O pouco policiamento ostensivo na Ceilândia tem facilitado a vida dos assaltantes. Os pequenos furtos aos pedestres e os roubos às casas são cada vez mais constantes no lugar. Entre as áreas mais perigosas apontadas pelos moradores estão a via principal da QNQ, próximo a quadra 3, conjunto F da Ceilândia Norte e o condomínio Sol Nascente.
De acordo com testemunhas, a polícia se recusa a entrar em certas áreas. Desta forma, os crimes acontecem livremente e à luz do dia. "Não tem horário certo. É quando eles acham que deve ser", disse o vigilante José Neto. "Normalmente ao meio dia, quando as pessoas estão almoçando, às 7h da manhã ou às 21h quando saem e quando voltam do trabalho".
Conforme o Sargento Etiene, do 8º Batalhão da Ceilândia, a média é de uma a três viaturas para cada região. Porém, segundo o sargento, quando existem muitas ocorrências alguns carros têm que ser deslocados. "A região é crítica e muito grande", explicou. Quanto a acusação de que algumas áreas não fazem parte do trajeto da polícia, Etiene garantiu que só não passam onde não há acesso. "Temos homens que vão a pé, de bicicleta e de carros. Quando não chegamos ao local é porque não dá", disse. "As pessoas querem um policial por casa. Isso é impossível".
Ainda assim, quem mora no lugar garante que o policiamento é insuficiente. Segundo Paulo Costa os moradores não podem sair de casa depois das 19 horas, principalmente os que residem próximo ao terminal de ônibus, na QNQ. "Depois deste horário os parentes vem para a parada esperar quem chega do trabalho ou da escola", afirmou. De acordo com Costa, uma simples tarefa longe de casa é oportunidade para os assaltantes. "Certa vez uma senhora foi à farmácia e quando saiu do local viu dois rapazes carregando seus móveis em um carrinho de mão", contou. Para ele o número de abordagens, tanto nas ruas quanto em residências, aumentam no fim do ano. "É a época do 'saidão'. Eles [os presos] estão todos nas ruas."
Segundo uma testemunha, que preferiu não se identificar, o transporte público também sofre com a onde de assaltos. A fonte contou que muitos cobradores de ônibus temem entrar em bairros, como o setor de chácaras, com o dinheiro do dia. "Alguns deixam o dinheiro com amigos antes do trajeto. Depois voltam para pegar", disse.
De acordo com os entrevistados, o perfil dos assaltantes é sempre o mesmo. Geralmente são menos de idade que utilizam bicicletas para abordar as vitimas. Segundo as fontes, a maioria não porta armas. A estratégia também não sofre grandes alterações. "Ou ficam parados esperando a pessoas passar desprevenida, ou passam em alta velocidade e somem nos becos", contou uma testemunha.
Em uma esquina do conjunto F da QNQ a tática é ainda mais certeira. Na quadra 37, há um galpão abandonado sem nenhuma iluminação. Nem mesmo a do poste. "Quando a pessoa passa, eles levam lá para trás e ninguém vê", afirmou um morador. "A gente precisa de um posto aqui. Quando chamamos os policiais eles chegam horas depois. Ai não adianta mais".
Fonte: Tribuna do Brasil
De acordo com testemunhas, a polícia se recusa a entrar em certas áreas. Desta forma, os crimes acontecem livremente e à luz do dia. "Não tem horário certo. É quando eles acham que deve ser", disse o vigilante José Neto. "Normalmente ao meio dia, quando as pessoas estão almoçando, às 7h da manhã ou às 21h quando saem e quando voltam do trabalho".
Conforme o Sargento Etiene, do 8º Batalhão da Ceilândia, a média é de uma a três viaturas para cada região. Porém, segundo o sargento, quando existem muitas ocorrências alguns carros têm que ser deslocados. "A região é crítica e muito grande", explicou. Quanto a acusação de que algumas áreas não fazem parte do trajeto da polícia, Etiene garantiu que só não passam onde não há acesso. "Temos homens que vão a pé, de bicicleta e de carros. Quando não chegamos ao local é porque não dá", disse. "As pessoas querem um policial por casa. Isso é impossível".
Ainda assim, quem mora no lugar garante que o policiamento é insuficiente. Segundo Paulo Costa os moradores não podem sair de casa depois das 19 horas, principalmente os que residem próximo ao terminal de ônibus, na QNQ. "Depois deste horário os parentes vem para a parada esperar quem chega do trabalho ou da escola", afirmou. De acordo com Costa, uma simples tarefa longe de casa é oportunidade para os assaltantes. "Certa vez uma senhora foi à farmácia e quando saiu do local viu dois rapazes carregando seus móveis em um carrinho de mão", contou. Para ele o número de abordagens, tanto nas ruas quanto em residências, aumentam no fim do ano. "É a época do 'saidão'. Eles [os presos] estão todos nas ruas."
Segundo uma testemunha, que preferiu não se identificar, o transporte público também sofre com a onde de assaltos. A fonte contou que muitos cobradores de ônibus temem entrar em bairros, como o setor de chácaras, com o dinheiro do dia. "Alguns deixam o dinheiro com amigos antes do trajeto. Depois voltam para pegar", disse.
De acordo com os entrevistados, o perfil dos assaltantes é sempre o mesmo. Geralmente são menos de idade que utilizam bicicletas para abordar as vitimas. Segundo as fontes, a maioria não porta armas. A estratégia também não sofre grandes alterações. "Ou ficam parados esperando a pessoas passar desprevenida, ou passam em alta velocidade e somem nos becos", contou uma testemunha.
Em uma esquina do conjunto F da QNQ a tática é ainda mais certeira. Na quadra 37, há um galpão abandonado sem nenhuma iluminação. Nem mesmo a do poste. "Quando a pessoa passa, eles levam lá para trás e ninguém vê", afirmou um morador. "A gente precisa de um posto aqui. Quando chamamos os policiais eles chegam horas depois. Ai não adianta mais".
Fonte: Tribuna do Brasil
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