segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cidade suja

Parece até óbvio que uma pessoa depois de tomar um refrigerante jogue a lata no lixo, não é mesmo? Mas Raíssa Aire admite que não. “Escapa, não tem como evitar às vezes”, confessa a estudante.

“Minha bolsa está sempre cheia de lixo porque não costumo jogar no chão e é uma grande dificuldade encontrar uma lixeira espalhada”, diz a pedagoga Cassiane Rocha.

Será que é isso? Observe uma pastelaria, por exemplo. Com oito lixeiras em volta, ainda tem gente que joga no chão o guardanapo ou o sachê de catchup. “Não foi por que eu quis, o vento levou”, fala uma senhora.

“Até quando tem lixeira perto à preguiça ajuda. A gente joga o papel no chão na cara-de-pau”, confessa o estudante Esteferson de Carvalho.

Depois, não adianta reclamara. “Se esse lixo fica na rua e, a gente não consegue varrer, vier uma chuva, ele vai parar na boca-de-lobo”, explica o superintendente de Operações do SLU, Divino Santana.

Um papel de bala ali, um copo descartável aqui, imagina todo mundo deixando alguma coisa pelo caminho. No fim, a sujeira que se joga na rua representa quase 10% de todo o lixo que é recolhido no Distrito Federal, incluindo aquele que é produzido em casa, no comércio e nos escritórios.

A região que mais suja as ruas é a Asa Sul. No total, 22 toneladas de lixo são varridas todos os dias. Em segundo lugar vem Ceilândia e Asa Norte, com 18 toneladas cada uma. As ruas mais limpas ficam na região do Cruzeiro, Octogonal e Sudoeste, que juntos jogam 1,4 tonelada de lixo.

“Se cada um fizer a limpeza na frente da sua casa, toda rua fica limpa”, enfatiza um senhor.

O superintendente do SLU reconhece que há poucas lixeiras nas ruas. E informou que novos modelos estão em fase de teste. Mas não vai adiantar nada se a população não se conscientizar.



Fonte: Rede Globo

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