terça-feira, 16 de setembro de 2008

Opinião: Segundona

Na sua 12ª edição, a Segundona do DF, o Campeonato da 2ª Divisão do Futebol Profissional, teve os seus quatro finalistas definidos na rodada do último final de semana. A partir deste final de semana, acontecem os confrontos das semifinais, em jogos de ida e volta, e que definirão os dois clubes que disputarão o Candangão em 2009. O tradicional Brasília, líder da primeira fase da competição e com oito títulos da 1ª divisão no currículo, enfrenta o Cruzeiro, clube que ainda não disputou a principal competição do futebol candango. No outro confronto, o Luziânia, querendo dar a volta por cima após o rebaixamento do ano passado, enfrenta a Ceilandense, clube que já freqüentou a principal divisão do futebol candango. Os vencedores desses confrontos fazem uma final simbólica, uma vez que a conquista do acesso é o grande objetivo de todas as equipes.

Dos quatro candidatos ao acesso, apenas o Brasília conquistou o título da competição, em 2001, após derrotar o CFZ na final, e pode ser o primeiro clube a conquistar o título pela segunda vez. A lista dos campeões inclui Itapuã (1997), Ceilândia (1998), Bosque (1999), Brasiliense (2000), Brasília (2001), Dom Pedro II (2002); Sobradinho (2003), Paranoá (2004), Capital (2005), Esportivo Guará (2006) e Brazlândia (2007). Desses clubes campeões, apenas Ceilândia, Brasiliense, Dom Pedro II e Brazlândia estão na elite do futebol candango e disputarão a 1ª divisão no ano que vem. Dos outros dois participantes, o Gama jamais disputou essa competição e o Legião foi vice-campeão na edição do ano passado. Os demais campeões já estiveram na 1ª divisão e hoje perambulam pelas divisões inferiores.

As próximas duas semanas serão decisivas para os quatro pretendentes a essas duas vagas de acesso. No entanto, os dois próximos meses e a disputa do Candangão do ano que vem serão ainda mais importantes para que esses dois clubes consigam firmar-se no certame estadual e buscar projeção no cenário nacional. Uma coisa é organizar-se para uma disputa de pouco mais de 60 dias de duração. Outra coisa é participar de uma competição com quase quatro meses de duração e com uma concorrência mais acirrada. Menos mal que a Federação Brasiliense de Futebol liberou a participação de atletas com mais de 23 anos na Segundona deste ano – até o ano passado, o limite era de apenas cinco atletas acima dessa idade em cada clube. Essa medida tornou a competição mais profissional, mais próxima do que é a competição da 1ª divisão. Falta, ainda, quem sabe no próximo ano, tornar a competição mais longa, com as equipes jogando em turno em returno, em casa e fora de casa, para dar mais equilíbrio técnico entre os participantes.

Uma aproximação entre o nível da 1ª divisão e da Segundona pode diminuir a excessiva rotatividade de clubes no futebol candango e ajudar a fortalecer os clubes. Conseqüentemente, com mais clubes fortes, a competição pode ficar ainda mais valorizada do que foi nos últimos anos e o futebol candango, por sua vez, ganharia mais força.


Fonte: Tribuna do Brasil de 15/09/08

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