quarta-feira, 11 de junho de 2008

Constrangimento

Estacionamento cheio. Cena comum nas estações do metrô durante a semana. São pessoas que encontraram uma alternativa para ir trabalhar sem ter que dirigir. Muitos chegam de manhã e quando voltam já está de noite. “Sempre deixo o carro no estacionamento e pego o metrô. Assim está ótimo, porque não tem engarrafamento”, conta o funcionário público Marton Luiz.

Deixar o carro no estacionamento e seguir de metrô até o trabalho ajuda a reduzir o número de veículos nas ruas. Mas muitos motoristas ainda não se sentem seguros para tomar essa atitude. Na Estação Terminal de Ceilândia, por exemplo, não tem policiamento. Nas redondezas estão apenas os flanelinhas, que para muitos mais intimidam do que ajudam.

“Tem que dar dinheiro para eles sempre. Se não der, ficamos com medo de mexerem no carro ou furarem o pneu”, diz o pedreiro Francisco Bento de Souza. “A gente vê que não tem segurança no estacionamento. Meu irmão mora na frente da estação e já presenciou tentativa de furto”, revela o militar Samuel Alves Ferreira. “Comigo nunca aconteceu nada, mas tenho medo que aconteça. Não confio em deixar o carro no estacionamento”, confessa a estudante Talita Nunes Venceslau.

O chefe de Comunicação da Polícia Militar, tenente-coronel Florêncio da Silva, esclareceu que já existe policiamento na área interna do metrô. Na parte externa, os policiais fazem ronda. O tenente-coronel explicou também que a pessoa que se sentir constrangida deve ligar para o número 190 e pedir apoio à polícia. “Ninguém é obrigado a pagar pelo serviço, pois o estacionamento é público”, afirmou o policial.


Fonte: Rede Globo

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