terça-feira, 28 de outubro de 2008

Violência nas escolas

A escola do Lago Oeste recebeu o nome de Carlos Ramos Mota. Uma homenagem ao diretor que combatia o tráfico de drogas e foi assassinado esse ano. Do lado de fora, um posto da Polícia Militar. Dentro, câmeras de segurança, que não funcionam há um mês. Medidas para tentar combater a violência no local.

“Roubavam dinheiro, bonés, camisetas... essas coisas assim que os alunos deixavam na sala de aula. Nunca era da sala do aluno, sempre de outras turmas. Colar, celular... coisas de muito valor”, diz um aluno.

Histórias como essas foram contadas por alunos de vários colégios do Distrito Federal em uma pesquisa divulgada pela Secretaria de Educação. O estudo foi realizado entre junho e setembro, com professores e estudantes dos ensinos fundamental e médio. Eles tiveram que responder um questionário. Mas alguns resultados chamam atenção.

Ao todo, 45% dos entrevistados já sofreram xingamentos, 26% dos professores e 24% dos alunos já foram ameaçados na escola. Quase 28% dos alunos e 16% dos professores sofreram furtos ou roubos. Cerca de 15% dos alunos e 7% dos professores disseram que já sofreram agressão física.

Com o resultado da pesquisa, a Secretaria de Educação elaborou uma cartilha para orientar as escolas no combate e prevenção à violência. São 15 mil exemplares preparados para distribuição na rede pública de ensino.

A cartilha é uma parte do projeto que a Secretaria quer adotar nas escolas. “Além desse manual, que foi organizado em capítulos, com perguntas e respostas, haverá um curso para os gestores, principalmente orientadores educacionais. É a possibilidade de aumentar, ainda mais, os conselhos de segurança escolar comunitários. A integração entre a Secretaria de Educação e a Secretaria de Segurança Pública”, defende a secretária adjunta de Educação, Eunice Santos.

Mas o Sindicato dos Professores reclama da falta de policiamento e de mais atividades nas escolas. “É importante que o governo faça a cartilha, mas também que retome os projetos que foram fechados. Como a presença do Batalhão Escolar ao redor das escolas e, principalmente, que se invista mais em esporte, cultura, lazer e na melhoria das condições de trabalho do professor”, argumenta o diretor do Sinpro, Washington Dourado.

A Polícia Militar informou que o policiamento é feito regularmente nas escolas que têm problemas. Além disso, que faz rondas em todos os colégios. O comando do batalhão também visita os diretores de escolas.



Veja o vídeo: CorreioWeb / Tv Brasília

Fonte: Rede Globo, Correio Braziliense aqui e aqui, Jornal Local e Rede Record de 28/10/08

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