sábado, 18 de outubro de 2008

Condenado

Welerson Souza Lima, 31 anos, terá de cumprir vinte e dois anos e dois meses atrás das grades. Ele foi condenado por atropelar intencionalmente e matar a dona-de-casa Sônia de Souza Faustino, 56 anos. Welerson respondia pelos crimes de tentativa de homicídio e homicídio qualificado nesta sexta (17/10), no Tribunal do Júri de Ceilândia. A família de Sônia ficou satisfeita com o resultado. “Consideramos a pena justa. O sentimento que temos é de que a justiça foi feita”, afirmou o filho da vítima, Fábio Weslley Faustino, 37 anos.

Pelo crime de homicídio, Welerson pegou 18 anos de prisão. Já pela tentativa, foram três anos e dois meses. Por fim, ele teve mais um ano de encarceramento incluso na sentença pela qualificadora de não ter dado chance de defesa à vitima. A sentença foi proferida às 20h40.

Welerson matou Sônia em 24 de novembro do ano passado. Na ocasião, foi até a casa da vítima, na QNN 17 da Ceilândia, cobrar uma conta de água no valor de R$ 1,2 mil do filho dele, Pedro Faustino, de 36 anos, que havia morado de aluguel na casa da mãe do condenado. Após a dona-de-casa afirmar que não tinha dinheiro, Welerson a teria agredido verbalmente. Nisso, Pedro saiu de casa e o condenado entrou no carro. Depois que passou o quebra-molas, a 30 metros de onde estavam Pedro e Sônia, Welerson engatou a marcha a ré, atingiu Sônia e quase acertou Pedro.

No julgamento, Welerson tentou se defender com a argumentação de que tinha sido perseguido pelo filho da vítima, que o ameaçava com uma faca. Ele afirmou que, pelo fato de a rua estar movimentada, precisou dar marcha a ré. Ontem foi a segunda vez que Welerson enfrentou o Tribunal do Júri pela morte de Sônia. A primeira havia ocorrido em 15 de setembro, quando a sessão precisou ser cancelada devido a problemas técnicos no aparelho que grava as falas das testemunhas.

No dia seguinte à morte de Sônia, foi exibido no 40º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro o curta-metragem Dia de visita, melhor curta pelo prêmio da Câmara Legislativa do DF. No roteiro, o relato dos 15 anos em que Sônia desenvolveu um projeto de evangelização dos prisioneiros da Papuda.


Fonte: Correio Braziliense

Nenhum comentário: