Foi só o GDF inaugurar o viaduto Israel Pinheiro, na EPTG, e os motoristas do DF descobriram algo que os de São Paulo já sabem desde os tempos em que Paulo Maluf administrava a cidade: viadutos não eliminam engarrafamentos. No máximo servem para transferi-los de um determinado ponto de uma via para outro mais adiante.
Todas as cidades que foram bem sucedidas no desafio de atenuar os problemas de tráfego o lograram desestimulando o uso do automóvel particular.
Primeiro, as autoridades trataram de oferecer à população transporte público de qualidade, integrando metrô, ônibus e até bicicletas. Parece ser esta a filosofia do projeto Brasília Integrada, do governador José Roberto Arruda.
Segundo, foram criadas dificuldades para quem continuava insistindo em se locomover no próprio carro: entre outras medidas, aumentaram impostos, reduziram o número de vagas para estacionamento e passaram a cobrar taxas caríssimas pelo uso das vagas que sobraram.
Em algumas cidades as prefeituras radicalizaram e simplesmente proibiram o tráfego de táxis e automóveis privados em determinadas áreas. Em outras radicalizaram ainda mais e transformaram as ruas centrais em calçadões para pedestres. Ali, só se chega de metrô, de bicicleta ou a pé. Veículo motorizado só entra se for ambulância, carro da polícia, do corpo de bombeiros e caminhões de limpeza ou de entrega (estes últimos sempre nos horários determinados pela prefeitura).
Claro que no começo a reação dos moradores foi a pior possível. Mas só até se darem conta do quanto é bom poder desfrutar do ar limpo e do sossego de ruas livres de motoristas estressados e suas ameaçadoras armaduras de aço. E tudo isso sem perder a capacidade de se deslocar rapidamente para qualquer ponto da cidade.
Foi uma mudança radical de mentalidade, que não aconteceu da noite para o dia. Mas aconteceu. O resultado é que hoje, nessas cidades, quem ousa comprar um carro ganha fama de egoísta e corre o risco de ficar mal visto pelos vizinhos.
Como aqui no DF só agora transporte público de qualidade passou a ser prioridade e a maioria das pessoas ainda acredita que ter automóvel é sinal de status, dá para imaginar o longo - e engarrafado - caminho que ainda temos pela frente.
Haja paciência. E haja viadutos.
Fonte: Ceilândia.com
Todas as cidades que foram bem sucedidas no desafio de atenuar os problemas de tráfego o lograram desestimulando o uso do automóvel particular.
Primeiro, as autoridades trataram de oferecer à população transporte público de qualidade, integrando metrô, ônibus e até bicicletas. Parece ser esta a filosofia do projeto Brasília Integrada, do governador José Roberto Arruda.
Segundo, foram criadas dificuldades para quem continuava insistindo em se locomover no próprio carro: entre outras medidas, aumentaram impostos, reduziram o número de vagas para estacionamento e passaram a cobrar taxas caríssimas pelo uso das vagas que sobraram.
Em algumas cidades as prefeituras radicalizaram e simplesmente proibiram o tráfego de táxis e automóveis privados em determinadas áreas. Em outras radicalizaram ainda mais e transformaram as ruas centrais em calçadões para pedestres. Ali, só se chega de metrô, de bicicleta ou a pé. Veículo motorizado só entra se for ambulância, carro da polícia, do corpo de bombeiros e caminhões de limpeza ou de entrega (estes últimos sempre nos horários determinados pela prefeitura).
Claro que no começo a reação dos moradores foi a pior possível. Mas só até se darem conta do quanto é bom poder desfrutar do ar limpo e do sossego de ruas livres de motoristas estressados e suas ameaçadoras armaduras de aço. E tudo isso sem perder a capacidade de se deslocar rapidamente para qualquer ponto da cidade.
Foi uma mudança radical de mentalidade, que não aconteceu da noite para o dia. Mas aconteceu. O resultado é que hoje, nessas cidades, quem ousa comprar um carro ganha fama de egoísta e corre o risco de ficar mal visto pelos vizinhos.
Como aqui no DF só agora transporte público de qualidade passou a ser prioridade e a maioria das pessoas ainda acredita que ter automóvel é sinal de status, dá para imaginar o longo - e engarrafado - caminho que ainda temos pela frente.
Haja paciência. E haja viadutos.
Fonte: Ceilândia.com
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