quinta-feira, 5 de junho de 2008

Taguatinga faz 50

O cinquentenário da cidade é hoje!


“Ah, eu amo Taguatinga!”, declara a auxiliar de serviços gerais Cleodete Ferreira Barbosa. “A gente tem de tudo um pouco aqui na cidade”, diz a economista Aline Vieira Araújo. “A cidade é excepcional, ótima”, elogia o estudante Leandro Pereira de Sousa.

Quem mora em Taguatinga sabe que, como em qualquer lugar, a cidade tem problemas: violência, trânsito tumultuado, deficiências no transporte, na saúde, na educação. Mas isso não tira o orgulho do taguatinguense. Afinal, sobram motivos para amar a cidade.

Amor que, nem sempre, é à primeira vista. “Havia muita poeira. Eu saí de uma casa de alvenaria pra vir morar numa casa de madeira, num barraco”, lembra o comerciante Jaile de Assis.

Não demorou para que o mineiro se apaixonasse. “O que me fez gostar de Taguatinga foi justamente os amigos que eu fiz na época. Passei a amar Taguatinga”, revela Assis.

Amigos de peladas em campos de terra, no que hoje é o Pistão Sul. A família tocava em um bar, ponto de encontro cultural, tradição que ainda mantém. Casado, 53 anos, um filho a caminho: a história de amor deu certo.

“Essa é uma cidade grande, mas tem essa coisa do contato com as pessoas, uma cidade meio provinciana. E amizades que duram, amizades que são pra toda a vida”, ressalta Assis.

“É uma amizade pura, boa. Quero muito bem a ela, de todo o coração”, fala a aposentada Sandra Maria Andrade. Foi do jeito provinciano que Vandira e Sandra Maria se conheceram. “Eu passava na porta da casa da Vandira, que era na QNA 32, indo pra escola trabalhar. Às vezes eu passava e ela estava lá. Eu dava uma olhadinha, um sorriso e ia embora”, relata Sandra.

Assim, simples, começou uma amizade de quase 30 anos. Laços estreitados quando Sandra descobriu que era professora do filho de Vandira. E uma ajuda extra do destino. Até que um dia, eu morando aqui na QNB 13, ela vem morar na minha rua”, conta Sandra.

De vizinhas a comadres. Uma relação que emociona, construída numa cidade que não tem nada de fria. “Parece cidade do interior. Todo mundo conhece todo mundo. Nossa amizade vai permanecer até que a morte nos separe”, fala Vandira.

Jeito de interior, correria de cidade grande. O orgulho de ter a sede do poder. Um mar de asfalto. Espaço para o verde, para a brincadeira dos meninos, lugar de futuro. “Eu amo Taguatinga e nunca vou sair daqui”, diz uma menina.

O pioneiro tem a mesma convicção. “Vou ficar aqui o tempo que Deus quiser, porque eu só saio daqui com a morte”, afirma o aposentado Raimundo Cavalcante de Araújo.



Lembrando que Ceilândia surgiu colada a Taguatinga; só conseguiu sua emancipação pela lei 11.921 de 25/10/1989. Outras cidades também já fizeram parte de Taguatinga: Samambaia, Águas Claras e, recentemente, Vicente Pires, que provavelmente será desmembrada da região nos próximos meses.

Nossos Parabéns!

Fonte: Rede Globo

Nenhum comentário: