sábado, 27 de setembro de 2008

Apertado

Para trabalhar, o supervisor de RH Jorge Sales faz todos os dias o trajeto Ceilândia – Sudoeste. Quando entra no transporte coletivo, enfrenta problemas. “Todo ônibus que pego no Distrito Federal é assim. A catraca não dá acesso a pessoas com meu porte. Minha barriga bate na caixa do cobrador e rasga minha camisa, como já aconteceu muitas vezes”, conta Jorge.

Ele tem 178 quilos. O excesso de peso causa transtornos não só na hora de passar na catraca. “Tenho que descer do ônibus, entrar por trás, pagar a passagem e rodar a roleta para poder sentar e seguir viagem. O motorista fica esperando e o pessoal começa a reclamar porque não sabe da dificuldade”, conta.

A dificuldade do supervisor de recursos humanos que pega três ônibus por dia vai completar 11 meses. Desde que as catracas eletrônicas foram instaladas, o espaço para o usuário passar ficou estreito, apertado em muitas situações. “Uma senhora foi passar e os passageiros tiveram que ajudar. Ela ficou entalada”, conta a aposentada Rita Ferreira.

O Distrito Federal tem hoje 3.050 ônibus que fazem o transporte coletivo na região urbana, todos com o novo sistema de catraca. Mas, de acordo com a Secretaria de Transportes, uma lei distrital determina que as grávidas com mais de oito meses de gestação e os obesos não são obrigados a passar pela roleta. Eles devem pagar a passagem e ficar nos bancos especiais.


Fonte: Rede Globo

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