domingo, 29 de junho de 2008

Perigo

A erosão é tão grande que assusta. São mais de 200 metros de comprimento. Em alguns pontos o buraco tem cerca de 15 metros de largura. A profundidade também impressiona: do local mais profundo é possível ver uma nascente.

A rachadura é um perigo. Um poste está quase sendo engolido. Em alguns pontos o buraco avança pelo subsolo e deixa apenas uma fina camada por cima. Se alguém pisar, a terra pode desabar.

Segundo os moradores, na semana passada um menino de 6 anos caiu dentro do buraco e foi preciso acionar o Corpo de Bombeiros. “O perigo está muito grande. O filho de uma amiga minha caiu aí na semana passada. O garoto fraturou a clavícula e ralou o braço”, conta a cabeleireira Andréia Silva.

Há cinco anos a erosão cresce ao lado da Quadra 11 do Condomínio Privê, em Ceilândia. Quem mora na rua está preocupado. “Na próxima chuva vai o resto”, comenta a dona-de-casa Maria Abadia Prado. “Está crescendo justamente do lado das casas. A nossa preocupação é com a chuva. Se chover de novo vai só abrindo”, lembra Edna Maria de Souza. “Uma criança já caiu e nós estamos preocupados com os nossos filhos. Precisamos de uma providência urgente”, pede a dona-de-casa Dileide Rodrigues.

A Defesa Civil acompanha o problema. O subsecretário disse que os técnicos já fizeram um mapeamento da área e informaram ao governo da necessidade de fazer uma obra de contenção. Há quatro placas alertando para que as pessoas se afastem. Só que o problema se agrava, porque os moradores estão jogando lixo na área.

“As placas já foram colocadas, mas a população não está atendendo. Nós já encontramos lixo, pedaços de pau, jornal. Enfim, uma série de coisas que dá indícios e vestígios de que continuam jogando entulho no local”, alerta o subsecretario da Defesa Civil, Luiz Carlos Ribeiro da Silva.

“Já fizemos uma barreira de contenção para que a erosão não aumente. Atualmente ela está sob controle e não há risco de desabamento. A Novacap já fez um protocolo de intenções, junto com o Ibram e com o Ibama, para a concessão de uma licença para recuperar a área”, acrescentou o administrador de Ceilândia, Adauri Gomes.

Pelo mapeamento da Defesa Civil, existem 200 áreas de risco em todo o Distrito Federal. A população pode ajudar não jogando lixo em qualquer lugar.



Assista ao vídeo:
CorreioWeb/Tv Brasília

Fonte: Rede Globo e Jornal Local de 28/06/08

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