O site Ceilândia.com está sendo reformulado. Abaixo uma das opiniões do informativo.
Matéria publicada ontem no jornal Tribuna do Brasil aborda um dos muitos problemas que afligem principalmente quem circula pelo centro de Ceilândia: a poluição sonora.
Nós, brasileiros, somos um povo ruidoso por natureza. Este é um traço comum aos povos latinos e decorre da expansividade que nos caracteriza e nos diferencia de povos mais sisudos. Mas uma coisa é o barulho normal decorrente da expressividade das pessoas. Outra, os abusos perpetrados por carros (e até bicicletas!) de som, camelôs e alto-falantes ligados a todo o volume na porta de lojas que insistem em agredir o ouvido das pessoas no intuito de aumentar suas vendas.
Ceilândia está localizada no DF, não no meio da floresta amazônica. Aqui há rádios, jornais, revistas, emissoras de TV, internet e outros meios de divulgação. Nada justifica que comerciantes retrógrados e avarentos continuem a financiar uma modalidade primitiva de publicidade que para eles pode até custar menos, mas só traz irritação e prejuízos à saúde da população. A desculpa esfarrapada de que é necessário garantir fonte de renda aos profissionais que prestam este tipo de serviço também não cola. Não se pode beneficiar meia dúzia de pessoas à custa do bem-estar da maioria.
Os empresários que recorrem a este tipo de serviço são os principais responsáveis pelo problema, na medida em que sem demanda não há oferta. Mas a responsabilidade maior recai sobre o poder público, que não combate o problema com seriedade . No Plano Piloto não circulam carros de som. Também não há registro da existência de lojas anunciando a plenos pulmões seus produtos. Lá as leis são fielmente cumpridas. O descaso está nas regiões mais pobres. O mesmo descaso que explica faixas de pedestres apagadas, ruas esburacadas e sem iluminação, mato e entulho por todo lado, enquanto nas áreas mais abastadas as condições são outras, bem melhores.
O papel do poder público é promover a igualdade. Está mais do que na hora de o governo do DF passar a tratar com o mesmo respeito os cidadãos das áreas ricas e pobres, independentemente do valor do IPTU que cada um paga.
Fonte: Ceilândia.com
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