Paciente deitado no banco da recepção, horas de espera e sem previsão de atendimento. Assim funciona o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). “Há mais de meia hora não tem atendimento nenhum. Nem para o idoso, nem para o pessoal que está aqui desde às 5h”, conta a dona-de-casa Maria Alice Pinheiro. “A saúde do Distrito Federal está péssima mesmo viu?”, enfatiza uma senhora.
Desde domingo (14), Maria da Glória procura ajuda para a filha, que está com irritação na pele. O mesmo problema do pedreiro Dioclides da Silva. “Eles falam que não tem médico e o pessoal está aí sofrendo. Eu também estou sofrendo porque cheguei aqui no hospital às 5h45 e até agora nada. É impossível uma coisa dessas”, diz.
No Hospital Regional de Taguatinga (HRT), os pacientes também não estão satisfeitos. O motorista Joaquim Almeida reclama que falta atendimento básico. “Sou deficiente de uma perna. Não posso nem usar o banheiro de deficiente, porque o guarda diz que é só pra funcionário. Quando eu fui ao banheiro novamente, o PM fez eu sair, mas o banheiro não era pra funcionário”, reclama.
Especialistas então é coisa rara. O serralheiro Antônio Alves da Silva precisa de cardiologista, mas vai ter de voltar para casa. “O pessoal custa vir atender a gente. Tem gente que passa mal com o coração quase parando e não tem quem venha atender a gente”, afirma Antônio.
E não adianta correr para o posto de saúde, como muitos são orientados, porque no posto da Praça do Bicalho os atendimentos serão feitos só daqui a dois meses. Sem contar a falta de remédios. “A autônoma Antônia Rocha Faria sabe bem o que isso significa. Está a dois meses em busca de medicamento para diabetes.
“Para eu tomar meu medicamento minha filha teve que comprar uma caixa pra mim, pois estou sem condições de pagar”, diz Antônia.
No Hospital de Samambaia, a principal dificuldade é para fazer exames. Eletrocardiograma, por exemplo, não é possível por falta de equipamento. E mesmo em situações mais simples, como coleta de sangue, é preciso paciência, porque no laboratório do hospital são apenas dois técnicos por turno.
“Ainda vão pedir encaminhamento para o Hospital Regional de Taguatinga, sendo que já tem gente que veio de lá pra cá pra ser atendido. Não sei o que vai ser de mim, porque a todo momento meu coração dispara, fico pálida. Estou tentando manter a calma, mas estou vendo que a qualquer hora eu posso até morrer sem atendimento descente, adequado”, desabafa a cabeleireira Rosa de Souza.
Também é difícil marcar cirurgias no Hospital de Samambaia. “Estou com meu filho aqui. Ele está deitado, esperando por um exame de sangue, que já foi pedido não sei quantas vezes. Meu filho esperou quatro dias para ser operado neste hospital”, relata a comerciária Francisca de Araújo.
O Secretário Adjunto de Saúde, Florêncio Cavalcante Neto, disse que estão sendo nomeados esta semana médicos para o Hospital da Ceilândia. A falta de cardiologista no Hospital de Taguatinga foi um problema eventual, de acordo com a secretaria. No Hospital de Samambaia, estão sendo comprados equipamentos de eletrocardiograma, raio-x e tomógrafo. E o remédio para diabetes que faltava nos centros de saúde foi reposto.
O orçamento aprovado pelos deputados distritais reduziu em R$ 300 milhões os gastos com a saúde para 2009. O fundo constitucional do Distrito Federal tem R$ 2,11 bilhões para dividir entre educação, saúde e segurança.
Fonte: Rede Globo aqui e aqui
Desde domingo (14), Maria da Glória procura ajuda para a filha, que está com irritação na pele. O mesmo problema do pedreiro Dioclides da Silva. “Eles falam que não tem médico e o pessoal está aí sofrendo. Eu também estou sofrendo porque cheguei aqui no hospital às 5h45 e até agora nada. É impossível uma coisa dessas”, diz.
No Hospital Regional de Taguatinga (HRT), os pacientes também não estão satisfeitos. O motorista Joaquim Almeida reclama que falta atendimento básico. “Sou deficiente de uma perna. Não posso nem usar o banheiro de deficiente, porque o guarda diz que é só pra funcionário. Quando eu fui ao banheiro novamente, o PM fez eu sair, mas o banheiro não era pra funcionário”, reclama.
Especialistas então é coisa rara. O serralheiro Antônio Alves da Silva precisa de cardiologista, mas vai ter de voltar para casa. “O pessoal custa vir atender a gente. Tem gente que passa mal com o coração quase parando e não tem quem venha atender a gente”, afirma Antônio.
E não adianta correr para o posto de saúde, como muitos são orientados, porque no posto da Praça do Bicalho os atendimentos serão feitos só daqui a dois meses. Sem contar a falta de remédios. “A autônoma Antônia Rocha Faria sabe bem o que isso significa. Está a dois meses em busca de medicamento para diabetes.
“Para eu tomar meu medicamento minha filha teve que comprar uma caixa pra mim, pois estou sem condições de pagar”, diz Antônia.
No Hospital de Samambaia, a principal dificuldade é para fazer exames. Eletrocardiograma, por exemplo, não é possível por falta de equipamento. E mesmo em situações mais simples, como coleta de sangue, é preciso paciência, porque no laboratório do hospital são apenas dois técnicos por turno.
“Ainda vão pedir encaminhamento para o Hospital Regional de Taguatinga, sendo que já tem gente que veio de lá pra cá pra ser atendido. Não sei o que vai ser de mim, porque a todo momento meu coração dispara, fico pálida. Estou tentando manter a calma, mas estou vendo que a qualquer hora eu posso até morrer sem atendimento descente, adequado”, desabafa a cabeleireira Rosa de Souza.
Também é difícil marcar cirurgias no Hospital de Samambaia. “Estou com meu filho aqui. Ele está deitado, esperando por um exame de sangue, que já foi pedido não sei quantas vezes. Meu filho esperou quatro dias para ser operado neste hospital”, relata a comerciária Francisca de Araújo.
O Secretário Adjunto de Saúde, Florêncio Cavalcante Neto, disse que estão sendo nomeados esta semana médicos para o Hospital da Ceilândia. A falta de cardiologista no Hospital de Taguatinga foi um problema eventual, de acordo com a secretaria. No Hospital de Samambaia, estão sendo comprados equipamentos de eletrocardiograma, raio-x e tomógrafo. E o remédio para diabetes que faltava nos centros de saúde foi reposto.
O orçamento aprovado pelos deputados distritais reduziu em R$ 300 milhões os gastos com a saúde para 2009. O fundo constitucional do Distrito Federal tem R$ 2,11 bilhões para dividir entre educação, saúde e segurança.
Fonte: Rede Globo aqui e aqui
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