domingo, 29 de junho de 2008

Dois centros numa Ceilândia

Comerciantes da CNN 02 de Ceilândia pedem socorro. O comércio da quadra localizada no centro da cidade - ao lado da estação do Metrô - sofre com a falta de infra-estrutura. Mesmo com a boa localização, há mais de 20 anos os comerciantes pedem a construção de um estacionamento no local. E aí está o problema: eles nunca foram atendidos.

Os lojistas reclamam que a falta estacionamento e a poeira do local reflete diretamente na movimentação do comércio. Mas é a parte lateral do comércio, que dá acesso para a estação do Central Metrô, a mais prejudicada, pois não há entrada para os carros, muito menos estacionamento. Os comerciantes dizem que esperavam que a falta de infra-estrutura no local fosse melhorar após a inauguração da estação do metrô. Mas, segundo eles, o problema piorou. Antes, no local, existia um mato e os clientes estacionavam os carros e não faziam tanta poeira. Hoje no lugar do "matinho", há apenas poeira, muita poeira. Com o metrô, o estacionamento improvisado foi retirado e o novo estacionamento construído, para usuários do Metrô, não atende o comércio local pela falta de acesso.

Mas não só esses comerciantes sofrem com a falta de infra-estrutura. Na parte de frente do comércio, área virada para a avenida central da cidade, também não há asfalto. O único estacionamento com calçada foi construído pela proprietária do prédio. Em outro prédio, sem estacionamento, fica agências do Banco de Brasília (BRB) e da Caixa Econômica Federal. Os clientes têm de acabar estacionando na poeira, que vira lama quando chove.

As pessoas que esperam ônibus na parada que fica em frente ao comércio também sofrem com a falta de infra-estrutura. A poeira é tanta que os comerciantes chegam a ter prejuízos. Vendedores, donos de óticas, de bares, de lojas de artigos de tapeçaria, de clinica médica, de consultório odontológico, clamam pela construção de um estacionamento com asfalto no local.

Além de ter de molhar duas vezes ao dia o estacionamento em frente à loja em que trabalha, os vendedores de uma loja dizem que não há como contar os prejuízos que a loja acarreta com o problema da poeira. Os artigos vendidos no local ficam constantemente sujos e os clientes pedem desconto na mercadoria por ela estar com aparência ruim.

O gerente de uma clínica médica, Elvis Feitosa, disse que aproximadamente 20 anos reivindica à administração da cidade um estacionamento no local. Com o problema, a clínica teve que passar por algumas mudanças. Os três andares do prédio teve que ser colocado vidros para evitar que a poeira entrasse. Para a mudança, a clínica teve que investir aproximadamente R$ 15 mil. Ele conta que já procurou a administração da cidade por várias vezes para resolver o problema, mas a administrador diz que não tem uma previsão para resolver o problema. "Sofremos há mais de 20 anos com o mesmo problema. Não temos a quem recorrer", desabafa.

Procurado, o administrador da cidade, Adauri Gomes, disse por meio da assessoria de imprensa que já está ciente da situação e que um projeto para asfaltar a área já foi encaminhado para a Novacap. De acordo com a assessoria, a administração ainda aguarda uma resposta do órgão.


Fonte: Tribuna do Brasil

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa Administração de Ceilândia é só de fachada. Não resolve nada. Não conseguem manter nem a praça onde fica a própra sede.