Quem passa pelo conjunto 35 da QNO 19 da Expansão do Setor 'O', não reconhece o local como uma rua residencial. O calçamento da via foi levado pela força da enxurrada, e há três anos os moradores pedem a pavimentação do trecho. Para alívio da comunidade, o administrador da cidade, Leonardo Moraes, garantiu que a rua será asfaltada ainda este mês.
Segundo os moradores, tanto o conjunto, como toda a expansão do Setor 'O', eram calçados com bloquetes de concreto. Mas como a avenida principal não tem bocas de lobo, há três anos, a água vinda de lá carregou todos os blocos do conjunto 35, deixando os moradores com uma tremenda "dor de cabeça". Na tentativa de conter o problema, terra e entulho foram colocados no local, iniciativa da própria comunidade.
A enxurrada é tão forte que a rua é conhecida como a "Ilha da Pororoca". Com a chegada da chuva, a preocupação entre a comunidade e, principalmente, entre as pessoas que moram no conjunto aumenta. Segundo relatos, a água chega a atingir até 1 metro de altura, levando tudo que encontra pela frente e invadindo as casas.
Eles disseram que já fizeram várias solicitações à administração da cidade para refazer o calçamento. Mas até hoje nada foi feito. Segundo os moradores, se propuseram até mesmo asfaltar a rua por conta própria. Mas o antigo administrador da cidade não permitiu que os moradores fizessem o trabalho.
Além do asfalto, eles também reivindicam a colocação de bocas de lobo na via. Para a comunidade, o problema só será solucionado quando for feito o sistema de drenagem de água pluvial para conter o fluxo que escoa da via principal.
"Estávamos dispostos a asfaltar por nossa conta. Não deixaram porque é uma vergonha para eles", disse o morador Sebastião Antônio Diogo, 56 anos. Para a água da enxurrada não invadir sua casa, ele mandou fazer uma pequena barreira de contenção na calçada. Outra medida tomada foi pagar para uma pessoa colocar entulho na rua, aterrando os buracos. Mesmo assim, as medidas só amenizaram o problema. Além da dificuldade de se locomover a pé, em épocas de chuvas, as pessoas que têm carro ficam impossibilitadas de tirar os veículos da garagem.
Pais de alunos que estudam do outro lado da rua também têm motivos para se preocupar. Do outro lado do conjunto tem uma escola. Os alunos que tem apenas aquele caminho para passar ficam ilhados, impossibilitados de fazer a travessia.
O aposentado José Antônio Jesus de Souza, 61 anos, tem uma Kombi. Ele disse que já perdeu as contas de quantas vezes encheu o veículo de crianças para levá-las até a escola. "Vou buscar uma criança na escola, e volto com o carro cheio. É perigoso, principalmente para as crianças que correm o risco de serem levadas pela enxurrada", advertiu.
Mas o administrador da cidade, Leonardo Moraes, disse que o problema está perto do fim. Ele contou que um engenheiro da administração já fez a avaliação do local. Segundo Leonardo, de acordo com o estudo, não será possível recolocar os bloquetes de concreto. A única solução para o problema será a pavimentação asfáltica. Ele garantiu que a obra será realizada ainda este mês.
Fonte: Tribuna do Brasil de 21/10/08
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