terça-feira, 7 de outubro de 2008

Cadê a sinalização?!

Sem sinalização na via, moradores que vive às margens da via que divide as QNPs (P Norte) das quadras do setor QNQ, em Ceilândia, temem acidentes. A obra para o alargamento da pista já está quase pronta, mas os moradores reclamam da falta de sinalização. Eles relatam que quase todos os dias acontecem acidentes na pista.

Devido a falta de sinalização, principalmente de placas que indiquem o limite de velocidade permitido na via fazem com que os riscos de acidentes aumentem cada vez mais. De acordo com os moradores, a pista está novinha e isso favorece o abuso de velocidade de alguns motoristas.

A prefeita comunitária das QNPs 21, 23, 25 e 27, Flávia Pereira da Silva, explicou que mesmo quando a via era de mão única, a falta de sinalização sempre causou transtornos. Mas agora, com a obra de alargamento da via, os acidentes se intensificaram. Antes, havia três quebra-molas e uma faixa de pedestre. Depois das obras o que restou foram apenas alguns trechos com obstáculos. A outra parte da pista ainda não tem os equipamentos de trânsito. Como também não tem sinalização, os motoristas que vêm em alta velocidade acabam invadindo a pista contrária para desviar dos obstáculos. O que resulta em acidentes. Quem trabalha no comércio local reclama que durante todo o dia o que mais se ouve são freadas dos carros. Preocupadas com a segurança dos filhos, muitas mães preferem levar e buscar as crianças nas escolas.

A prefeita disse que ela já solicitou ao GDF e ao administrador de Ceilândia uma alternativa para que o problema no local seja solucionado. Como a obra não é de competência da administração, o administrador enviou um ofício para o Detran para que o órgão tome as providências. Mesmo depois do trâmite burocrático nada ainda foi feito. Flávia destacou que a entrega da obra estava prevista para o dia 7 de setembro. Mas foi atrasada porque uma das empresas responsáveis atra-sou os reparos. "Não estamos reclamando do asfalto. Muito pelo contrário, melhorou muito a vida de quem mora por aqui. Mas queremos a obra por completo e principalmente com sinalização", disse.

Mas a preocupação dos moradores não está relacionada apenas com a falta de sinalização da via principal. Quem mora nas quadras residências também tem motivos para se preocupar. " O asfalto ficou muito bom, mas não tem quebra-molas. Não deixo mais as minhas filhas andarem de bicicleta. Os carros passam em alta velocidade", relatou a costureira Suzy Andréia Cardoso. Segundo os moradores, o perigo é maior em horários de pico, pois o número de carros aumenta. Na noite do último domingo, um veículo em alta velocidade quase atingiu a residência da dona-de-casa Dagmar da Silva que mora no Conjunto Residencial da QNP 23. Segundo relatos da moradora, constantemente carros freiam em frente à sua casa. "Só não entraram e aconteceu o pior, porque o meio-fio é alto. Mas acontece constantemente freadas bruscas na porta de minha casa", relatou. Segundo ela, o medo maior é que um carro invada sua casa.

O comerciante Renato Frederico Rodrigues de Souza, disse que a falta de sinalização na via sempre foi um problema para aquela região. Mas depois do alargamento a situação se agravou. Segundo ele, até mesmo um abaixo-assinado já foi organizado para sensibilizar os órgãos competentes. Mas até hoje nada foi feito. Até mesmo o sobrinho dele, de 4 anos, foi atropelado quando atravessava a pista em frente ao seu estabelecimento .
"Se tivesse sinalização teria evitado esse acidente com o meu sobrinho", lembrou.

A equipe da Tribuna do Brasil procurou o Detran, órgão responsável pela sinalização de trânsito. A assessoria de comunicação social do órgão informou que o técnico responsável por aquela área não foi encontrado para falar sobre o assunto.


Fonte: Tribuna do Brasil

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