do necessário para comportar o grande número de pacientes. "Nós atendemos, além da população de Ceilândia, moradores de áreas como Águas Lindas e Brazlândia. O número de leitos é insuficiente para conseguirmos atingir todas essas pessoas", contou Elidimar.

O diretor Baelon lembrou ainda que, em 2009, o HRC perderá cerca de 6% de seu efetivo de profissionais por aposentadoria. Isso significa uma perda significativa no número de servidores. "Certamente essa perda terá conseqüência no dia-a-dia do hospital, mas teremos que superar. Hoje o HRC tem perto de 2,6 mil profissionais, com essa baixa perderemos mais de 160 servidores. É uma perda considerável", avaliou Baelon que ressaltou ainda que só através de novos concursos o hospital poderá repor o efetivo.



Fonte: Tribuna do Brasil

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