sábado, 6 de junho de 2009

Pistas violentas

A violência do trânsito, que no ano passado matou 416 brasilienses, atinge principalmente três cidades do Distrito Federal: Ceilândia, Taguatinga e Plano Piloto são as campeãs de acidentes fatais. Juntas, as regiões respondem por quase metade dos 168 casos registrados em vias urbanas (os demais foram em rodovias administradas pelo DER). Ao todo, 79 pessoas perderam a vida em avenidas como a Hélio Prates, a Elmo Serejo, Comercial de Taguatinga e W3 Sul. O Detran vai intensificar campanhas de educação, aumentar a rigidez na fiscalização e focar os investimentos nessas áreas para reduzir as mortes nas vias da capital.

Ceilândia lidera o ranking de acidentes fatais. No ano passado, foram 31 colisões, atropelamentos ou choques de veículos em objetos fixos, como postes e muros, que deixaram 31 pessoas mortas. Em Taguatinga, o Detran registrou 25 acidentes, com saldo de 26 mortos. Já no Plano Piloto, o trânsito fez 23 vítimas em 23 acidentes fatais. Os dados são fazem parte de um levantamento do Detran que acaba de ser concluído.

As três cidades têm em comum uma estatística. Em todas, os atropelamentos são a principal causa de morte. Em Ceilândia, eles respondem por 54,8% dos acidentes fatais. Em Taguatinga, representam 52% dos registros e, no Plano Piloto, 61%. Especialistas apontam a necessidade de investimentos em iluminação, sinalização e, principalmente, educação dos motoristas para mudar o quadro.



O gerente de Fiscalização do Detran, Silvaim Fonseca, diz que o órgão trabalha para fazer com que os motoristas respeitem os pedestres. Ele também explica que Ceilândia, Taguatinga e Plano Piloto têm atenção especial dos fiscais por causa das estatísticas. “Só este ano, já aplicamos 929 autos de infração a condutores que desrespeitaram a faixa de pedestres. Também foram 76 mil multas por avanço de sinal vermelho”, destaca Fonseca. Ele afirma que, com a lei seca, muitas pessoas optaram por beber perto de casa. “Ao fim da noite, esses motoristas andam bêbados pelas ruas e se tornam mais vulneráveis aos carros”, acrescenta o gerente de Fiscalização.



Fonte: Correio Braziliense

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