quarta-feira, 18 de junho de 2008

ADE Centro-Norte

Mauro Vargas mudou de endereço há dois meses. Retirou a oficina mecânica da quadra residencial do Setor P Sul e foi para a área do Pró-DF. Levou os quatro empregados. Satisfeito com o novo local, já sonha em expandir o negócio.

“Eu estou gostando. O movimento é bom, o pessoal vem à procura de serviço e acaba entrando na sua oficina”, comemora o mecânico.

Mas a paisagem já foi bem diferente. O Pró-DF foi criado há mais de dez anos. Em troca do lote, o compromisso de gerar emprego. Mesmo assim, sem a infra-estrutura adequada muitos empresários acabaram desistindo. Só que agora, com a retomada das obras, esta situação está mudando.

“Nós estamos nessa área há nove anos e o governo não fez a parte dele. Esperamos que, a partir de agora, ele possa fazer. O nosso interesse é gerar empregos, pagar impostos, desenvolver o setor, desenvolver a cidade”, diz o microempresário Azize Mendonça.

Dos 619 lotes destinados ao Pró-DF em Ceilândia, apenas 83 têm empresas instaladas, com escritura definitiva. Esta semana, técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico começaram a fazer um mapeamento de cada empresa da região. Quem não estiver cumprindo as regras do programa pode ficar sem o lote.

“Se a empresa desvirtuou o uso do imóvel, está usando para residência, ou não se implantar nesta segunda chance que estamos dando agora, ela realmente vai perder o imóvel. A gente pode até repassar para outra empresa, que vai gerar os empregos necessários”, alerta o subsecretário do Pró-DF, Engels Rego.

De porta em porta os técnicos vão levantando os dados. Com a força-tarefa o governo pretende ajudar os empresários a colocar toda a documentação em dia. “As pessoas que estão com o processo atrasado, se conseguirem regularizar, vão dar um melhor andamento e uma credibilidade maior para o nosso setor”, lembra o dono de uma oficina, Adailton Teixeira.

“Já existem quase 100 instaladas, mas nós temos mais de 600 terrenos. Então, muitos empresários dessa área já foram indicados e agora nós vamos começar a cobrar a instalação das empresas e a geração dos empregos”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Otávio.


Segue o vídeo:

CorreioWeb/TV Brasília

Fonte: Rede Globo e Jornal Local de 17/06/08

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